quarta-feira, 28 de maio de 2008

Mais de 90 por cento dos alunos têm emprego garantido




Eis uma interessante notícia da LUSA à margem das VI Jornadas de Ciência da Informação.

Porto, 19 Mai (Lusa) - A maioria dos estudantes de Ciência da Informação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto "conseguem emprego, logo após terminarem a licenciatura", revelou hoje a directora do curso, Fernanda Ribeiro.

O curso de licenciatura em Ciência da Informação está relacionado com a produção, armazenamento, recuperação, preservação e gestão de sistemas de informação, nomeadamente bibliotecas, arquivos e centros de documentação.

Fernanda Ribeiro falava à margem das VI Jornadas de Ciência da Informação, subordinadas ao tema "Ciência da Informação: O fim de um ciclo/balanço e perspectivas futuras", que decorreu hoje na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

A responsável assegurou à Lusa que "mais de 90 por cento dos alunos" conseguem emprego, assim que concluem o curso.

"O mercado da informação está em crescimento. Hoje, muitas organizações produzem cada vez mais informação e necessitam de várias pessoas para gerir esta grande quantidade", afirmou.

Manuela Pinto, uma das docentes do curso de Ciência da Informação, afirmou à Lusa que as jornadas "são importantes para analisar se as ofertas correspondem às necessidades do mercado, se têm qualidade e se são coerentes a nível nacional".

"Na perspectiva da Ciência da Informação, não podíamos ter resultados mais satisfatórios. A nível de emprego, a maioria dos locais que acolhem alunos para estágio dão-lhes oportunidades de trabalho", acrescentou a investigadora.

De acordo com Manuela Pinto, "a relação entre a oferta e a procura está extremamente boa para os alunos, dado que as propostas de estágio ultrapassam os 150 por cento".

Para a docente do curso de Ciência da Informação, um dos objectivos destas jornadas é "analisar a transição, após a aplicação do processo de Bolonha, e o que ele significa nesta área emergente da Ciência da Informação, que deixou de ser um curso de formação de bibliotecários e arquivistas, para ser sobretudo uma aposta na formação de gestores da informação em escolas públicas e privadas".

"Estas jornadas são importantes para que possamos analisar quais são as perspectivas profissionais dos alunos e informá-los do actual mercado de trabalho existente em Portugal", disse.

Manuela Pinto alertou ainda para a necessidade de "encontrar métodos que aumentem a articulação com o mercado

de trabalho, com a situação empresarial e com as universidades".

Para Gabriel David, docente da FEUP, as perspectivas para o futuro na área da Ciência da Informação passam "pelo esforço de mudar a imagem de que os profissionais desta área estão fechados em bibliotecas e arquivos".

"A maioria dos alunos estão a trabalhar em empresas, a gerir sistemas de informação", disse.

Gabriel David sustentou que para poder gerir a informação "é preciso conhecer a tecnologia".

"Um dos pontos principais do curso é precisamente o bom conhecimento das tecnologias, ao nível das aplicações, das bases de dados e das fontes de informação electrónica", acrescentou.

MZB

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