sexta-feira, 30 de abril de 2010

Lisboa: cordão humano de leitura


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Na Feira do Livro de Lisboa deste ano, que acontece de 29 de abril a 16 de maio, uma atração merece destaque, entre tantas outras. No dia 8 de maio, os organizadores querem formar um grande cordão humano de leitura, para comemorar os 80 anos da Feira do Livro. A ideia é juntar o maior número de pessoas, com idade entre 80 dias e 80 anos, todas com um livro na mão. Durante a formação do cordão, as pessoas podem trocar livros, ler em voz alta, enfim, declarar seu amor pelos livros e pela leitura.
Fonte: http://feiradolivrodelisboa.pt/

Brasil: 445 municípios sem bibliotecas


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Pesquisa mostra que 445 municípios do país ainda não têm bibliotecas
Fonte: Agência Brasil. Data: 30/04/2010.
URL: www.correioweb.com.br/euestudante/noticias.php?id=10248

Pesquisa divulgada hoje (30) pelo Ministério da Cultura revela que em 445 cidades brasileiras ainda não há bibliotecas municipais. O índice representa 8% dos 5.565 municípios em todo o país. O estado com o maior número de cidades sem esses espaços para leitura é o Maranhão (61).

O 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais foi realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e encomendado pelo ministério.

De acordo com o levantamento, em 79% das cidades há bibliotecas municipais em funcionamento. Em 12%, elas estão em processo de implantação e em 1%, em fase de reabertura. O estudo foi feito entre setembro e novembro do ano passado. Em 2007 e 2008, 660 cidades não tinham bibliotecas municipais.

O perfil dos estabelecimentos indica uma média de 296 empréstimos por mês e uma frequência média de usuários de 1,9 vez por semana. A área física é de 177 metros quadrados, em média, e a maioria das bibliotecas (99%) não abre durantes os finais de semana, só funciona de segunda à sexta, de manhã e de tarde.

Os dados mostram ainda que 91% dos locais não oferecem serviços a pessoas com deficiência visual. O índice das bibliotecas que não dispõem de serviços para portador de necessidades especiais chega a 94%. Além disso, 88% dos estabelecimentos não têm nenhum tipo de atividades de extensão, como oficinas e rodas de leitura em escolas.

Segundo a pesquisa, 64% das bibliotecas municipais do país têm computador, 39% têm televisão, 28% têm videocassete, 27% têm aparelho de DVD e 24% ainda usam máquina de datilografia. Entretanto, 25% delas não contam com nenhum desses equipamentos.

Apesar do número razoável de estabelecimentos com computadores, nem a metade (45%) tem acesso à internet. Desses, apenas 29% prestam esse tipo de serviço aos usuários.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Biblioteconomia da Universidade de Brasília: 45 anos de criação


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Biblioteconomia faz 45 anos e homenageia criador do curso
Edson Nery da Fonseca veio para a Universidade de Brasília (UnB) em 1962 a convite de Darcy Ribeiro. O professor fundou o curso de Biblioteconomia na universidade
Thais Antonio - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Fonte: URL: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3239#

Foram abertas as comemorações dos 45 anos do curso de Biblioteconomia da UnB. O pontapé inicial foi dado em um dia de homenagens ao biblioteconomista e professor emérito da UnB, Edson Nery da Fonseca, fundador do curso na universidade. Na ocasião, o professor lançou um livro de memórias, intitulado Estão Todos Dormindo. A ideia do Departamento de Ciência da Informação e Documentação (CID) é celebrar o aniversário do curso em eventos ao longo do ano.

Nery compara a própria vida a limitações citadas em um de seus poemas

“Estou limitado ao Norte pela literatura / Ao Sul pela saudade da vida militar / A Leste por Gilberto Freyre / E a Oeste pelo Mosteiro de São Bento”. O poema de Edson Nery conta um pouco de sua trajetória. O estudioso da obra de Gilberto Freyre quase virou monge beneditino. Veio morar em Brasília em 1962, quando foi convidado pelo antropólogo Darcy Ribeiro para ajudar a construir a UnB. Ficou na universidade por 30 anos, quando se aposentou por limite de idade.

“Retornar à universidade foi emocionante porque, entre as instituições em que trabalhei, foi a que mais me empolgou”, relata o professor emocionado. “Desde o reitor até o mais humilde funcionário, tínhamos a consciência de que estávamos fazendo a melhor universidade do país”, lembra. Edson Nery orgulha-se de ter trabalhado com o educador Anísio Teixeira e com Darcy Ribeiro nos primórdios da Universidade de Brasília.

Silva diz que as publicações de Nery são praticamente obrigatórios em sua área

Nova biblioteca pública em Manguinhos (Rio de Janeiro)


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Fonte: Em Questão. Data: 28/04/2010.

URL: http://www2.brasil.gov.br/noticias/em_questao/pdf/eq1032.pdf

Rio de Janeiro ganha espaço cultural inspirado na cidade colombiana de Medelin

A primeira biblioteca-parque do Brasil será inaugurada nesta quinta-feira (29), em Manguinhos, no Rio de Janeiro. O complexo cultural tem ludoteca, filmoteca, sala de leitura para portadores de deficiências visuais, acervo digital de música,cineteatro, cafeteria, acesso gratuito à internet e uma sala denominada Meu Bairro, para que a comunidade da região faça reuniões. Uma área de 3,3 mil m² será ocupada e atenderá a 16 comunidades da Zona Norte da capital fluminense, cuja população soma, aproximadamente, 100 mil habitantes.

O local foi totalmente urbanizado e transformado no lugar de maior concentração de equipamentos sociais em uma comunidade carente da cidade.

O projeto é baseado na experiência colombiana de Medellín, que investe na construção de equipamentos culturais como forma de promover a inclusão social.

Para equipar a biblioteca, o Ministério da Cultura (MinC), investiu R$ 2,5 milhões. Os recursos, do programa Mais Cultura, possibilitaram a construção de um cineteatro, além da aquisição de equipamentos, mobiliário e acervo de 25 mil livros, 800 filmes e três milhões de músicas para audição, entre outros itens. O equipamento teve investimento total de R$ 8,6 milhões, dos quais R$ 7,4 milhões do governo federal
e R$ 1,2 milhão de contrapartida do governo do estado.

“Trata-se de um processo de transformação social a partir da cultura. Estamos construindo espaços culturais e bibliotecas em áreas de vulnerabilidade social, integrando obras de infraestrutura do PAC e promovendo o acesso da população a bens e serviços culturais”, explica a secretária de Articulação Institucional do MinC e coordenadora do Programa Mais Cultura, Silvana Meireles.
Comentário:
Parabéns para a cidade do Rio de Janeiro e em especial para o bairro de Manguinhos. Faço votos de que, à semelhança das bibliotecas de Medellin, esse projeto também amplie a inclusão cultural dessa população carente de tudo.
Murilo Cunha

terça-feira, 27 de abril de 2010

Biblioteconomia: livro eletrônico


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O sítio Cultura Acadêmica [URL: www.culturaacademica.com.br] passou a disponibilizar 44 livros publicado pela Editora da Universidade Estadual Paulista UNESP), em formatos digitais para download gratuito, como por exemplo:

INDEXAÇÃO DE LIVROS, A PERCEPÇÃO DE CATALOGADORES E USUÁRIOS DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
ASSUNTO: Ciências Sociais
AUTOR(ES): FUJITA, MARIÂNGELA SPOTTI LOPES (Org.)
ISBN: 9788579830150
PÁGINAS: 154
ANO: 2010
URL: http://www.culturaacademica.com.br/titulo_view.asp?ID=56

Segundo informações do sítio, "A Cultura Acadêmica é o segundo selo da Fundação Editora da UNESP, cujo selo central é o EDITORA UNESP". E é neste sítio que está a Coleção PROPG-DIGITAL, que publica livros em primeira edição apenas nos formatos digitais, com a possibilidade de download gratuito.
Comentário:
Espero que outras editoras universitárias copiem o exemplo da UNESP e passem a facilitar o acesso aos resultados das pesquisas realizadas no âmbito acadêmico brasileiro.
Murilo Cunha

O enigma do e-book: 'decifra-me ou te devoro'


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Autora: Natalia Cuminale. Data:23/04/2010.
Fonte: Veja.

O e-book desafia o mercado de livros como um enigma da esfinge da Antiguidade. "Decifra-me ou te devoro." Os editores, que há anos encaram a ascensão dos e-readers, dispositivos portáteis de leitura digital, se debatem entre as promessas do novo formato (entre elas, a de atingir leitores em qualquer parte do globo) e o receio de serem abocanhados por ele. A apreensão cresceu recentemente com o lançamento do iPad. A nuvem de expectativa, incerteza e planos se formou em torno do tablet da Apple, que aprimorou a maneira de apresentar textos eletronicamente com recursos touch screen. Mas ainda se trata de uma nuvem, que até agora só revelou uma certeza: o livro eletrônico chegou para ficar. "O modelo de negócio no futuro vai ser completamente distinto do que conhecemos hoje", prevê Sônia Machado Jardim, presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livro (Snel). "Mas várias questões ainda não estão claras", completa.

Entre os enigmas dos e-readers está o preço do livro eletrônico, o e-book. Uma vez que sua produção elimina gastos de impressão, papel e transporte ao ponto de venda, o custos e, portanto, o preço das obras digitais poderiam ser sensivelmente inferiores aos do livro tradicional. E são. Outra charada: no novo cenário, como seria a remuneração de autores e editoras? Mais uma: qual dos formatos oferecidos por fabricantes de e-readers se tornará padrão? Como sobreviverão as livrarias, se um dia todas as obras puderem ser adquiridas pela internet, por exemplo? Finalmente: como evitar que o arquivo digital, facilmente reproduzível e compartilhável em ambiente virtual, vire alvo de pirataria, repetindo com a indústria do livro o que o formato MP3 fez com a dos discos?

"No Brasil, o número de equipamentos de leitura eletrônica ainda é ínfimo. Vamos ter de esperar mais tempo para ver o que vai acontecer no mercado externo e depois tomarmos uma posição", afirma Sérgio Machado, presidente da Record, maior editora do país no campo de obras não-didáticas, que acumula em acervo 6.500 títulos. "Na nossa economia editorial, não podemos ficar brincando com as tecnologias."

Nos Estados Unidos, editoras, livrarias on-line e fabricantes já fecharam contratos vultosos. O iPad, recém-chegado ao mundo, tem a sua própria loja de obras digitais, a iBookStore. Com um catálogo de mais de 60.000 títulos de grandes editoras como HarperCollins, Macmillan, Penguin e Simon & Shuster, o endereço eletrônico da Apple já vendeu 600.000 e-books desde o seu lançamento, no dia 3 de abril. O mercado é promissor. Segundo amostragem da Associação Americana de Editores (AAP), que analisou dados de treze companhias dos EUA, a venda de e-books cresceu 176% em 2009. O faturamento com eles bateu em 113 milhões de dólares - pouco se comparado aos 24 bilhões de dólares gerados pela indústria como um todo, mas ainda assim um nicho em ascensão. Já a venda de dispositivos eletrônicos de leitura - como o iPad ou Kindle, da Amazon - devem saltar de 5 milhões, em 2009, para 12 milhões de unidades em todo o mundo.

É verdade que já houve enfrentamentos entre os tradicionais editores e os novos parceiros do negócio. No iníco deste ano, a Macmillan e a Amazon se estranharam por conta do preço das obras em formato eletrônico oferecidas na livraria on-line. A Macmillan exigia valores entre 12,99 e 14,99 dólares; a Amazon queria cobrar 9,99 dólares. Durante o impasse, a livraria retirou de seu site todas as obras da Macmillan, mas por fim cedeu e voltou a fazer as vendas. O receio de muitas editoras (e também livrarias) é que o produto virtual acabe por "canibalizar", como se diz na gíria de mercado, o item físico - que, em geral, custa mais caro. Um exemplo brasileiro: o livro Headhunter - Os Bastidores Do Mundo Corporativo sai por 59,90 reais, enquanto sua versão virtual custa 27,93 no formato ePub, vendido pelo site da Livraria Cultura.

No início deste mês, a livraria começou a vender e-books no formato PDF e ePub - reconhecido pela maioria dos e-readers, como iPhone, Blackberry, e também por computadores pessoais e da Apple. De acordo com Sérgio Herz, diretor de operações da rede, serão 120.000 títulos importados disponíveis para download e mais 500 nacionais. E há outra boa notícia para o leitor: "Algumas editoras determinaram que suas versões digitais serão 30% mais baratas do que as correspondentes em papel", afirma Herz. Embora o preço final ao consumidor pareça atrativo, ele não acredita que as páginas digitais ocuparão grande espaço de seu negócio no curto prazo. "No começo, as vendas serão tímidas. Ainda vivemos o princípio da era digital para livros", diz o diretor. Um editor concorda. "Ainda há muito barulho nessa história", diz Matinas Suzuki Jr., da Companhia das Letras. "Esse mercado vai crescer muito lentamente, por dois motivos. Primeiro: não há muitos títulos disponíveis em formato digital. Segundo: os aparelhos ainda são caros." Nos EUA, o Kindle custa 259 dólares, e o iPad, 499 dólares. O modelo Cool-er, vendido no Brasil, sai por 750 reais.

Assim como a Cultura, que conta com nove lojas no Brasil, livrarias de menor porte terão de se adequar às mudanças de mercado que se avizinham. "Elas terão que adquirir muita tecnologia se quiserem competir nessa nova realidade", afirma Vitor Tavares, presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL). "Mas elas vão sobreviver. O livro eletrônico poderá ser vendido como um cartão de celular pré-pago, oferecido pelo caixa na hora do pagamento."

Estudantes viciados em internet


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Autor: Walden Siew. Data: 23/04/2010.
Fonte; Reuters Brasil.
Estudantes universitários norte-americanos estão viciados em celulares, mídias sociais e Internet, e têm sintomas semelhantes ao vício em drogas ou álcool, de acordo com um novo estudo.

Pesquisadores na Universidade de Maryland pediram a 200 estudantes que ficassem uma dia sem qualquer tipo de mídia e descobriram que, depois de 24 horas, muitos deles mostravam sinais de abstinência, ansiedade e dificuldade de agirem normalmente sem mídias e contato social.

A diretor de pesquisa do projeto e professora de jornalismo da universidade, Susan Moeller, afirmou que muitos alunos escreviam sobre como odiaram perder seus contatos com mídia, que muitos compararam a perder amigos e familiares.

"Claramente, sou viciado e a dependência é doentia", disse um estudante. "Com BlackBerrys, notebooks, televisão e iPod, as pessoas se tornaram incapazes de ficar sem essa segunda-pele midiática".

Moeller afirmou que os alunos sentiram falta, principalmente, de mensagens de texto, mensagens instantâneas, email e Facebook.

"Enviar SMS e mensagens instantâneas para meus amigos me conforta", disse um dos estudantes, que escreveu em seu blog sobre suas reações. "Quando não tinha esses dois luxos, me sentia bem sozinho e isolado da minha vida".

Poucos estudantes disseram ter assistido às notícias na TV ou lido um jornal.

A Associação Psiquiátrica Americana não reconhece o vício em Internet como doença.

Twitter: número um no Brasil


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Fonte: Portal Exame. Data: 23/04/2010.
Autor: Celio Yano.
O Twitter é a mídia social mais acessada no Brasil, com 55,84% do total de tráfego desse tipo de ferramenta, segundo monitoramento divulgado esta semana pela StatCounter. Em segundo lugar aparece o Facebook (20,14%), que pela primeira vez desde dezembro de 2009 ultrapassou o YouTube (16,27%) no número de acessos no país.

Os índices são referentes ao acesso no período de 9 a 10 de abril. Além do Twitter, Facebook e YouTube, aparecem no gráfico divulgado pela StatCouter o StumbeUpon (ferramenta de recomendação de sites), com 3,19% do tráfego, o Orkut (1,67%), o Delicious (0,69%) e o Digg (0,34%). Demais mídias sociais têm 2,79% de participação.

O gráfico mostra uma grande mudança na situação observada em abril de 2009, quando o Orkut, hoje na quinta colocação, era a líder entre as ferramentas. No período de um ano houve grande crescimento do Twitter e do Facebook, enquanto StumbleUpon, Delicious e Digg também tiveram queda.

O quadro brasileiro difere bastante do mundial, em que o Facebook está a frente com 55,13% dos acessos dos usuários de redes sociais, seguido pelo StumbeUpon (21,83%). O Twitter aparece apenas na terceira posição na análise global, com 7,15%, a frente de YouTube (7,15%), Reedit (3,51%), MySpace (3,08%) e Digg (2,61%). O Orkut não chega a aparecer na tabela.

Metodologia

A forma como o StatCounter mede o tráfego nas redes sociais baseia-se em um código, uma espécie de miniaplicativo, que está instalado em mais de três milhões de sites no mundo inteiro. Mesmo que não esteja instalado propriamente no Twitter, por exemplo, o código consegue identificar se um internauta passou ou não pela rede social caso, a partir do Twitter, ele acesse uma página que tem o miniaplicativo.

Toda a medição é feita de forma automática e é capaz de reconhecer o país de origem dos acessos a partir do IP. Dessa forma, o levantamento não mede o número de usuários cadastrados ou a quantidade de tempo que os brasileiros passam em cada uma das redes sociais, mas sim a quantidade de "idas e vindas" dos internautas entre as redes e os sites monitorados pelo StatCounter.

Quem manda na internet?


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Autor: David Alandete. Data: 25/04/2010.
Fonte original: El País. Fonte: Portal UOL.

Quem manda na rede? As empresas de telefonia e cabo oferecem conexões pagas à internet. Os produtores de conteúdo, como Google ou Yahoo, contribuem com a informação, financiando-se com a venda de publicidade. Os usuários pagam pelo acesso à rede e com suas visitas geram tráfego, aumentando as receitas publicitárias. Nessa cadeia de serviços, quem administra o tráfego online? Quem tem o direito de dar mais ou menos velocidade às conexões? De quem é a internet?

Por enquanto, os que podem administrar fisicamente a rede são os provedores de internet. Na Espanha, são empresas como a Telefónica, que oferecem conexões e cobram por elas. Com a generalização da rede, esses provedores denunciam que lhes é negada uma oportunidade de negócio: os usuários usam a internet como desejam, os provedores de conteúdo enriquecem às suas custas, e apesar disso suas receitas se mantêm fixas.

Esse incômodo foi manifestado pelo presidente da Telefónica, César Alierta, em fevereiro passado. "É evidente que as máquinas de busca na internet utilizam nossa rede sem pagar nada, o que é uma sorte para eles e uma infelicidade para nós. Mas também é evidente que isto não pode continuar. As redes são implantadas por nós; os sistemas são feitos por nós; o serviço pós-venda é feito por nós. Isto vai mudar, estou convencido", ele disse.

O governo da França lançou uma pesquisa popular para saber a opinião dos cidadãos a respeito, e Bruxelas espera debater um modelo para a Europa antes do verão.

Alierta representa os interesses dos provedores de conexão, que não só pedem que se cobre das empresas de conteúdo, como também reclamam a capacidade de administrar suas redes, mesmo que isso represente certa discriminação contra alguns usuários. Já existe um pronunciamento judicial sobre o assunto nos EUA. Em 6 de abril um tribunal decidiu que o governo não tem o direito de obrigar as empresas de telefonia e cabo a serem neutras no tratamento dado a seus clientes. Isto é, um provedor (como a Telefónica ou, nos EUA, a Comcast) tem o direito de discriminar um usuário que utilize programas que ocupem muita largura de banda.

A Comcast, maior operadora de cabo dos EUA, começou em 2007 a desacelerar o tráfego de usuários que executam frequentemente programas de troca de arquivos P2P. Um deles, Raam Dev, de 28 anos, fez um teste com sua conexão. Era cliente da Comcast havia quatro anos. Começou a utilizar o programa de troca de arquivos BitTorrent e notou uma grande lentidão. Decidiu usar um programa para medir a velocidade dos downloads. Passaram 18.878 para 4.500 Kbps (kilobits por segundo), depois de baixar um arquivo legal através de um torrent (um programa de acesso a páginas de download).

"Repeti a experiência meia dúzia de vezes", ele explica. "Em cada ocasião minha conexão desacelerou de forma considerável, depois de passar 4 ou 5 minutos descarregando um torrent, e depois voltava à normalidade depois de 20 ou 25 minutos". Há anos ele deixou de ser cliente da Comcast, mas continua indignado por essa política. "É como se a companhia telefônica distorcesse as ligações quando seus clientes falam de assuntos de que a firma não gosta. É absurdo."

É a mesma opinião da agência do governo americano que regulamenta as comunicações, a Federal Communications Commission (FCC), que em 2008 advertiu verbalmente a Comcast por desacelerar conforme o tipo de tráfego. O então presidente da comissão, Kevin Martin, disse: "Alguém gostaria que o serviço de correio abrisse sua correspondência e decidisse que não quer ter o incômodo de entregá-la, devolvendo-a ao remetente com a desculpa de que não encontrou o destinatário?"

A Comcast se justificou dizendo que essas medidas correspondiam a uma mera "gestão da rede". "A grande maioria dos 9 bilhões de protocolos de controle de transmissão de redes P2P que ocorrem na rede da Comcast não são afetados por essa medida", explicou Sena Fitzmaurice, porta-voz da firma. "Só entre 6% e 7% de nossos clientes utilizam P2P semanalmente."

Ao longo dos anos, criaram-se dois campos na batalha pela neutralidade na internet. De um lado, as empresas provedoras de conteúdo online como Google, Amazon ou Skype, apoiadas pelo governo Obama. Por outro, a Comcast e outros grandes provedores, como Verizon ou AT&T, que consideram que a infraestrutura é sua e podem fazer o que quiserem.

Até os pais fundadores da internet se manifestaram, enviando em outubro uma carta aberta à FCC. "Acreditamos que as propostas de neutralidade na rede de não discriminação e transparência são componentes imprescindíveis de uma agenda de políticas públicas centrada na inovação de que este país precisa", disseram, entre outros, o vice-presidente da Google, Vint Cerf.

Durante meses a batalha parecia favorecer um lado. A neutralidade na rede se impunha. A tal ponto que em 22 de outubro passado a FCC apresentou seus princípios para conseguir a neutralidade total na internet. Entre suas propostas mais inovadoras, destacam-se três: que os provedores de internet não possam impedir que os usuários compartilhem informação legal na rede; que respeitem a livre concorrência entre provedores de conteúdo, sem favorecer uns ou outros, e que informem ao governo e a seus clientes como administram suas redes.

Obama disse, dias depois, que não poderia estar mais de acordo. "Esse é o papel do governo: investir para incentivar a inovação e impor normas de senso comum que assegurem que existe um campo de jogo nivelado."

A ascensão da neutralidade parecia inevitável, até que no último dia 6 um juiz de Washington sentenciou que o governo não tem o direito de ditar aos provedores de banda larga como devem administrar suas redes, e que a FCC havia se excedido em sua competência. Há um motivo principal para isso: segundo a lei de telecomunicações de 1996, a internet é um serviço de informação, e não de telecomunicações. A FCC só pode regulamentar serviços de telecomunicações (telefonia, emissão de rádio, satélite, cabo coaxial).

As firmas telefônicas e de cabo se felicitaram por essa vitória jurídica. Nem o governo nem a FCC reagiram ainda. Os líderes democratas no Congresso, sim. E anunciaram que tentarão reclassificar a internet e colocá-la na categoria da telefonia. Entre eles, o senador John F. Kerry, de Massachusetts: "A FCC deve ter autoridade legal sobre isso, e uma mudança semelhante seria coerente com a história das telecomunicações nos EUA".

"Pelo contrário", opina o pesquisador associado da faculdade de direito da Universidade de Stanford Larry Downes. "Se o governo ganhar a capacidade de regulamentar a internet, poderá impor tarifas e preços, lastreando o mercado. Esse tipo de regulamentação se aplicava no século passado, quando havia um monopólio legal na telefonia, algo que sucedeu até 1984. Além disso, implica que os governos estatais e locais também podem cobrar impostos e tarifas, fazendo que os serviços encareçam."

"Se uma coisa está funcionando, por que modificá-la?", explica Downes. "Apesar desses casos isolados, a internet funciona de forma imparcial. De nossas conexões, podemos ter acesso a qualquer site do mundo, desde que não haja censura. É anacrônico que o governo federal queira erigir-se como um policial da rede, tentando solucionar um problema antes que ele exista."

Por motivos comerciais, os provedores têm a mesma opinião. Em fevereiro, duas das grandes operadoras, AT&T e Verizon, redigiram uma carta aberta na qual diziam que reclassificar os serviços de internet seria uma medida "extremista". "Essa drástica mudança na normativa seria insustentável legalmente e no mínimo afundaria a indústria em anos de litígios e caos regulatório". Foi um aviso.

O caso da Comcast, no entanto, é isolado. Esse tipo de desaceleração ou bloqueio das conexões só ocorreu com outra empresa, a Madison River Communications, em 2005. "O risco de que uma companhia desacelere o tráfego de seus usuários está sendo exagerado", opina Robert Litan, economista e advogado do Instituto Brookings, em Washington. "O mercado de internet nos EUA é muito competitivo. As empresas oferecem serviços cada vez melhores por preços cada vez mais módicos. Só pela má publicidade que isso representa, é pouco provável que a Comcast volte a adotar uma medida semelhante."

Então, esse é um debate meramente teórico? É algo que só vai definir como os cidadãos navegam pela rede? Os provedores de conexão e muitos analistas opinam que não, e apontam para um setor específico que abriu o debate e se beneficiará de uma normativa como a proposta por Obama: as firmas que oferecem conteúdo, como Google, Microsoft, Yahoo ou Amazon. Pode ser que esse apoio angélico à neutralidade, à liberdade, à transparência na internet esconda interesses comerciais, dizem.

"As empresas que criam aplicativos, como Google, Amazon ou Ebay, são as grandes beneficiárias da neutralidade", explica Downes, de Stanford. "Com essas iniciativas, se garantem de forma preventiva que ganharão dos provedores de conexão. Na realidade, funcionam como um hobby: forçam um tipo de legislação para se beneficiar dela. Mas a verdade é que o controle governamental da rede só prejudicaria a competitividade no mercado. Que interesse terão as empresas de cabo e telefonia em melhorar as infraestruturas se não puderem obter um benefício adicional por isso?" Isto é, se Google e outras pagarem para usar a rede, a Comcast e a Telefónica terão mais incentivos para melhorar suas infraestruturas, beneficiando finalmente o usuário.

As organizações de cidadãos que defendem a imposição da neutralidade o fazem citando outras possíveis consequências. "Entendemos que as empresas querem fazer dinheiro", explica Liz Rose, porta-voz da Free Press, que processou a Comcast em 2007 pelo caso que agora foi decidido em Washington. "O que queremos é que os consumidores tenham direitos. Nenhuma empresa telefônica ou de cabo deveria censurar o que os internautas comunicam a seus amigos. Segundo estão as coisas hoje, podem fazê-lo. A Comcast não deveria poder censurar crenças políticas na rede, e o é. Não deveria poder espionar as comunicações de seus usuários e vender a informação para empresas publicitárias."

A menção à publicidade não é casual. E pode ser que eventualmente o debate da neutralidade na rede se concentre nas receitas de publicidade. A Comcast está em uma posição comprometida. Em dezembro, a General Electric anunciou sua intenção de lhe vender parte do conglomerado multimídia NBC. Isso significa que a maior operadora de cabo dos EUA também terá uma grande plataforma de conteúdos, que inclui redes de televisão como NBC, Bravo ou SyFy.

Com isto, se a Comcast decidir priorizar um tráfego em suas redes sobre outro, e se tiver o direito de fazê-lo, quem a impedirá de fazer que o conteúdo de seus canais e seus sites seja carregado mais rapidamente que os da concorrência, assim obtendo mais receitas de publicidade?

Nesse delicado equilíbrio que é a arquitetura comercial da rede, o conceito de neutralidade é tão complexo quanto mutável. Diz servir ao cidadão, mas não é um assunto exclusivamente de liberdades civis. Baseia-se em interesses econômicos subjacentes. Em meio à polêmica, os EUA poderão se tornar um exemplo de intervenção governamental, coisa que não ocorre com muita frequência.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Conclusões e recomendações do 10º Congresso Nacional da BAD


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Já se encontra disponível no blogue do 10º Congresso BAD as “Conclusões e Recomendações do 10º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas“, na sequência do período de apreciação que decorreu após o congresso e da posterior análise, feita pelo Conselho Científico.

É um documento pertinente e de leitura obrigatória, na medida em que sintetiza as grandes ideias e os problemas abordados no decorrer do evento.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Governo avança com tribunais especializados em direitos de autor


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O Conselho de Ministros aprovou ontem a criação de tribunais especializados em matérias de propriedade intelectual. Governo avança com tribunais especializados em direitos de autor

O site do Conselho de Ministros informa que a criação dos novos tribunais foi aprovada na generalidade, prevendo-se o envio desta resolução para análise na Assembleia da República.

O Governo explica que decidiu antecipar a criação destes tribunais que já estava prevista pela Lei de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais.

A constituição dos novos tribunais implica ainda a alteração do Código de Propriedade Intelectual, prevendo-se que as disputas em torno dos direitos de autor passem a ser decididas pelos novos tribunais e não pelos que tribunais de Comércio, como tem sido prática até à data.

Não é avançada qualquer data quanto à entrada em funções dos novos tribunais. Do mesmo modo, desconhece-se o número de tribunais que vão ser criados.

A par dos Tribunais de Propriedade Intelectual, o Governo avançou ainda com a criação de Tribunais da Concorrência, Regulação e Supervisão.

No dia mundial do livro...


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quinta-feira, 22 de abril de 2010

VIII Jornadas de Ciência da Informação


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À semelhança dos anos anteriores, irão realizar-se as Jornadas de Ciência da Informação, que já vão na sua oitava edição. Este é um evento organizado desde há sete anos pelos alunos da Licenciatura de Ciência da Informação (LCI) da Universidade do Porto mas este ano alargado aos alunos do Mestrado em Ciência da Informação (MCI).

As Jornadas visam promover uma discussão aberta ao exterior, com convidados, procurando também uma disseminação pública da licenciatura e do mestrado, bom como das competências dos seus licenciados e mestres. Todos os anos tentamos debater um tema diferente e actual e, nesse sentido, o tema para este ano é “A Ciência da Informação na Era das Redes Sociais”.

As VIII Jornadas de Ciência da Informação realizar-se-ão no dia 17 de Maio, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, das 9 horas às 18h30.

Mais informações em: http://paginas.fe.up.pt/lci/

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Bibliotecas escolar: novo projeto de lei no Brasil


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Autor: Marcos Magalhães.
Fonte: Agência Senado. Data: 14/4/2010.
URL:www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=%20100969&codAplicativo=2

Dentro de no máximo 10 anos, deverá haver uma biblioteca escolar em cada instituição de ensino do país, pública ou privada. A obrigatoriedade está prevista no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 324/09, cujo relator foi o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que foi aprovado em decisão terminativa, nesta terça-feira (13), pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte.

Segundo o projeto, considera-se biblioteca escolar a coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura. No que diz respeito ao acervo de livros, deverá haver pelo menos um título para cada aluno matriculado. E os sistemas de ensino, ainda de acordo com a proposta, promoverão "esforços progressivos" para alcançar a universalização das bibliotecas escolares.

- Este projeto só tem dois defeitos: demorou tantas décadas para ser aprovado e estabelece um prazo longo para sua execução. Os sistemas de ensino poderiam reduzir de 10 para cinco anos o prazo de instalação das bibliotecas - sugeriu Cristovam, ao apresentar seu voto favorável à proposta.

Em seu texto, o relator lembrou que o Brasil tem uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes, enquanto a vizinha Argentina tem uma biblioteca para cada 17 mil habitantes. O senador citou ainda pesquisa promovida pelo Ibope, segundo a qual o brasileiro lê, em média, 4,7 livros por ano - cifra que cai para 1,3 quando se excluem os livros didáticos. Nos Estados Unidos e na França, a média é de 10 livros por ano.

Entre os motivos para o baixo índice de leitura no Brasil, Cristovam mencionou a existência de 10% de adultos analfabetos e o elevado custo dos livros. Citou ainda dados do Ministério da Educação, segundo os quais 68% das escolas públicas do país não dispõem de biblioteca.

- A verdade é que as classes educadas do Brasil já estão chegando à época digital, com os e-books, enquanto as camadas sem acesso à educação ainda não entraram no tempo de Gutenberg, quase 600 anos depois que ele inventou a imprensa - comparou.

Ao apoiar o projeto, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) elogiou iniciativas da própria sociedade no sentido de estimular a leitura, como a implantação de bibliotecas informais em pontos de ônibus e até mesmo em um açougue, como ocorre em Brasília (DF). Por sua vez, o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) elogiou a realização da Feira do Livro de Porto Alegre, que recebe cerca de 700 mil visitantes a cada ano, e pediu que as novas bibliotecas escolares também ofereçam acesso à comunidade - e não apenas aos alunos.

Dezenas de bibliotecárias e de estudantes de Biblioteconomia que acompanharam a reunião aplaudiram a aprovação do projeto. Na opinião da diretora da Biblioteca Central da Universidade de Brasília, Sely Costa, que compareceu à reunião, este pode ser considerado um grande passo em direção à maior difusão da leitura e do conhecimento.

- É uma vitória enorme para um país como o nosso. Seremos um dos poucos países em desenvolvimento a contar com uma lei que torna obrigatória a existência de bibliotecas nas escolas - afirmou Sely, que defendeu ainda a oferta de cursos a distância para tornar possível a formação de um maior número de bibliotecários em todo o país.

Um Livro faz-nos mais ricos


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A 23 de Abril (próxima sexta-feira) comemora-se o Dia Mundial do Livro.

Para assinalar esta efeméride, a Biblioteca Municipal de Ponte de Lima vai aderir a uma campanha sob o lema "Um Livro faz-nos mais ricos", articulando este iniciativa com o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social.

Com esta campanha pretende-se oferecer livros a associações ou instituições de solidariedade social do concelho de Ponte de Lima.

Para dar vida a esta iniciativa, dirijam-se à Biblioteca e ofereçam um livro que posteriormente será doado à instituição seleccionada.

Caso não possam passar pela Biblioteca, guardem o livro e entrem em contacto com a Biblioteca. Posteriormente, estes procedem à sua recolha.

Participem nesta acção tornando-se mais ricos.

Política de informação no Brasil


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Autor: Hélio Kuramoto
Fonte: Jornal da Ciência.
URL: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=70343

"A discussão de políticas nacionais de ciência, tecnologia e inovação passa pela discussão de políticas nacionais de acesso à informação científica"


Hélio Kuramoto é doutor em Ciências da Informação e da Comunicação e funcionário do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). Artigo enviado pelo autor para o "JC e-mail":

É muito interessante e importante ver iniciativas como a da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), que se propõe a discutir a ciência, a tecnologia e a inovação com vistas a um desenvolvimento sustentável.

O "Diário de Notícias" publicou no dia 8 de julho de 2006, na coluna Opinião (http://dn.sapo.pt/2006/07/08/opiniao/rumo_sociedades_conhecimento.html), um artigo do diretor geral da Unesco, Koïchiro Matsuura, com o título "Rumo às Sociedades do Conhecimento", comentando o relatório da Unesco de mesmo título. A matéria, é bem verdade, é um tanto quanto antiga, porém o seu teor continua ainda muito atual.

O diretor geral da Unesco começa o seu artigo observando que os desenvolvimentos científicos do século XX praticamente promoveram uma terceira revolução industrial em consequência das novas tecnologias, também denominadas de tecnologias intelectuais. Essa revolução, aliada ao avanço da globalização, lançou os alicerces da economia do conhecimento, colocando o conhecimento no centro da atividade humana, do desenvolvimento e mudança social.

Ele sustenta ainda que a informação não é conhecimento; e que a incipiente sociedade de informação mundial só cumprirá seu potencial se facilitar a emergência de sociedades de conhecimento pluralista e participativo, que incluam em vez de excluírem.

O referido relatório afirma que não deve haver indivíduos excluídos nas sociedades do saber, dado que o conhecimento é um bem público e deve ser acessível a todos. Esse relatório defende que o conhecimento tem duas qualidades notáveis: a não rivalidade e, uma vez passado o período de proteção dado pelos direitos autorais, a sua não exclusividade.

Há, hoje, um claro consenso de que o desenvolvimento das sociedades preconizado no compartilhamento do conhecimento é a melhor forma de lutar contra a pobreza e de prevenir grandes riscos para a saúde, tais como pandemias, bem como reduzir a terrível perda de vidas causada por tsunamis e tempestades tropicais, e de promover o desenvolvimento humano sustentado.

Existem, hoje em dia, novos métodos de desenvolvimento ao nosso alcance. Esses não são baseados, como no passado, em "sangue, suor e lágrimas". Baseiam-se na inteligência, capacidade científica e tecnológica de lidar com os problemas, assim como no valor agregado intelectual e na expansão de serviços em todos os setores da economia, que devem conduzir ao desenvolvimento cívico e ao crescimento de uma democracia de longo alcance.

Koïchiro corrobora, assim, com a ideia de que o compartilhamento do conhecimento contribuirá para a diminuição das desigualdades sociais e, consequentemente, para um desenvolvimento sustentável. Ele ilustra em seu discurso a importância do compartilhamento do conhecimento científico. Esse conhecimento advém do acesso e uso da informação científica.

A informação científica é o insumo crucial para o desenvolvimento da ciência em qualquer país. Hoje, nenhuma pesquisa começa do zero. Uma pesquisa se inicia com a busca da informação científica. Daí a importância do Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e das iniciativas de acesso livre ao conhecimento científico.

O movimento do acesso livre ("open access") ao conhecimento científico começou a partir do momento em que os pesquisadores tiveram dificuldades no acesso à informação científica, causadas em grande parte pelo alto preço das assinaturas das revistas científicas, que, consequentemente, dificultava que as bibliotecas dos principais centros de pesquisa mantivessem coleções de periódicos científicos.

No Brasil, o panorama não é diferente. Graças a essa iniciativa dos pesquisadores, hoje o conhecimento científico começa a ser compartilhado, livremente, por meio da definição de políticas institucionais de informação, da construção e manutenção dos repositórios institucionais nas principais universidades em todo o mundo.

A discussão de políticas nacionais de ciência, tecnologia e inovação passa pela discussão de políticas nacionais de acesso à informação científica. Sem essas políticas, o desenvolvimento científico corre sério risco de não acontecer ou de se realizar a um elevado custo. O desenvolvimento científico gera novos acervos de informação científica que, por conseguinte, gera novos ciclos de desenvolvimento científico. É um ciclo virtuoso. A informação científica dá origem ao desenvolvimento de novas pesquisas.

Percebe-se, portanto, que não se pode falar de desenvolvimento sustentável sem se falar em acesso livre à literatura científica. As iniciativas de acesso livre são fundamentais para o desenvolvimento sustentável, porque a simples disseminação livre e aberta da informação científica promoverá e provocará o desenvolvimento científico sustentável. Essas iniciativas fazem parte de um novo modelo de se fazer ciência. Diversos países já adotaram e vem se integrando a este modelo.

Apenas para citar algumas iniciativas mundiais: 1) os Estados Unidos da América já aprovaram uma lei tornando obrigatório a todos os pesquisadores financiados pelo NIH (National Institute of Helth) o depósito, no PubMedCentral (repositório central do NIH, de acesso livre), de uma cópia dos seus trabalhos publicados em revistas científicas. No momento, eles estão discutindo uma nova lei com o propósito de estender esta lei a todas as outras agências de fomento do governo americano; 2) o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação da Austrália fez constar em seu relatório de revisão do sistema nacional de inovação que todos os resultados de pesquisas australianas serão de livre acesso. Veja o relatório no link: http://www.innovation.gov.au/innovationreview/Documents/NIS-review-web.pdf; 3) a Comunidade Europeia já estabeleceu que todos os resultados de pesquisas financiadas por aquela comunidade devem ter uma cópia depositada em um repositório de acesso livre; 4) a Espanha discute, hoje, um projeto de Lei de Ciência e Tecnologia, no qual consta que todos os resultados de pesquisa financiados com recursos públicos deverão ser depositados em repositórios de acesso livre.

Concluindo, entendo que a 4ª CNCTI seria um espaço ideal para discutirmos as iniciativas de acesso livre e promover a discussão e a proposição de uma política nacional de acesso livre à informação científica.

Certamente, isto teria como resultados: 1) o registro e a disseminação da produção científica brasileira; 2) maior visibilidade para as pesquisas brasileiras, universidades e seus pesquisadores; 3) maior celeridade no desenvolvimento científico brasileiro; 4) redução nas desigualdades sociais; 5) maior transparência e governança no investimento e administração da ciência, no país; e, finalmente, 6) otimização do investimento em ciência.

O estabelecimento de uma política nacional de acesso livre à informação científica certamente colocaria o Brasil no contexto mundial do acesso livre, do "e-science" e quiçá entre as nações mais desenvolvidas do planeta.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Evento gratuito: Simpósio Internacional de Políticas Públicas para Acervos Digitais (26 a 29 abril)


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Acontece, de 26 a 29 de abril de 2010, O Simpósio Internacional de Políticas Públicas para Acervos Digitais, no Auditório Jaraguá do Novotel Jaraguá, em São Paulo-SP (Brasil).

O evento é gratuito e aberto a público. A inscrição será feita na entrada do evento, no Novotel Jaraguá, e está sujeita à lotação do Auditório que tem 250 lugares.

As mesas de discussão serão transmitidas na íntegra, ao vivo, no site do evento. Não será necessário nenhum tipo de cadastramento para assistir ao Simpósio pela rede.

O evento reunirá especialistas para colaborar com a formulação de um modelo sustentável de preservação e acesso universal do patrimônio cultural brasileiro.

Haverá painéis sobre os seguintes temas: "Grandes Projetos de Digitalização"; "Direito à Cultura – Acesso Qualificado"; "Preservação (patrimônio cultural)"; "Direitos de Autor e Diversidade Cultural"; "Sustentabilidade para Ações de Digitalização" e "Políticas Públicas – Por um Plano Nacional".

Acesse o site do evento e saiba mais: http://culturadigital.br/simposioacervosdigitais

Encontro sobre "Mediação da Informação: Perspectivas Transversais"‏


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O IV Encontro de CTDI intitulado "Mediação da Informação: Perspectivas Transversais", é organizado pela Licenciatura em Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação (CTDI), da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão (ESEIG) do Instituto Politécnico do Porto (IPP), e irá decorrer no dia 29 de Abril.

No site do evento, em http://www.eseig.ipp.pt/seminarios/ctdi2010/ pode já consultar o programa definitivo e fazer a sua inscrição.

Dada a actualidade e a transversalidade dos aspectos relacionados com a mediação informacional, o programa do Encontro conta com oradores de áreas tão diversificadas como as Bibliotecas Escolares, a Inovação e o Governo Digital.

Para esclarecer qualquer dúvida, pode enviar um e-mail para ctdi2010@eseig.ipp.pt.

Relembro que no dia 23 de Abril termina a primeira fase das inscrições.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Videojogos e a web 2.0


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Videojogos e Web 2.0: Desafios para a formação dos bibliotecários
Com a transformação da internet numa ferramenta de comunicação e informação à escala global, a validação e legitimação da profissão dos bibliotecários torna-se cada vez mais uma necessidade.

Conseguirão os bibliotecários acompanhar as evoluções tecnológicas de ponta? Como se alterou a aprendizagem e, em consequência, o utilizador? O que significam os novos media como os videojogos e a Web 2.0 para o trabalho futuro do bibliotecário e como é que isso irá influenciar a sua formação profissional?

No âmbito do projecto “Realidades Virtuais”, o Goethe-Institut Portugal, em colaboração com a APBAD, o Instituto Franco-Português, o Instituto Cervantes, o Instituto Ibero-Americano da Finlândia e o Instituto Italiano de Cultura organiza a conferência internacional “Videojogos e Web 2.0: desafios para a formação dos bibliotecários”, que irá contar com a presença de especialistas de Portugal, da Alemanha, de França, de Espanha, de Itália e da Finlândia.

20 de Maio de 2010,
Auditório do Goethe-Institut Portugal
Entrada gratuita mediante inscrição
Maiores informações no URL: http://www.goethe.de/ins/pt/lis/prj/iek/gam/ptindex.htm

Património ligado às bibliotecas


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A Biblioteca Itinerante da Fundação Calouste Gulbenkian que esteve ao serviço da Câmara Municipal de Ponte de Lima entre os anos de 1986 e 2003 foi recuperada pelo CLAC - Clube Limiano de Automóveis Clássicos tendo sido apresentada em cerimónia pública no passado dia 11 de Abril. Veja o vídeo do restauro disponibilizado pelos seus responsáveis.

Nuvem de notícias


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Vejam em http://www.newsmap.jp
a. Cada retângulo significa uma manchete;
b. os diferentes tamanhos dos retângulos significam o rank dos acessos;
c. estacionando-se o ponteiro do cursor sobre cada um dos retângulos é exibida a lide da notícia;
d. aí, sim, se se interessar: dois cliques acionam o link para a fonte da notícia; e
e. atente para as duas barras, a superior direciona para diversos países e a inferior para os temas.

Homens ganham mais!


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Saiba quais as profissões que as mulheres ganham mais do que os homens
Fonte: www.administradores.com.br
Data: 16/04/2010.

Pesquisa aponta 20 profissões em que a porcentagem salarial para cargos ocupados pelo sexo feminino ultrapassa em até 25% dos conquistados pelos homens

Apesar da participação das mulheres no mercado de trabalho ter aumentado consideravelmente nas últimas décadas, a diferença salarial entre profissionais do sexo masculino e feminino que ocupam cargos similares, geralmente, pesa a favor da ala masculina. No Brasil, esse percentual ainda é acentuado em algumas profissões. No ranking "Desigualdade Global de Gênero de 2009" realizado pelo Fórum Econômico Mundial, que avalia a desigualdade entre homens e mulheres, o país ficou apenas na 82ª posição.

Ainda sim, é notável em pesquisas divulgadas pelo mundo sobre o tema, uma tendência gradativa na diminuição entre a diferença na remuneração ganha por homens e mulheres. Em alguns casos, o salário já é até maior para o sexo feminino. Um recente levantamento divulgado pela empresa Catho Online, classificado online de currículos e empregos, relatou algumas dessas profissões em que a remuneração feminina alcança valor maior, comparado com os pares masculinos.

O resultado da pesquisa identificou áreas em que as mulheres recebem salários de 3% (Arquiteto Pleno) a 25% (Professor – Doutor) maiores, quando comparados com os dos homens.

De acordo com Marco Soraggi, diretor da Pesquisa Salarial da Catho Online, "nem sempre vale a regra de que os homens ganham mais do que as mulheres. Elas se destacam em profissões onde estão mais presentes, como nas áreas de moda, letras, psicologia, enfermagem, recursos humanos, nutrição, entre outras".

A 31ª Pesquisa Salarial e de Benefícios aponta maior diferença de salários entre homens e mulheres nos cargos de professores com doutorado, modelistas e gerentes de hotéis. Confira os 20 cargos divulgados na pesquisa.

Painel de Biblioteconomia em Santa Catarina


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XXIX PAINEL BIBLIOTECONOMIA DE SANTA CATARINA

TECNOLOGIAS E PESSOAS: a base de inovação em Gestão da Informação.

Inspirados nas edições anteriores do Painel Biblioteconomia em Santa Catarina, no qual teve como temas centrais Responsabilidade Social e Ética para uma Sociedade Inclusiva Catarinense; O Papel do Profissional da Informação em uma Sociedade Sustentável e Acessibilidade à informação: Tecnologias e Práticas Inovadoras; Espaço Político e Atuação do Bibliotecário; Tecnologias e Redes Sociais: por uma Biblioteconomia cada vez mais humana, este ano, na 29º edição a Associação Catarinense de Bibliotecários (ACB) apresenta como tema deste evento “Tecnologias e pessoas: a base para a inovação em Gestão de Bibliotecas” por entender que as atividades desenvolvidas nas Unidades de Informação dependem do uso que o profissional faz das tecnologias disponíveis.

O XXIX PAINEL DE BIBLIOTECONOMIA EM SANTA CATARINA tem por objetivo possibilitar a socialização de pesquisas e experiências científicas e tecnológicas no âmbito da Biblioteconomia.

Além disto busca:

§ Aprimorar a prática profissional dos bibliotecários catarinenses propiciando educação continuada aos mesmos;

Divulgar e compartilhar experiências, resultados de pesquisas e estudos da área científica e tecnológica em Biblioteconomia e Ciência da Informação realizados em Santa Catarina e em outras regiões do país;
Promover debates que contribuam com a sociedade na realização de projetos e reivindicações de ações ao entendimento de nacionalidade, cidadania e responsabilidade e inclusão social;
Socializar práticas e vislumbrar oportunidades de intervenção política da Classe bibliotecária Catarinense no sentido de projetar ações relacionadas ao fazer profissional/político no sentido de fortalecer a categoria e projetá-la na sociedade catarinense.


O XXIX Painel Biblioteconomia em Santa Catarina se consolida como um evento anual que tem entre seus objetivos fomentar discussões, divulgar e compartilhar experiências e resultados de pesquisas, socializar práticas e propor melhorias para elevar a qualidade dos serviços informacionais. O tema desta edição se volta para o atendimento das necessidades e expectativas informacionais das pessoas e das organizações na atual sociedade contemporânea que exige inovação e uma visão mais estratégica do bibliotecário, fato motivado pela imposição dos avanços tecnológicos e das redes e para a biblioteca a imposição volta-se para a obrigatoriedade de inserção de inovações na sua gestão.

TEMA: TECNOLOGIAS E PESSOAS: a base de inovação em Gestão da Informação.

Eixos Temáticos
Formação Profissional
Gestão e Liderança
Novas Tecnologias e Serviços de Informação
Atuação Política e Social
Acessibilidade e usabilidade digital

Data: 11 e 12 de junho de 2010.
Local: Auditório Hotel Floph – Florianópolis Palace Hotel
Rua Artista Bittencourt, n° 14
Centro - Florianópolis
Cep: 88020-060

Inscrições - 1ª Fase – 15/04 à 15/05

Estudante sócio – R$ 35,00
Estudante não-sócio – R$ 70,00
Profissional sócio – R$ 75,00
Profissional não-sócio – R$ 165,00

Inscrições - 2ª Fase – 16/05 à 11/06

Estudante sócio – R$ 50,00
Estudante não-sócio – R$ 85,00
Profissional sócio – R$ 90,00
Profissional não-sócio – R$ 175,00

Inscrições/Informações: http://painel2010.acbsc.org.br/

terça-feira, 13 de abril de 2010

Datagramazero de abril 2010


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O DataGramaZero de Abril 2010 está disponível em:
http://www.datagramazero.org.br
http://www.dgz.org.br

Artigos:
1 - A importância do empirismo inglês para as linguagens documentárias
por Solange Puntel Mostafa e Denise Viuniski da Nova Cruz
Resumo: É comum nas linguagens documentárias como os tesauros, a
identificação de relações hierárquicas entre os termos, a partir da
lógica aristotélica, fazendo uso da dedução lógica dos silogismos e da
análise dos cinco predicados como gênero, espécie, diferença,
propriedade e acidente. Este trabalho tem o objetivo de revisar os
conceitos de David Hume, especificamente os de Relações Naturais e de
Relações Filosóficas com uma alternativa teórica para as novas e
infinitas associações entre os termos provindos da prática dos mais
diversos campos do conhecimento, além de apresentar um teórico
esquecido na literatura de linguagem documentária.
Palavras-chave: Linguagem documentária; David Hume; Relações
associativas; Tesauros; Empirismo inglês; Associação de idéias

2 - Conteúdos imateriais simbolicamente significantes.
por Aldo de Albuquerque Barreto
Resumo: O artigo trata dos significados imateriais, simbolicamente
significantes, que podem ser acessados através de uma base física em
um fluxo um da informação. Um discurso inicial de significação é
sempre a elaboração de um autor, mas quando distribuído associa em sua
amplitude a leitura por um receptor e com ele a uma interpretação ou
reconstrução do que nele consta. Um texto de significados imateriais é
feito de narrativas múltiplas e enunciados que entram em diálogo e
contestação e que,no final se acumulam no leitor que lhes dá forma. É
para o leitor que se destinam todas os códigos pelas quais os
conteúdos imateriais são elaborados. É uma constatação que a sua
finalidade não está em sua origem, mas no seu destino.
Palavras chaves: Imateriais; Estrutura da informação; fluxo da
informação, conjuntos simbólicos, Les immatériaux, Centro Georges
Ponpidou em Paris.

3 - A noção de documento: de Otlet aos dias de hoje
por Cristina Dotta Ortega e Marilda Lopes Ginez de Lara
Resumo: objetiva analisar o documento enquanto objeto informacional
partindo da hipótese de que a noção de documento relaciona-se à sua
condição de informatividade, o que implica considerar seu aspecto
pragmático e o caráter social e simbólico da informação. Sob o ponto
de vista metodológico, procedemos à recuperação histórica do conceito
e sua atualização na contempo-raneidade recorrendo à Terminografia
para análise e cotejamento das noções de documento e de Documentação.
O corpus de análise compreende textos dos principais documentalistas e
teóricos da Documentação franceses, espanhóis e em língua inglesa,
desde Otlet. Documento é hoje concebido simultaneamente como
instância física e informativa que, sob ações e condições específicas
contextualizadas, otimiza a circulação social do conhecimento.
Palavras-chave: Documento; Informação; Informatividade; Documentação;
Paul Otlet

4 - Aspectos contemporâneos do Estado:discussão sobre a globalização,
inclusão digital e cognição
por Barbara Coelho Neves
Resumo: Trata-se de uma revisão dos debates em torno da globalização,
seu relacionamento com a sociedade da informação e a implicação nas
desigualdades sociais. A contextualização propõe apresentar um
panorama contemporâneo, visando observar o caminho da inclusão digital
– como os mecanismos de globalização intensificaram a exclusão – e
como esta vem sendo concebida a partir dos novos argumentos acadêmicos
que conferem importância nos recursos humanos (letramento e
educação).
Palavras-chave: Globalização; Sociedade da informação; Desigualdade
social; Inclusão digital; Educação e cognição

5 - A leitura segundo Sartre
por Clarice Fortkamp Caldin
Resumo: Expõe o pensamento sartriano a respeito da leitura: um
exercício de liberdade, um pacto de generosidade, um engajamento no
mundo. Aponta a exigência do autor e do leitor quanto à continuidade
da escrita e da leitura. Mostra como Sartre privilegia o leitor e sua
consciência imaginante, pois, para o filósofo, o texto só se
concretiza no momento da leitura, quando o leitor lhe confere sentido
estético.
Palavras-chave: Leitor; Leitura e criação dirigida; Leitura, fenômeno
temporal; Leitura, fenômeno corporal; Leitura, fenômeno descentrado;
Leitura, fenômeno transcendental.

Recensão:
"Redes Sociais e Colaborativas em Informaçao Cientifica”
Organizado: Dinah Aguiar de Población, Rogério Mugnain.

Projecto “Tásse a Ler”


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O projecto “Tásse a Ler”, promovido pela Redes de Bibliotecas do Vale do Minho levará a cabo, dia 14 de Abril, uma actividade intitulada “Um Rio de Contos” que decorrerá em duas sessões: às 15h00 no Bar da EPRAMI - Escola Profissional do Alto Minho Interior e às 21h30 no Café com Broa. Esta iniciativa, dinamizada pelo mediador cultural do Projecto Miguel Horta e pelo actor, dramaturgo e contador de histórias Thomas Bakk destina-se ao público em geral e tem como objectivo aproximar o livro da população através da leitura em locais inesperados.

Dia 15, no âmbito também do Projecto “Tásse” a Ler realizar-se-á mais uma oficina de leitura “Escrita mal comportada” com alunos do 7º ano na Biblioteca Municipal e “Eu sou tu” com alunos do cursos CEF no Centro Cultural de Paredes de Coura.

Estas actividades, também dinamizadas por Miguel Horta, pretendem despertar nos jovens o gosto pela leitura e pela escrita através de meios criativos e pouco habituais.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Apresentação das conclusões do 10º Congresso BAD na sessão de encerramento


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Documento provisório das conclusões apresentadas na sessão de encerramento do 10º Congresso de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Comentários ao painel – Bibliotecas e WEB 2.0: as boas práticas e os desafios


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A sessão já foi aberta, com o auditório repleto!

Painel composto por: Pedro Príncipe, Carlos Pinheiro, Eloy Rodrigues, Luisa Alvim, Miguel Mimoso Correia.

Objectivos a explorar:
  • Compreender as impicações dos serviços web 2.0
  • Boas práticas a seguir
  • Desafios que se colocam para o futuro
A partir das conclusões espera-se criar a espécie de um "manifesto"!


Será que vamos conseguir?



11:37 - Neste momento o Carlos Pinheiro encontra-se a apresentar alguns dados sobre a evolução da web 2.0 no domínio da educação;
  • "O fundamental é que as bibliotecas instituam uma cultura de mudança"
Recomendações a seguir:
  • Tentar compreender como os alunos acedem, consomem e produzem informação;
  • Evitar a «technolust» (não ver só a tecnologia, é necessário criar serviços de informação de modo a potenciar a ferramenta);
  • Estar preparado para a «depressão pré-implementação»;
  •  
    11:47 - Luisa Alvim:
    •  Como se faz aceder o utilizador à informação disponível? Como conhecer o utilizador? (perguntas de sempre)

    12:00 - Miguel Correia:
    • "O virtual é um espaço que pode ser real para os bibliotecário"
    Apresentou alguns vídeos sobre o Second Life


    Por questões técnicas, o colega Adalberto Barreto, do blogue "O Bibliotecário Anarquista", vai contribuir neste post:

    Cartoon de Adalberto Barreto sobre o painel:
    12:17 - Eloy Rodrigues

    - Apresentação do blogue pessoal: Cibertecário 2.0

    Recomendações:
    • Olhar para além do próprio 'Serviço';
    • Não esperar pela perfeição e não ter medo de errar;

    Estamos na fase de debate, o qual está a ser bastante profícuo em reacções positivas e menos positivas em relação a todo este universo da 'Web 2.0'....


    Reflexão pessoal sobre o painel:

    • Apesar da web 2.0 estar a impregnar-se nas nossas vidas, há ainda muitas preocupações sobre o nosso impacto enquanto profissionais da informação na disponibilização de serviços web 2.0, será que estamos a contribuir de uma forma consertada num utilizador mais 'informado', com mais competências de infoliteracia?
    • Os serviços/profissionais da informação devem pensar numa estratégia de comunicação sustentada, adoptando as ferramentas que melhor se adaptam aos canais de comunicação;
    • É necessário avaliar e investigar o impacto dos serviços disponibilizados;
    • Devemos ter a coragem de arriscar, desenvolvendo serviços que potenciem a comunicação e o acesso e uso dos nossos serviços e recursos de informação;
    sem tempo para mais....

    Comentários em directo do painel – Bibliotecas e WEB 2.0: as boas práticas e os desafios


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    Boa dia a todos,

    Mais logo, por voltas 11h, vou comentar em directo o  painel: Bibliotecas e WEB 2.0: as boas práticas e os desafios.


    Acompanhem e enviem os vossos comentários!

    Painel do 10º Congresso BAD – Bibliotecas e WEB 2.0: as boas práticas e os desafios, dia 8, às 11h


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    Este painel pretende congregar experiências pessoais e institucionais diversificadas para abordar a temática da web 2.0 envolvendo bibliotecas e profissionais das bibliotecas e ciência da informação.
    As aplicações da web 2.0 e ferramentas da web social são cada vez mais parte integrante da acção das bibliotecas e serviços de informação e documentação, onde se aposta em canais para facilitar a aprendizagem, disseminar a informação e capitalizar o conhecimento dos utilizadores e o uso que fazem dos sistemas disponíveis, permitindo à biblioteca e aos seus públicos mais comunicação, melhor colaboração e a construção de comunidades on-line.
    Neste contexto, estabelecem-se como objectivos para o painel a necessidade de compreender as implicações dos serviços web 2.0 na actividade das bibliotecas, de conhecer e valorizar as boas práticas desenvolvidas pelos seus profissionais e de apontar os desafios que se colocam na construção da Biblioteca 2.0.


    Membros do painel

    Coordenador:
    - Pedro Príncipe
    Serviços de Comunicação, Imagem e Relações Públicas da Universidade de Aveiro
    http://ratodebiblioteca.blogspot.com
    http://www.facebook.com/pedroprincipe
    http://twitter.com/pedroprincipe
    http://www.youtube.com/user/pedroprincipe
    http://ww.slideshare.net/pedroprincipe

    Participantes:

    - Carlos Pinheiro
    Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Padre Alberto Neto
    http://lerparacrer.wordpress.com
    http://www.facebook.com/profile.php?id=100000350130009
    http://twitter.com/carlospinheiro
    http://www.youtube.com/user/ladonordeste
    http://www.slideshare.net/ladonordeste

    - Eloy Rodrigues
    Serviços de Documentação da Universidade do Minho
    http://cibertecario02.blogspot.com
    http://www.facebook.com/eloy.rodrigues
    http://twitter.com/cibertecario02

    - Luisa Alvim
    Casa Camilo.Museu-Centro de Estudos, S. Miguel de Seide, Câmara Municipal de V.N. de Famalicão
    http://vivabibliotecaviva.blogspot.com
    http://www.facebook.com/luisa.alvim
    http://twitter.com/luisa_alvim
    http://alvimluisa.no.sapo.pt
    http://www.slideshare.net/alvimluisa

    - Miguel Mimoso Correia
    Serviço de Informação e Documentação do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa
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    quarta-feira, 7 de abril de 2010

    Novo número da Informação e Informação


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    Informação e Informação acaba de publicar seu último número em
    http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao

    Informação e Informação
    Vol. 14, No 2 (2009)
    Sumário
    http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/issue/view/433

    Editorial
    --------
    Editorial do volume 14 numero 2
    Maria Julia Giannasi-Kaimen

    Artigos
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    Informação, comunicação e inovação: gestão da informação para
    inovação em uma organização complexa / Información, comunicación e
    innovación: gestión de la información para innovación en una
    organización compleja (1-20)
    Clóvis Ricardo Montenegro de Lima, Lidiane dos Santos Carvalho

    O profissional da informação em atividades de inteligência competitiva /
    El profesional de la información en actividades de inteligencia competitiva
    (21-37)
    Mônica Erichsen Nassif, Ester Laodicea Santos

    Arquivos secretos eclesiásticos em Salvador / Archivos secretos
    eclesiásticos en Salvador de Bahía (38-61)
    Ana Aparecida Gonzaga da Silva, Jussara Borges

    A “Feira de rua de livros de Florianópolis” como ambiente estimulador
    da leitura na escola / La “Feria de la Calle de Libros de
    Florianópolis” como ambiente estimulador de la lectura en la escuela
    (62-83)
    Francisco das Chagas de Souza, Maria Prazeres Eusébio

    Uma abordagem transdisciplinar do método “Análise de Redes Sociais” /
    Un enfoque transdisciplinario del método “Análisis de Redes Sociales”
    (84-99)
    Débora de Carvalho Pereira, Magali Rezende Gouvêa Meireles

    Acesso aberto à informação científica: políticas e iniciativas
    governamentais / Acceso abierto a la información científica: políticas e
    iniciativas gobernamentales (100-116)
    Terezinha Elisabeth da Silva, Adriana Rosecler Alcará

    Resenhas de livros/mídia
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    Leitura e mídia / Lectura y media (117-119)
    Geraldina Porto Witter

    Teses e Dissertações
    --------
    Resumos - Teses e Dissertações (120-122)

    terça-feira, 6 de abril de 2010

    Digitalização de livros ganha terreno na Europa


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    Enquanto os esforços do Google Inc. para digitalizar livros nos Estados Unidos permanecem num purgatório judicial, o processo continua a evoluir em alguns países da Europa.

    Na quarta-feira [ 10/03/2010 ], o Google anunciou que vai escanear textos italianos antigos, que vão de papéis de Galileo Galilei a manuais de medicina homeopática, na primeira parceria da empresa de internet com um governo nacional [ Saiba mais http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5gzNtEK3u8welvOXo-0W-tk5MQmsQ Copyright AFP ].

    O Google tem um acordo semelhante com a Universidade de Oxford, a Universidade Complutense de Madri e o Museu do Estado da Bavária, na Alemanha, para digitalizar livros em domínio público. [ Saiba mais sobre esses Projetos em http://books.google.com/googlebooks/partners.html ]

    Enquanto isso, na Noruega, a biblioteca nacional assinou acordo [ http://www.kopinor.no/Bookshelf+Contract+.661.cms ] no ano passado com um grupo que representa todos os autores e editores do país, para digitalizar 50 mil livros que ainda têm direito autoral [ Livros impressos publicados na Noruega durante os anos de 1790-1799, 1890-1899 e 1990-1999 ]. O projeto-piloto, chamado “Estante de Livros”, pode acabar levando o país a disponibilizar gratuitamente todos os 2 milhões de livros de sua biblioteca nacional. [ Os livros somente poderão ser acessados por IPs da Noruega. ]

    Para o projeto italiano, o Google vai assumir os custos.

    Atualmente custa 30 centavos de euro para digitalizar um livro.


    Fonte:
    COLCHESTER, Max; EMSDEN, Christopher. Digitalização de livros ganha terreno na Europa. Valor Econômico, São Paulo, 12 mar. 2010.

    segunda-feira, 5 de abril de 2010

    Congresso Internacional sobre livro digital


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    Fonte: Folha de S. Paulo. Data: 29/03/2010.
    Autor: Fabio Victor.
    URL: cwww1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u713367.shtml
    As incertezas que rondam o nascente mercado de livros digitais serão debatidas por especialistas e empresários a partir desta segunda-feira (29) em São Paulo, no primeiro Congresso Internacional do Livro Digital.

    Promovido em parceria entre CBL (Câmara Brasileira do Livro), Imprensa Oficial do Estado de SP e Frankfurter Buchmesse (organizadora da Feira de Frankfurt), o encontro vai até quarta-feira, no hotel Maksoud Plaza. Embora voltado ao setor, tem inscrições, pagas, abertas ao público.

    A palestra de abertura, hoje, às 19h, reúne o diretor da Feira de Frankfurt, Juergen Boss, a presidente da CBL, Rosely Boschini, e o presidente da Imprensa Oficial, Hubert Alquéres. Em seguida, Boss, sozinho, discorre sobre "A Nova Era de Ouro das Editoras".

    Falta de padrão

    O desafio do mercado editorial em todo o mundo é saber quando essa "era de ouro" vai de fato deslanchar. No Brasil, ela mal começou.

    Segundo Rosely Boschini, o propósito da CBL, ao co-organizar o congresso, é "preparar a indústria para que a convivência [entre as mídias de papel e digital] seja pacífica" e quebrar resistências quanto a investimentos no novo modelo.

    Ela avalia que, entre os empresários da área, ainda impera a falta de conhecimento sobre livros e leitores eletrônicos. "Para estar no mundo digital é preciso investimento, conhecimento e tecnologia. É preciso entender que o retorno não é imediato, é demorado."

    Segundo a vice-diretora da Feira de Frankfurt, a espanhola Marife Boix, o maior obstáculo à popularização do livro eletrônico é a falta de um padrão industrial de publicação.

    "Sem esse padrão, as editoras têm que optar por um determinado leitor [eletrônico] para publicar suas obras, deixando de lado o resto dos dispositivos ou arcando com custos extras para adaptar seus conteúdos ao resto das plataformas. O usuário também deve se decidir por um leitor, e nele só pode ler as obras que ali se oferecem através de um determinado padrão", ilustra.

    Para ela, o formato ePub, já utilizado pelos leitores Sony, Nook (Barnes & Noble) e BeBook, entre outros, é o que mais se aproxima desse padrão. O leitor eletrônico mais conhecido, o Kindle, da Amazon, usa outro formato, o AZW.

    Um dos convidados do congresso é o canadense Michael Smith, diretor do IDPF, sigla em inglês para fórum internacional de publicações digitais.

    Arquivo

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