quarta-feira, 26 de outubro de 2005

Autores rejeitam Google Print




Empresa lança serviço que permite pesquisar todas as obras literárias.
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É o sonho de qualquer estudante universitário, investigador, jornalista, historiador ou amante da literatura: sentar-se ao computador e, em segundos, pesquisar o texto completo de qualquer livro jamais escrito. O Google Print, um serviço que permite, com uma simples busca por palavras, pesquisar o maior catálogo electrónico literário do mundo, acaba de ser lançado em oito países europeus. Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Itália, Holanda e Suíça já possuem sites localizados que permitem pesquisar o texto de obras literárias digitalizadas, na sua própria língua ou em inglês.
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Google contra o mundo

Os textos podem ser visualizados digitalmente, mas não copiados para o computador. Ao mesmo tempo que o Google constrói a sua Torre de Babel, os grupos que representam os autores europeus reagem com cepticismo aos planos da empresa. O Google Print começou a ser envolvido em polémica no final de 2004 quando a maior marca da Internet assinou um acordo com as bibliotecas das cinco principais universidades americanas, permitindo digitalizar, por essa via, 15 milhões de novos livros e documentos.
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Europeus receosos

Nos Estados Unidos, o programa foi suspenso e um grupo de editores está a avançar com um processo contra a empresa. Na Europa, editores e autores receiam que a empresa viole os seus direitos, digitalizando obras sem a sua permissão. Preocupada com a investida do Google contra os direitos dos autores europeus, a comissária europeia para a Educação, Cultura e Audiovisual, Viviane Reding, anunciou recentemente um projecto de digitalização, focado em obras europeias, que concorra com o Google Print. Um grupo de chefes de Estado da Alemanha, Itália, Hungria, Polónia e Espanha já manifestou junto da União Europeia o seu apoio à iniciativa.
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