Pequenas e médias empresas em Tecnologias de Informação e Comunicação na Europa têm falta de recursos. Um estudo efectuado em vários Estados-membros refere que têm de ser tomadas medidas para melhorar a empregabilidade nesta área.
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No âmbito no programa da Information Society Technologies foi efectuado um estudo em vários Estados-membros da União Europeia com o objectivo de fazer uma avaliação dos profissionais na área das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) de forma a avaliar o perfil dos profissionais a nível das capacidades de cada um, assim como, a sua inserção no ambiente empresarial.
O estudo, Indic@tor, foi agora apresentado e indica as dificuldades que existem a nível de empregabilidade nas pequenas e médias empresas (PME) na área das TIC, quer a nível de formação, bem-estar no local de trabalho, desenvolvimento das capacidades dos trabalhadores e gestão da relação entre empregados e supervisores.
A amostra do estudo foi constituída por 1106 profissionais e 967 supervisores e o estudo foi efectuado no Reino Unido, na Holanda, Alemanha, Polónia, Itália e Grécia. Segundo Beatrice van der Heijden, coordenadora científica e investigadora da University of Twente, na Holanda: «O resultado foi de fácil acesso, com base na Web, um questionário de desenvolvimento pessoal para os empregados e para os seus supervisores. O instrumento e a metodologia que desenvolvemos podem ser aplicados noutros sectores».
As perguntas do questionário focaram-se em temáticas como educação, tempo de casa nas empresas, bem-estar em relação ao trabalho, responsabilidades e oportunidades dadas nos respectivos departamentos aos profissionais das TIC, nas pequenas e médias empresas.
De acordo com os dados agora apresentados, os cientistas traçaram um perfil dos profissionais na área das TIC: «eles estão relativamente felizes no trabalho mas com espaço para melhorar, têm uma saúde satisfatória, são bem-educados, tem trabalhos com valor de aprendizagem sustentado que pode ser melhorado, trabalharam uma média de 5,5 anos na sua área actual de especialização e têm uma boa relação com os seus supervisores.
Mas não têm tempo suficiente para aprender e exercitar novas capacidades e têm redes limitadas com outros profissionais da área».Mas segundo o estudo, a pior avaliação coube ao desempenho das PME, já que os investigadores referem que existe uma escassez de recursos e capital humano nesta área, sendo que há um baixo investimento na formação dos empregados e poucas oportunidades de desenvolvimento na carreira.
Após as conclusões, foram organizadas várias conferências junto dos profissionais das TIC, gestores das PME, políticos, organizações na área das TIC e formadores privados e públicos de forma a melhorar o desempenho destes trabalhadores, a sua mobilidade na carreira, incrementar a formação ao longo da vida e incentivar a criação de redes entre estes profissionais.
Em comunicado da Information Society Technology, os investigadores do projecto Indic@tor, deixam algumas sugestões para profissionais e empresas.
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Os profissionais devem:
- Adquirir mais educação.
- Dar mais atenção à saúde. Ser saudável é importante para o sucesso profissional, uma área muitas vezes descurada. É importante minimizar o conflito entre a vida pessoal e profissional.
- Ganhar experiência ao nível da gestão.
- Ocupar a mesma posição na empresa o tempo suficiente para comandar áreas especializadas antes de passar para outros locais.
- Cultivar uma relação positiva com o supervisor.
- Escolher organizações, departamentos ou unidades de trabalho que forneçam mais tempo para aprender novas capacidades.
- Desenvolver redes com indivíduos em outras organizações assim como na sua.
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