Fonte: RTP Noticias e Agência Lusa. Data: 28/01/2013.
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A
Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC) vai assinalar 500 anos de
existência com um programa que inclui, em 2014, um congresso internacional em
que participarão instituições congéneres de vários países.
Oficialmente,
o programa comemorativo arranca já em fevereiro, com uma cerimónia a meio do
mês, em data ainda por definir, para a qual "o Governo foi convidado"
a fazer-se representar, disse hoje o diretor da BGUC, José Augusto Cardoso
Bernardes.
Subordinado
ao tema "A biblioteca universitária: permanência e metamorfoses", o
congresso internacional, em que intervirão dezenas de especialistas nacionais e
estrangeiros, designadamente oriundos do Brasil, Alemanha e Estados Unidos,
entre outros países, decorre entre 16 e 18 de janeiro de 2013, na fase final do
programa do meio milénio de atividade da BGUC.
Não se
conhece "nenhum documento oficial" atestando a fundação da biblioteca
da primeira universidade portuguesa, mas a existência da Casa da Livraria é
referida numa ata de 12 de fevereiro de 1513, quando a instituição funcionava
em Lisboa.
O início das comemorações
esteve marcado para 12 de fevereiro, mas, "por ser dia de Carnaval",
deverá adiado para outro dia dessa semana, em articulação com a Reitoria da
Universidade e com o membro do Governo que for indicado para participar na
sessão inaugural, disse à agência Lusa José Augusto Bernardes.
O programa
provisório foi apresentado hoje, na sala de S. Pedro da Biblioteca Geral, com
intervenções do diretor da BGUC e do reitor da Universidade de Coimbra (UC),
João Gabriel Silva.
De abril a
outubro, com apoio das unidades de investigação da UC, realiza-se a iniciativa
"Conversas da Biblioteca", destinada à comunidade académica em geral,
que visa "problematizar as relações conceptuais e funcionais" da BGUC
com escritores e investigadores seus utentes e "com temáticas
contíguas", designadamente a memória e a interdisciplinaridade.
Ao promover o
congresso internacional, em janeiro de 2014, a BGUC, segundo o diretor,
pretende que os especialistas possam "refletir sobre o presente e o
futuro" das bibliotecas que servem públicos universitários.
O congresso
incluirá cinco mesas-redondas, cinco sessões com "testemunhos sobre a
utilização de bibliotecas" e três conferências plenárias.
Ao longo de
um ano, o programa compreende duas exposições: "A Biblioteca em fotografias",
que terá como comissário o investigador Alexandre Ramires, e "Quinhentos
anos de relações Portugal/China", a organizar em colaboração com o Museu
da Ciência e o Arquivo da Universidade.
"Em
1513, como em 2013, as grandes missões da Universidade não podem cumprir-se sem
o apoio de uma grande e boa Biblioteca Geral", enfatizou José Augusto
Bernardes.
Ao longo de
um ano, a BGUC celebra "a existência de uma biblioteca rica e não apenas
extensa e isso constitui motivo de contentamento", adiantou.
Realçando que
a Internet "está cheia de lixo", o reitor defendeu que "o
caráter central do conhecimento está contido nos livros", mais do que nos
suportes digitais.
A
digitalização de 500 obras antigas da BGUC é outras das iniciativas do
programa, que inclui ainda espetáculos de música e teatro, atos memoriais,
reedições e edições.
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