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terça-feira, 22 de março de 2011

"Conhecimento ou Informação"


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Antes de mais são devidas desculpas à Ana, que entusiasmou-se e bem com a “conversa” e postou logo a 28 de Fevereiro, mas só agora obtém a resposta que já teria sido dada se eu fosse um bloguista ou estivesse imbuído desse ritmo próprio. Só que não consigo tempo para acompanhar este novo tempo info-comunicacional...

A Ana postou, então, o seguinte:

Caríssimos, deixem-me participar desta conversa pois foca um assunto que me é pessoalmente achado como delicioso. Diria que continuará a haver a questão “o que nasceu primeira, a informação ou o conhecimento”, até porque não seria a primeira ,vez que veria ambos os termos englobados num só conceito ou o termo conhecimento entendido como a dada noção  de informação. No entanto, surge muitas vezes outra questão: onde está a informação? Penso que isto se liga ao conhecimento e à comunicação. Digamos que para mim chinês não é informação, uma vez que não consigo interpretar a linguagem. No entanto, se vir um tradicional carácter chinês, vou provavelmente identificá-lo como pertencente a uma língua asiática, uma vez que já vi estes caracteres antes e já tive a informação (que transformei em conhecimento?) do que se tratavam. Por isso, poder-se-á dizer que a informação está dentro de nós? Que é como quem diz, no nosso cérebro? Ou é o conhecimento que já está no nosso cérebro e não a informação? Só entenderei uma informação que me for dada se o conhecimento sobre tal informação estiver armazenado em mim, se já me tiver sido comunicado de alguma forma?

Na postagem anterior não ficaram esclarecidos vários aspectos e, por isso, era minha intençāo voltar ao tema, mas ainda bem que a Ana se antecipou porque me ajuda muito neste retorno a um tópico de onde não deve haver pressa em sair...

E para deixar bem sublinhado insisto: a  definição de informação com que opero estabelece a necessidade de distinguir informação de documento. Desta forma fica inútil distinguir informação de conhecimento, pelo menos  de conhecimento explícito Ora vejamos:  por influência da teoria matemática da informação de Shannon e Weaver (facilmente generalizada entre, por exemplo, os informáticos),  a noção de documento, percebida como informação ou conteúdos signicos e simbólicos num qualquer suporte, passou a ser o mesmo que informação, entendida esta como algo que ė externo à pessoa e ao seu conhecimento. Vários autores têm discutido e contrariado a adopção desta teoria no campo das Ciências Sociais em geral e no das Ciências da Informação e Comunicação em particular. Registo dois: Raymond Ruyer, filósofo francês (1902-1987) que enfatizou a informação psicológica sobre a informação física; outro é Anthony Wilden que no seu verbete Informação da Enciclopédia Einaudi (vol. 34) chama a atenção para dois sentidos do conceito: um estreitamento técnico e tecnológico (ou físico); e outro que é sempre qualitativo.

De facto, um conhecimento é um fenómeno mental que vem ou sai de dentro da pessoa que o elabora e transmite. Temos, pois, aqui um paradoxo que joga a favor desta evidência: a noção antiga de documento continua válida e útil, não devemos desfazer-nos dela e não devemos confundi-la com informação.

Aspecto subsequente tem a ver com o seguinte: é ingénuo definir e distinguir informação pela óptica apenas do receptor, ou seja, um texto escrito em chinês só é, para mim, informação se eu tiver aprendido essa língua... Acontece que o texto ė informação ou conhecimento para quem o redigiu. Não confundamos língua ou código com informação que é, de acordo com a definição operatória por mim aceite, "conjunto estruturado de representações mentais e emocionais codificadas...". Quando aprendo um código assimilo-o cognitivamente e memorizo-o, ficando capaz de produzir informação com ele na minha cabeça -em termos simples ou comuns chama-se a isto "pensar em tal ou tal língua". Na Literatura discute-se ainda hoje a "more do autor", ou seja, a ideia lançada, nos anos quarenta decorria ainda a II Guerra Mundial, por Paul Valery de que o importante é a interpretação do leitor em detrimento da mensagem do autor. Legitima-se a tal perspectiva definitória de informação a partir apenas do receptor, o que ė um flagrante reducionismo.

Sistematizando sublinho que o conhecimento que tenho armazenado na minha cabeça é "um conjunto estruturado de representações mentais e emocionais codificadas", definição idêntica à adoptada para informação... Portanto, informação e conhecimento são, na perspectiva que perfilho, indiferenciáveis.

No entanto, entendo a necessidade prática de distinguir conhecimento de informação:   a valorização de certos contextos que condicionam a produção/aquisição de conhecimento/informação. Um exemplo se impõe: o conhecimento científico remete para a actividade desenvolvida nas universidades e centros de investigação e consiste na estruturação de representações codificadas (verbais, figurativas, matemáticas, etc.) decorrentes da análise experimental ou critica e sistemática de determinado problema ou caso. Estamos, claramente, perante conhecimento ou informação determinada pelo contexto que a torna possível e justificável. Se o contexto for um tribunal ou uma repartição de finanças temos num caso conhecimento ou informação judicial e no outro conhecimento ou informação fiscal... Devemos, por isso, em vez de querermos distinguir entre conhecimento e informação, distinguir os diferentes tipos de conhecimento ou informação produzidos e emitidos numa miríade de contextos e situações extraordinariamente significativas, ou seja, implicadas no sentido que aí  ocorre.

Nesta discussão ou “conversa” é crucial distinguir cognição de conhecimento/informação, porque o funcionamento bio-químico e psicossomático do cérebro é responsável pelo processamento e armazenamento do conhecimento/informação diante das circunstâncias e dos estímulos constantes do meio-ambiente. O aprofundamento deste tópico através dos livros do neurocientista António Damásio, de autores evolucionistas e através da obra incontornável dos chilenos Humberto Maturana e Francisco Varela, nomeadamente A Árvore do Conhecimento (1ª ed. 1984) é imprescindível e ajudar-nos-á, certamente, a prolongar e a aprofundar o debate.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

“Dado, Informação e Conhecimento”…


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Leandro Libério, em 16 de Fevereiro, fez a seguinte postagem:
Tenho outra dúvida: pelo que percebi pelo teu livro "A Informação", por exemplo, o número 49 (num texto isolado) é uma informação.
Para os informáticos é um dado.


Porém Wilson num de seus textos sobre "Information Behavior".... deu um exemplo q fiquei na dúvida.

se no texto tiver assim: "%5d&89" (ou seja... um "dedilhar" qq) ainda continua a ser informação (signo registado num suporte)?

O foco está posto numa questão axial sobre a natureza do objecto de estudo da Ciência da Informação.Para enfrentar estas e outras questões torna-se necessário adoptar uma definição operatória de informação, embora nos debates, que há muito se fazem no campo da CI, nunca faltou quem considere inútil cometer tal empresa. Observando a multiplicidade de sentidos que o termo foi adquirindo, desde, pelo menos, o séc. XIX, e as apropriações sócio-profissionais, filosóficas e científicas efectuadas, compreende-se que não é pela via definitória que se consegue um consenso universal em torno desta palavra e do respectivo conceito. Mas, o equívoco maior talvez esteja em ter-se, algum dia ou alguma vez, aceitável formular tal desiderato… Definir informação não deve visar um consenso total e absoluto, mas uma clarificação conceptual de onde se parte para os debates e as pesquisas ininterruptas e abertas.

Sem outro propósito que este último, adopto e trabalho com a definição, segundo a qual informação é “um conjunto estruturado de representações mentais e emocionais codificadas (signos, símbolos…) e modeladas com/pela interacção social, passíveis de serem registadas num qualquer suporte material (papel, filme, banda magnética, disco compacto, etc.) e, portanto, comunicadas de forma assíncrona e multi-direccionada. Definindo-se o que a informação é, define-se, em simultâneo, o que ela não é, ou dito de outro modo, excluem-se sentidos e perspectivas tidas por muitos especialistas e cidadãos anónimos como aceitáveis. A informação não é uma afirmação nova e estruturada que propicia ou deriva da produção de conhecimento, porquanto admitir isto colide com a possibilidade, expressa na definição evocada, de que um conjunto codificado (vertido num código, ou seja, numa língua, por exemplo) de representações, sejam novas ou conhecidíssimas, é informação. E informação não é uma “coisa” resultante de um processo de materialização, porquanto, sendo representações mentais e emocionais codificadas, ela nasce e pode manter-se no cérebro humano sem que sejam externalizadas através da escrita, ou seja, da gravação ou inscrição num suporte  existente fora da pessoa “que informa”. A “coisa” ou artefacto, que passa a ter existência física própria e independente do seu criador, corresponde à designação de documento e que é, claramente, um medium de comunicação. Importa, por isso, não confundir, como muitos fazem, informação com documento.

Urdaneta (1992), citado por Marisa Brascher, distinguiu quatro classes diferentes de informação: dados, informação, conhecimento e inteligência. Dados são sinais que não foram processados, correlacionados, integrados, avaliados ou interpretados de qualquer forma, ou seja, é a matéria-prima a ser utilizada na produção da informação. A informação consiste dos dados processados, para serem exibidos em uma forma inteligível às pessoas que vão utilizá-los. O conhecimento é definido como informações que foram analisadas e avaliadas sobre a sua confiabilidade, sua relevância e sua importância, o conhecimento não é estático, modificando-se mediante interacção com o ambiente.

Entende-se por inteligência o conhecimento contextualmente relevante que permite atuar com vantagem no ambiente considerado. Inteligência pode ser vista também como o conhecimento que foi sintetizado e aplicado a uma determinada situação, para ganhar maior profundidade de consciência da mesma. Perante este entendimento, muito reproduzido nas áreas de Gestão e Informática para a Gestão, pergunto quais os seus fundamentos neurocientíficos? Em que se baseou Urdaneta para estabelecer esta subtil e sofisticada distinção? 

É óbvio que a sua definição de informação diverge profundamente da minha e esta impossibilita essa distinção em quatro classes, uma vez que, tanto dado, informação e conhecimento, definidos por Urdaneta e citados por Marisa Brascher, cabem dentro do “conjunto estruturado de representações mentais e emocionais codificadas etc.”. 


Vejamos por exemplos:

1957 é um dado para Urdaneta/Marisa Brascher - algo não processado, não correlacionado, não integrado, não avaliado nem interpretado de qualquer forma. No entanto, pergunto se será possível negar que, se eu escrever numa folha branca ou numa página word na tela do meu computador 1957 (ano do meu nascimento), este dado não é uma representação mental e, sobretudo, emocional que me diz algo ou que tem sentido, pelo menos, para mim e para os meus familiares? E se um dado é informação, fica impossível ou redundante distinguir esta daquele. E se o conhecimento consiste em informações analisadas e avaliadas sobre a sua confiabilidade não custa admitir que conhecimento é, também, um conjunto de representações mentais e emocionais codificadas, ou seja, sinónimo de informação.

Confuso?

Vejamos:

  1. Dado: concordo que este termo sirva para conceituar “matéria-prima” a ser usada na produção de informação. Dado é um sinal sem sentido, ou seja, um impulso sísmico que é capturado por um sismógrafo e convertido num grafismo, que é lido facilmente por um sismólogo, que o interpreta e explica o que se passa com informação, esse impulso é um dado bruto produzido pela Natureza e não pela mente humana. Se, distraidamente, ou porque adormeço em cima do teclado do meu computador e, como refere Leandro, "%5d&89" (ou seja... um "dedilhar" qualquer) ainda continua a ser informação (signo registado num suporte)?” – neste caso, “%5d&89” é um dado bruto sem sentido. Mas, se “%5d&89” corresponder a uma cifra secreta, já é informação, porque é uma representação mental e emocional codificada. 
  2. Informação: existe no cérebro onde é produzida e porque é constituída obrigatoriamente por um elemento social, aprendido e oriundo do ambiente ou da sociedade - a língua, a aritmética, a geometria, a cor, a notação musical, etc. – corresponde ao que o professor japonês Ikujiro Nonaka designou por conhecimento explícito e definiu “o que já foi ou pode ser articulado, codificado ou armazenado de alguma forma em alguma mídia. Ele pode ser prontamente transmitido”. O conhecimento explícito só pode ser facilmente transmitido se for uma representação mental e emocional codificada e produzida e/ou retida no cérebro humano, embora possa ser externalizado graças à plasticidade do código (alfabético, numérico, geométrico, cromático, musical, gestual, etc.) e por conta destas propriedades (a reprodutividade e a transmissibilidade) a informação/conhecimento explícito converte-se em documento. Mais um exemplo: eu “conheço” várias anedotas que me foram contadas e que assimilei e memorizei no meu cérebro, tal e qual as ouvi (é possível, embora nem sempre fácil, “pois quem ouve um conto, acrescenta um ponto”…), não precisando de as registar em papel ou numa fita magnética; essas anedotas são conhecimento explícito ou informação, porque podem ser contadas a qualquer momento e gravadas. 
  3. Conhecimento, inteligência, cognição: ainda Nonaka, inspirado em Michael Polanyi, consagrou a expressão conhecimento tácito, como sendo aquele que o indivíduo adquiriu ao longo da vida e que está na cabeça das pessoas. Geralmente é difícil de ser formalizado, ou explicado a outra pessoa, pois é subjetivo e inerente às "habilidades de uma pessoa”. Comparando esta definição com a de conhecimento explícito, há uma diferença subtil importante: dir-se-ia que o conhecimento tácito não está codificado, vertido num código. Não é a anedota ou a notícia que li num jornal e retive na minha cabeça. É então o quê?  Peguemos no Dictionnaire des sciences cognitives sob a direcção de Guy Tiberghien (Armand Colin, 2002, pp. 70-71) e abramo-lo no verbete cognição: “a função da cognição é material, determinada fisiologicamente pelas estruturas  e os modos de funcionamento dos cérebros, e resultante da evolução (…) e uma segunda categoria de realidades constitutivas da cognição, é a das “representações”, que podem ser mentais, conscientes ou não, linguísticas, formais, informáticas”. Através do conceito de representação, fica vinculado o conceito de informação à função cognição, e esta ligação é orgânica e natural. Por outro lado, a materialidade bio-química da cognição absorve bem essa subjectividade, referida por Nonaka, esse acúmulo de vivências positivas ou traumáticas, que são retidas pelas estruturas e modos de funcionamento do cérebro de cada um.
Terminando: já propus em 2002, num texto publicado no Brasil e que constitui o capítulo 3 do meu livro A Informação (Edições Afrontamento, 2006), uma tríade diferente da que usei para título deste comentário ou postagem – dado, informação/conhecimento e cognição. Em que dado é um sinal bruto sem sentido e não humano, informação sinónimo de conhecimento e cognição a função onde se dilui o conhecimento tácito.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Informação e Ideia


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Sara Santos, aluna do Mestrado em Ciências da Informação e da Documentação na FCSH/UNL sente que continuam questões por responder que gostaria (ela e alguns colegas) ver esclarecidas:

Como entende a diferença entre informação e ideia/ informação e linguagem? 
Uma das definições que apresentou para informação foi "conjunto estruturado de representações mentais codificadas (símbolos significantes) socialmente contextualizadas e passíveis de serem registadas num qualquer suporte material (papel, filme banda magnética, disco compacto, etc.) e, portanto, comunicadas de forma assíncrona e multidireccionada." (Silva; Ribeiro, 2002). Esta definição encontra-se muito próxima daquela que F. Saussure tece para a ideia de "língua" na introdução do seu Curso de Linguística Geral. Fico com algumas dúvidas como coloco a CI no âmbito da linguagem, como interdisciplina, e como coloco a CI no âmbito da ideia, como convenção. A mera ideia não é informação (?), mas será esta um epifenómeno daquela?

Trata-se de uma excelente intervenção dentro deste espaço do Consultório CI e com autorização expressa da própria reproduzo o teor do mail que lhe enviei:

Quanto ao problema que coloca peço-lhe que se concentre na definição operatória com que trabalha a CI transdisciplinar que vimos desenvolvendo no Porto e em Portugal. Sendo informação um conjunto estruturado de representações mentais e emocionais isto significa que remte o fenómeno para o domínio biopsicológico onde ideias, imagens e emoções emergem da cognição e da emotividade constituindo-se em informação a partir do momento em que são codificadas e expressas ainda dentro da cabeça humana num código qualquer, nomeadamente o linguístico. Saussure dá à lingua um sentido que vai para além de código e daí a importância operatória, para semiólogos, sociólogos e outros especialistas, do conceito de linguagem. Eu tenho mais dificuldade em distinguir linguagem de informação do que informação de língua. Esta é um código e como tal elemento constitutivo do fenómeno e processo info-comunicacional. Já não consigo distinguir com tanta clareza informação de linguagem, porque é frequente assistir a situações em que quem usa linguagem está a significar algo idêntico ao que condensamos na definição de informação que reproduziu.

Resumindo: a noção de ideia subsume-se na expressão reprersentação mental e emocional, cabendo dentro da definição de informação, assim como língua é aceite, por nós, como código socio-cultural incorporado pelos seres humanos a partir do momento em que nascem numa determinada família, comunidade e país. E da mesma forma aprendem outros códigos, nomeadamente o numérico (base da aritmética), o musical, o geométrico, o cromático, etc. Os códigos permitem expressar ideias ou representações constituindo uma unidade de sentido completa - a informação - que tende a ser comunicada, partilhada, trocada, usada com o(s) outro(s).

Espero ter sido proveitosamente esclarecedor, mas sinto que este tópico pode render bastante e desejo voltar a ele.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A Internacionalização da "CI" portuguesa...


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A Ana inaugurou este espaço ou "coluna" bloguista lançando um desafio a mim e aos meus colegas para que publiquemos nossas ideias e propostas em inglês, a fim de que a contribuição que vimos dando de há uns anos a esta parte para o campo cientifico da Documentação e Informação possa ser conhecido "lá fora". 

Ora bem, Ana, alguma coisa tem sido feita, mas é manifestamente insuficiente. Minha colega Fernanda Ribeiro tem sido pioneira nesse esforço e eu ando insistindo comigo próprio na necessidade de traduzir os verbetes do DeltCI - Dicionário eletrônico de Terminologia em Ciência da Informação para inglês. Preciso, também, de revê-lo e devo sublinhar que tratando-se de um projecto de cooperação luso-brasileira em que participam colegas da Universidade Federal do Espirito Santo, nomeadamente do Attilio Provedel, recebeu o impulso generoso do Paulo Sousa, mas agora precisa de entrar noutra fase e espero que a Filipa Ramalho possa ajudar-me a avançar algo mais com este instrumento essencial para o reforço e a consolidação teórico-conceptual da CI. Já no que toca à tradução de livros como "A Informação" as dificuldades crescem e penso que a edição de livros nossos no estrangeiro só se fará se conseguirmos uma boa difusão através de artigos e comunicações em inglês.

Enfim, Ana, posso tranquilizá-la num ponto: a nossa intenção firme hoje é traduzir nossas propostas em inglês para que possamos alargar o diálogo tão necessário a outros espaços e comunidades que nos possam perceber e connosco discutir. Falta dinheiro e tempo, mas há vontade...

O que entendo por "Consultório CI"...


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O título deste espaço de diálogo surgiu-me em conversa amena com o Paulo Sousa, entusiasta e proficiente animador deste blogue A Informação, que é, sem dúvida, uma referência incontornável da Ciência da Informação em nível da infoesfera, e a ambos pareceu bem... Mas depois, meditando, apercebi-me de alguns eventuais equívocos, para não lhes chamar outra coisa. Desde logo, um é o risco de parecer pretencioso, uma vez que a palavra consultório, enraizada no universo clínico, pressupõe a existência de alguém, de um especialista ou (indo mais longe) de um sábio, que a tudo responde e tudo esclarece. Não custa perceber que esta acepção me desagrada e perverte o sentido que este espaço bloguista deve ser. Como, também, não adianta mitigá-la e dar-lhe um tom mais modesto, reduzindo-o a secção de perguntas e respostas simples e curtas que se ajudarem excelente, se não paciência - ninguém fica em "perigo de vida"...

Na verdade, o sentido do título deste espaço corresponde à intenção ou leit-motiv que me levou a manifestar ao Paulo Sousa algo parecido com isto e com uma presença regular, e não deriva, em rigor, da acepção etimológica e mais vernácula da palavra, mas ressignificando-a "consultório CI" quer dizer e quer ser umlocus de diálogo aberto e problematizador, em que fluam ideias e refutações, demonstrações e concordâncias, essenciais como argamassa para a construção do campo cientifico em que estamos sinceramente empenhados - eu, o Paulo Sousa e todos quantos aderem a este projecto bloguista


Feita esta breve, mas imprescindível nota de esclarecimento, tentarei pela minha parte que o tempo que investirmos aqui seja sempre dado por útil e agradável.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Novo colaborador: Armando Malheiro da Silva


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Primeira boa notícia de 2011 do blogue 'A Informação':

O Dr. Armando Malheiro da Silva passa a integrar o nosso grupo de colaboradores. A ideia passa por disponibilizar a secção Consultório de CI em que os visitantes podem colocar questões e dúvidas sobre a área da Ciência da Informação e este, sempre que possa, responde aos visitantes.

Todos nós, colaboradores, pensamos que este será um contributo que irá enriquecer ainda mais o nosso blogue de modo a torná-lo uma referência neste contexto.

Bem-vindo ao blogue, pois o seu contributo será, certamente, muito importante e enriquecedor para todos dos Profissionais da Informação!

Um grande abraço,
Paulo Sousa

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