segunda-feira, 31 de maio de 2010

Primeira Workshop Nacional sobre o DigitArq


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Um software de gestão de arquivos definitivos e totalmente gratuito.
No dia 16 de Julho de 2010 a KEEP SOLUTIONS irá organizar a Primeira Workshop Nacional sobre a temática do DigitArq. O local escolhido para o evento foi o local onde tudo nasceu: o Arquivo Distrital do Porto.

OBJECTIVOS
Esta workshop terá como principal objectivo explicar e demonstrar a actual estrutura aplicacional do DigitArq e habilitar os formandos a operar cada um dos módulos que compõem a sua arquitectura funcional.

Destinatários
Esta workshop será orientada para os arquivistas, estudantes de cursos de ciências documentais, trabalhadores na área e autodidactas que queiram adquirir ou aprofundar os seus conhecimentos sobre o DigitArq.

Inscrições
Prazo das inscrições: 18 de Junho de 2010
Devido à logística necessária, esta workshop só se realizará se houver um número mínimo de 10 inscritos. Caso o número de interessados exceda o número máximo (20 inscritos) possível, a organização prevê desde já a realização de outras edições de modo a acomodar todos os interessados.


Fonte + programa: Keep Solutions

sábado, 29 de maio de 2010

Audioteca de Cabo Frio


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Fonte: O Globo. Data: 25/05/2010.

Cabo Frio (estado do Rio de Janeiro) inaugurou nesta semana sua primeira audioteca para deficiente visuais. Com mais de 2700 títulos, o objetivo é atender todos os leitores com essa característica especial. Quem quiser, poderá receber em casa, via Correio, um CD com a publicação do assunto de seu interesse. Para isso, basta fazer o pedido por telefone e desfrutar do variado acervo de livros falados que estão disponíveis. O material já vem com o selo de devolução, que deve ser feito num prazo de 30 dias. Os interessados não precisam estar cadastrados no Dapede (Departamento de Apoio de Pessoas Com Deficiência), onde funciona o novo serviço.

A audioteca funciona no Dapede, que fica na Avenida Vitor Rocha, nº 100, no Parque Burle. Também há atendimento pelo telefone (22) 2645-5674, para consultar a relação de livros disponíveis e também para ter mais detalhes do projeto.

Portugal: balanço positivo da Feira do Livro de Lisboa


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Fonte: Lusa. Data: 26/05/2010.

Os dois maiores grupos editoriais portugueses, LeYa e Porto Editora, estão satisfeitos com as vendas na 80.ª Feira do Livro de Lisboa, realizada entre 29 de Abril e 23 de Maio no Parque Eduardo VII.

Com todas as editoras concentradas na Praça LeYa, o grupo de Miguel Paes do Amaral "vendeu mais de 100 mil livros nesta edição, o que representa um aumento significativo das vendas quando comparado com o ano passado", disse à Lusa o director de comunicação, José Menezes.

"Outro dado interessante é que registámos cerca de 40 mil transacções, o que permite calcular que pelo menos este número de pessoas passou pelo nosso espaço", sublinhou.

Pelo espaço da LeYa, passaram, no total, 137 autores para sessões de autógrafos, ao longo do tempo de duração da feira, indicou ainda o responsável.

Por sua vez, a Porto Editora (PE) aumentou em 40 por cento o volume de vendas nesta edição do certame, em comparação com os resultados de 2009 - um número que o grupo de Vasco Teixeira atribui à "crescente aposta na área da ficção e da literatura infanto-juvenil", indicou, em comunicado hoje enviado à Lusa, Ricardo Miguel Costa, assessor de imprensa da PE.

Outro factor que terá contribuído para este resultado é "o fortalecimento da estrutura do grupo, com a aposta nas novas chancelas e a aquisição da Sextante Editora, que pela primeira vez integrou o espaço Porto Editora no evento", apontou.

Este ano, a Porto Editora teve a sua maior participação de sempre no certame do Parque Eduardo VII, com 18 pavilhões e três tendas de eventos, por onde passaram muitos dos seus autores - entre os quais Luis Sepúlveda, Robert Muchamore, Sveva Casati Modignani, os que mais venderam - para dar autógrafos, lançar livros e conviver com os leitores.

Para dinamizar o seu espaço na feira, a PE organizou ainda workshops de culinária, moda e escrita criativa, noites temáticas dedicadas a Chopin e ao Jazz, e animação com bonecos infantis, como o Carteiro Paulo, a Betty Boop e o Panda, que contou com grande adesão dos mais novos.

Em matéria de espaço, o grupo LeYa, que há dois anos criou, por entre alguma polémica, a Praça LeYa, resolveu este ano mantê-la, por verificar que é "um formato do agrado dos visitantes".

"Além disso, é cada vez mais um espaço de convívio entre os autores, os leitores e os editores, não apenas os das editoras do grupo, mas também de outras editoras, que nos visitaram frequentemente durante a feira", destacou José Menezes.

Sobre a Hora H, iniciativa que fez este ano a sua estreia na feira e no âmbito da qual as editoras aderentes venderam, de segunda a quinta-feira, entre as 22:30 e as 23:30, livros publicados há mais de 18 meses (e, por isso, não sujeitos à lei do preço fixo) com descontos até 50 por cento, a LeYa considerou-a positiva, ao passo que para a Porto Editora não se traduziu num aumento significativo de vendas.

Inglaterra: biblioteca empresta cerca de mil e-books


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Fonte: The Bookseller. Data: 25/05/2010.
URL: http://www.thebookseller.com/news/119143-barnets-libraries-loan-1000-ebooks.html
Cerca de mil e-books já foram emprestados da Biblioteca de Barnet, no norte de Londres, desde que o serviço de empréstimo de obras digitais começou em fevereiro. Os usuários fazem o login no site da biblioteca, depois o download gratuito do software e então têm acesso a cerca de mil títulos que podem ser lidos em vários tipos de aparelhos, incluindo alguns tipos de tocadores de MP3, ou salvá-lo em CD. Podem ser emprestados 10 títulos por vez e o prazo do empréstimo é de três semanas. A biblioteca planeja adquirir mais audiolivros e mais e-books.

Lei prevê que bibliotecas sejam administradas por profissionais habilitados


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Fonte: Agência Brasil. Data: 25/05/2010.

A lei publicada hoje (25) no Diário Oficial da União que obriga todas as escolas públicas e privadas a terem uma biblioteca também estabelece que o espaço deverá ser administrado por profissionais da área. Para a presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), Nêmora Rodrigues, esse detalhe faz toda a diferença porque sem a organização adequada a biblioteca fica subutilizada. Segundo o Censo Escolar de 2009, 28,2% das escolas públicas do país contam com bibliotecas, atendendo a 53% das matrículas da educação básica. “Nós tivemos muito trabalho para aprovar uma lei que deveria ser o óbvio: todas as bibliotecas deveriam ser aparelhadas e contar com profissionais habilitados”, ressalta Nêmora.

Mesmo que a escola conte com o equipamento, é preciso profissionais capacitados para que o espaço não se transforme em um mero “depósito de livros”. “O profissional da área vai prestar serviços tanto na questão da organização de acervos quanto na promoção das atividades que atraiam os alunos para utilizar a biblioteca para ampliar os conhecimentos de sala de aula.

Também é um ponto importante de acesso de informação para professores e a comunidade”, defende a presidente da entidade. A lei estabelece que toda escola tenha um acervo de livros de pelo menos um título por aluno matriculado. O prazo para instalar as bibliotecas é de dez anos. Pesquisa divulgada em abril pelo Ministério da Cultura aponta que 445 municípios do país não têm biblioteca, o que representa 8% do total. O estado com o maior número de cidades sem esses espaços para leitura é o Maranhão (61). As bibliotecas municipais brasileiras têm em média 4,2 funcionários e a maioria (84%) é mulher. Entretanto, 52% dos trabalhadores desses estabelecimentos não têm capacitação para a atividade.

Deep Web Wiki


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Novo mecanismo de busca acaba de ser criado. É o Deep Web Wiki [URL: http://www.deepwebwiki.com/wiki/index.php/Main_Page]. Ele é um esforço voluntário para manter uma base de dados de sítios web que geralmente são ignorados pelos principais mecanismos de busca. Estima-se que cerca de 95/99% da chamada web invisível não é indexado pelos robôs convencionais dos mecanismos de busca.
Tal como a Wikipédia, o Deep Web Wiki depende da contribuição voluntária de seus usuários para o sucesso do projeto. Qualquer pessoa pode adicionar um sítio ao índice ou modificar o conteúdo da indexação.
Longa vida para o Deep Web Wiki!
Murilo Cunha

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O futuro preservado do livro


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Fonte: O Estado de S. Paulo. Data: 27/05/2010.
Autor: Ubiratan Brasil.
O enredo prometia uma boa história policial - o e-book vai acabar com o livro tradicional? -, mas, diante de dois bibliófilos de carteirinha como o semioticista, ensaísta e escritor italiano Umberto Eco e o escritor e roteirista francês Jean-Claude Carrière, não há mistério porque não haverá assassinato. A conclusão surgiu de uma série de encontros entre os dois que resultou no livro Não Contem com o Fim do Livro, recentemente lançado pela editora Record.

"Não pretendemos fazer uma obra didática, mas um passeio por duas vidas que se dedicaram ao livro", contou Carrière ao Estado, em entrevista por telefone de Paris realizada em janeiro. "É um livro de reflexão, que mostra não apenas nossas manias, mas também o saber visto com alegria."

As conversas aconteceram à beira de uma piscina, regadas a boa bebida. Mais que a comunhão de um mesmo pensamento (o crescimento nas vendas dos livros eletrônicos - nos Estados Unidos, as cifras já aumentaram em mais de 200% - não terminará com o objeto em papel, que continuará figurando nos hábitos dos leitores), o encontro permitiu aos dois intelectuais a elaboração de curiosos pensamentos.

Eco, por exemplo, compara a invenção do livro à da roda, ou seja, apesar das variações surgidas com o desenvolvimento tecnológico, a base sempre será a mesma. "O livro ainda é o meio mais fácil de transportar informação. Os eletrônicos chegaram, mas percebemos que sua vida útil não passa de dez anos", comentou ele, em entrevista realizada ao Estado, em Milão, em março. "Afinal, ciência significa fazer novas experiências. Assim, quem poderia afirmar, anos atrás, que não teríamos hoje computadores capazes de ler os antigos disquetes? E que, ao contrário, temos livros que sobrevivem há mais de cinco séculos?"

Outro detalhe, lembrado por Carrière em Não Contem com o Fim do Livro, está na praticidade - ele se recorda do blecaute acontecido em Nova York, em julho de 2006: se o incidente tivesse se prolongado, tudo estaria irremediavelmente perdido, sem eletricidade. "Em contrapartida, ainda poderíamos ler livros, durante o dia, ou à noite à luz de uma vela, se toda herança audiovisual estivesse perdida."

Também a vastidão de conhecimento oferecida pela internet foi questionada pelos dois estudiosos. O fato de agregar um número que parece infinito de obras é elogiável, acredita Eco. O problema surge na capacidade de discernimento de quem está acessando a rede mundial. "Lá, encontramos tanto a Bíblia como o Minha Luta, de Adolf Hitler. E o que fazer se uma obra não recomendável surgir na tela de alguém despreparado intelectualmente?", questiona. "Esse será o problema crucial da educação nos próximos anos."

A troca de conhecimento também preocupa Carrière. "Nos mundos que chamamos primitivos, que não mudam, os velhos detêm o poder, uma vez que são eles que transmitem os conhecimentos a seus filhos", diz ele, no livro. "Quando o mundo está em revolução permanente, são os filhos que ensinam eletrônica aos pais. E seus filhos, quem ensinará a eles?"

Memória. O assunto remete a outro, o da preservação da memória, entendida tanto na forma de uma biblioteca como na qualidade humana de reter conhecimento. Eco lembra que a memória tem função seletiva, preservando o que julgamos como essencial e descartando o que poderia atulhar inutilmente nossos cérebros. "Os arquivos, as bibliotecas são esses frigoríficos nos quais armazenamos a memória a fim de que o espaço cultural não fique abarrotado com toda essa quinquilharia sem com isso renunciar a ela", raciocina. "Na internet, um guri que faça uma pesquisa para seu dever de casa pode ter a sensação de que César é tão importante quanto Calpúrnia, sua última esposa."

Não bastasse isso, há ainda o prazer do colecionismo. "Cada livro traz um personagem só para mim. Há obras que cruzam os séculos e outras não. Isso depende muito do gosto pessoal. Por isso que o livro tradicional não vai desaparecer", comenta Carrière.

TRECHO

Tenho livros que adquiriram certo valor para mim, menos por causa de seu contéudo ou da raridade...
...da edição do que em função dos vestígios nele deixados por um desconhecido, sublinhando o texto às vezes com diferentes cores, escrevendo notas na margem. Tenho, por exemplo, um velho Paracelso cujas páginas lembram um rendado, as intervenções do leitor parecendo bordadas com o texto impresso.

Especialistas ensinam como otimizar o estudo nas bibliotecas


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Fonte: O Globo. Data: 09/05/2010.
O sossego e a facilidade de acesso a um vasto acervo são apenas alguns motivos que levam os concurseiros a buscar as bibliotecas como o local ideal para estudar. Segundo reportagem de Mariana Belmont, publicada no GLOBO na edição deste domingo, é comum encontrar grupos de estudo na Biblioteca Nacional e nas da PUC, UERJ, IMPA e Veiga de Almeida.

Para saber as reais vantagens dessa opção e outras dicas importantes para os candidatos otimizarem o tempo de estudo, o Boa Chance conversou com os professores Ricardo Ferreira, autor do ''Manual dos Concurseiros'', e Sylvio Motta, editor de concursos da Campus-Elsevier e diretor do curso preparatório Companhia dos Módulos, além de autor do blog "Vagas Abertas", do site do Globo.

Mais importante do que o local e o tempo gasto com livros e apostilas, o essencial é que o candidato tenha foco, afirmam. É preciso, antes de tudo, definir a área para qual pretende disputar uma vaga, que espaço vai utilizar para estudar e, ainda, pesquisar a bibliografia recomendada:

- Depois disso, é só sentar e estudar, sem frescuras, amuletos, gurus ou outros elementos metafísicos - brinca Motta.

- O GLOBO - Vocês recomendam o estudo em bibliotecas? Quais são as vantagens de usar esses espaços?

- Ricardo Ferreira - Recomendo, sim. Desse modo, o estudante consegue se afastar de possíveis interferências, como o telefone que toca ou alguém que quer conversar. Mas é preciso que o ambiente, além de silencioso e confortável, mantenha os títulos mais recomendados à preparação para concursos. Quem estuda em biblioteca aprende a ser mais disciplinado.

- Sylvio Motta- Uma ambiência equilibrada influencia o aproveitamento do tempo de estudo. É necessário fugir dos inúmeros "chamados" que a rotina diária nos impõe para atingir o máximo de concentração e assimilar o conteúdo necessário. Buscar espaços organizados e silenciosos, onde todos comunguem de objetivos semelhantes é recomendável para o aprimoramento da capacidade intelectiva.


- Como organizar uma rotina de estudo nesses espaços?

- Ferreira - Nesse aspecto, não há diferenças significativas. O candidato deve criar uma grade com as disciplinas e o tempo que vai dedicar a cada uma durante o dia. Quando já estamos acostumados a estudar, temos diversos hábitos de preparação e encontramos dificuldade para mudá-los. Outro aspecto importante é que cada pessoa responde de forma distinta a diferentes estímulos: há quem aprenda mais com textos, assim como existe quem prefira imagens e sons, por exemplo. Cada um deve avaliar o que funciona melhor para a sua preparação.

- Há algum roteiro ideal a ser seguido?

- Ferreira - Uma estratégia que funciona bem para a maioria leva em consideração que o cérebro atua de forma setorizada. Cada uma de suas partes responde por um assunto específico. Assim, se estudarmos seguidamente apenas português, por exemplo, depois de algumas horas haverá saturação da área do cérebro responsável pelas habilidades relacionadas a essa disciplina. No entanto, se entre uma hora e uma hora e meia de estudo de português alternarmos para matemática, a área acionada no cérebro será diferente da anterior, e o rendimento será mantido em alto nível. Por esse critério, exploramos diversos grupos de neurônios de forma alternada, sem deixar que eles fiquem sobrecarregados. É interessante observar que quanto menor a semelhança entre a matéria que paramos de estudar e aquela que vamos iniciar, menor a probabilidade de ficarmos cansados mentalmente. Como se trata de estudo para concurso, é fundamental mesclar teoria e exercícios, o que ajuda na fixação de conteúdo e confere mais ritmo ao processo de aprendizagem.

- Como aproveitar da melhor forma possível os acervos das bibliotecas, para não ficar perdido em meio a tantos títulos diferentes?

- Ferreira - Antes de escolher o material de estudo, é recomendável pesquisar quais são os livros e apostilas mais indicados pelos professores e por quem obteve êxito em concurso. Existem diversos fóruns na internet, alguns administrados pelo próprio candidato, que tratam desse tema.

- Motta- Tão importante quanto a concentração é o foco. Defina uma direção (área fiscal, tribunais, segurança pública, jurídica, bancária etc); um caminho (estudar só em casa ou só na biblioteca; fazer um curso presencial ou não) e busque uma orientação sobre a bibliografia recomendada (em sites ou com amigos e professores).

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Novo rumo para a biblioteca escolar no Brasil


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Abaixo conta a íntegra da Lei n.12.244, de 24.05.2010, publicada no Diário Oficial da União, Seção I, de 25/05/2010, dispondo que as instituições de ensino públicas e privadas de todos os sistemas de ensino do País contarão com bibliotecas, concedendo um prazo de dez anos para sua efetivação e que sejam respeitadas as Lei 4084/1962 e 9.674/1998 (que estabelecem que compete ao bibliotecário a organização, direção, administração de bibliotecas e serviços de documentação, execução dos serviços técnicos etc.)
Fonte: www.in.gov.br

LEI Nº 12.244, DE 24 DE MAIO DE 2010
Dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País.

O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o As instituições de ensino públicas e privadas de todos os sistemas de ensino do País contarão com bibliotecas, nos termos desta Lei.
Art. 2o Para os fins desta Lei, considera-se biblioteca escolar a coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura.
Parágrafo único. Será obrigatório um acervo de livros na biblioteca de, no mínimo, um título para cada aluno matriculado, cabendo ao respectivo sistema de ensino determinar a ampliação deste acervo conforme sua realidade, bem como divulgar orientações de guarda, preservação, organização e funcionamento das bibliotecas escolares.
Art. 3o Os sistemas de ensino do País deverão desenvolver esforços progressivos para que a universalização das bibliotecas escolares, nos termos previstos nesta Lei, seja efetivada num prazo máximo de dez anos, respeitada a profissão de Bibliotecário, disciplinada pelas Leis nos 4.084, de 30 de junho de 1962, e 9.674, de 25 de junho de 1998.
Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 24 de maio de 2010; 189o da Independência e 122o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad
Carlos Lupi

Jovens se sentem mais sós que idosos, diz pesquisa britânica


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Uma pesquisa feita na Grã-Bretanha revela que jovens se sentem mais solitários do que adultos com mais de 55 anos. O levantamento, intitulado The Lonely Society (em tradução literal, a sociedade solitária), foi feito com 2.256 participantes. Quase 60% dos ouvidos com idades entre 18 e 34 anos disseram que sentem solidão com frequência ou às vezes. O número cai para 35% entre entrevistados com 55 anos ou mais.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Entrevista com Cathy Davidson: "The Future of Learning Institutions in a Digital Age"


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Colegas,

Participem da entrevista interativa on-line hoje com Cathy Davidson, co-autora do The Future of Learning Institutions in a Digital Age (25/05).

Recomendo também a leitura dos documentos publicados pela Cathy Davidson, publicados pela MIT Press, com idéias contemporâneas sobre o processo de ensino-aprendizado, fazendo um inteligente comparativo entre instituições tradicionais de ensino e as inovadoras, que usam o meio digital e a WWWW para melhorar esse processo.


"Ao longo das últimas duas décadas, a nossa forma de aprender mudou dramaticamente. Temos novas fontes de informação e novas formas de intercâmbio e de interação com a informação.
Mas as nossas escolas e a nossa forma de ensinar tem permanecido praticamente as mesmas há anos, séculos.
O que acontece com as instituições tradicionais de ensino, quando a aprendizagem também ocorre em uma vasta gama de sites da Internet, de páginas Web do Pokemon à Wikipédia?
Este relatório investiga como as tradicionais instituições de ensino podem tornar-se inovadoras e flexíveis, robustas, e tão colaborativas como os melhores sites de redes sociais.
Os autores propõem uma definição alternativa para "instituição" como uma "rede de mobilização" - enfatizando a sua flexibilidade, a permeabilidade de suas fronteiras, a sua produtividade interativa e o seu potencial como catalisador para a mudança - e exploram também as implicações para o ensino superior.

O relatório "The Future of Thinking" trata sobre instituições virtuais inovativas.
Ele também usa a idéia de uma instituição virtual, tanto como parte de sua matéria, quanto como parte de seu processo: o primeiro rascunho desse Relatório foi hospedado em um website para feedback e escrita colaborativas.
Os autores usam esse experimento em escrita participativa como um case de teste para as instituições virtuais, para instituições de ensino, e uma nova forma de autoria colaborativa.
A versão final continua postada e aberta para comentários.
Este livro é o relato completo do projeto, que foi resumido em um volume anteriormente publicado pela MacArthur: The Future of Learning Institutions in a Digital Age."

Para ver os relatórios na íntegra, acesse:
http://mitpress.mit.edu/books/chapters/Future_of_Learning.pdf (report 852 páginas, em Inglês)
http://mitpress.mit.edu/books/full_pdfs/Future_of_Thinking.pdf (livro 317 páginas, em Inglês)

Fonte: http://www.library20.org 25.05.2010.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Google: 'Nossa ambição é organizar toda a informação do mundo'


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Fonte: Le Monde. Data: 22/05/2010.
Com tradução do portal UOL, 23/05/2010.
Autores: Cécile Ducourtieux, Nathaniel Herzberg e Sylvie Kauffmann.

Cofundador do Google, presidente de produtos, Larry Page responde às perguntas sobre a estratégia do gigante americano da internet, suas difíceis relações com as editoras e a proteção dos dados pessoais.

Eis a entrevista.

O Google lançou, na quinta-feira (20), o Google TV, um sistema para conectar seu televisor à internet, com a Intel, a Sony e a Logitech. Com qual objetivo?

As pessoas ainda não acessam a internet pela televisão. A internet não foi concebida para isso, mas seria bom se o YouTube [propriedade do grupo] fosse acessível nessa tela, ou que pudéssemos olhar emails nela. As pessoas têm um monitor grande, que custou caro, e que ocupa espaço – elas gostariam que ele fizesse o máximo de coisas possível!

No fim dos anos 1990, o Google era somente uma ferramenta de busca. A empresa agora oferece uma série de outros serviços. Vocês comercializam até um telefone. Por que diversificar tanto?

É muito simples: queremos ganhar ainda mais dinheiro! Com nosso sistema de busca, conseguimos criar o equivalente a uma escova de dentes, uma ferramenta que assumiu um lugar importante em nossas vidas. O mesmo com o Gmail [serviço de mensagens do Google] para o email. Todos os produtos que lançamos deverão ser assim. Eis o nosso raciocínio: do que as pessoas realmente precisam, o que tem valor para elas? Há outro aspecto: quando as empresas crescem, muitas vezes ela não procuram mudar de ramo, e empregam milhares de funcionários para fazer a mesma coisa. Isso não é necessariamente muito lucrativo.

A plataforma de vídeos YouTube é muito popular. Mas vocês ainda não encontraram o modelo econômico...

Os jornalistas são um pouco duros: o YouTube acaba de comemorar seus cinco anos. Cinco anos após sua criação, o Google tinha um faturamento comparável. É preciso colocar as coisas em seu contexto. Nós queremos atrair para a plataforma conteúdos originais, de qualidade, se possível profissionais, pelos quais os autores possam ser remunerados [por uma divisão de receita publicitária] e para quem o YouTube represente a principal fonte de renda. Ainda não chegamos lá, mas não estou preocupado.

O YouTube dará lucro este ano?

Nós não damos essas informações. Mas isso não me surpreenderia.

Por que o grupo acaba de desistir da venda online de seu telefone, o Nexus One?

A equipe do Android [o sistema operacional para celular do Google], que desenvolveu o Nexus One, subestimou a quantidade de trabalho que representava a venda online. Ela não dispunha de sistemas de faturamento das operadoras de telecomunicação nem de suas ofertas promocionais. Mesmo assim o sistema Android é um sucesso: em abril, nos Estados Unidos, foram vendidos mais telefones com esse sistema do que iPhones.

O Google Docs [editor de documentos acessível gratuitamente a partir de um navegador] deveria ter afetado muito um dos produtos principais da Microsoft, o Office, mas ele não teve tanto sucesso. Por quê?

Estou satisfeito com esse produto. Nossa meta não era matar o Office da Microsoft, mas sim prover 80% das necessidades básicas dos usuários, com um produto mais rápido, mais simples. É exatamente o contrário da estratégia da Microsoft, que passa seu tempo acrescentando funcionalidades ao Office, mas que pouquíssimas pessoas realmente usam. Nós tivemos muito sucesso nas empresas, e quase 100% dos funcionários do Google usam o Google Docs internamente. Claro, existem ainda uns cinquenta funcionários na empresa que utilizam absolutamente todas as funcionalidades possíveis do programa Excel, da Microsoft. Eu não conseguiria convencê-los, e esse nem é meu objetivo!

O sr. não acha que o Chrome OS, seu sistema operacional para PC, chegará tarde demais ao mercado? Os fabricantes anunciam cada vez mais terminais equipados com o Android: sistemas embutidos em carros, tablets, etc.

Nós nos questionamos muito dentro da empresa. Mesmo assim acredito que os dois sistemas operacionais, Chrome OS e Android, se destinam a dois usos ou dois tipos de terminais diferentes. O Android foi idealizado para telefones com touch screen, que consomem pouca energia. As limitações materiais para um computador continuam sendo diferentes, e o Chrome OS continua sendo pertinente. Você tem máquinas dotadas de um processador para telefone, que consome relativamente pouca energia, e pode rodar com o Android, e outras, com um processador de PC, que precisarão do Chrome OS, que é otimizado para esse tipo de máquina. Gostaríamos que eles acabassem se fundindo, que qualquer sistema operacional pudesse funcionar em qualquer máquina, mas ainda não chegamos lá.

Alguns de seus concorrentes acabam de lançar tablets digitais. Que visão o sr. tem desse mercado?

Para mim, nesse estágio, os tablets são telefones grandes. Eles têm o mesmo tipo de processador, com touch screen. Mas acho que veremos o surgimento de uma série de terminais diferentes, sendo que muitos funcionarão com o Android, com telas de todos os tamanhos.

Vocês não têm uma rede social comparável ao Facebook. Não é uma desvantagem?

É algo em que estamos pensando. Nossa rede Orkut é muito popular no Brasil, mas não em outros países. Para ir mais longe, quando você se registra no Facebook, logo lhe é oferecido que sejam importados seus contatos do Gmail. Em compensação, o Facebook não autoriza a exportação de membros do Facebook para o Gmail. Ao contrário de nós, o Facebook não é realmente um sistema aberto.

Seu sucesso se baseia na relação de confiança com o usuário. O caso “Google Street View” não abalou essa confiança?

Nós cometemos um erro, coletamos dados que não queríamos coletar. Queremos cooperar da melhor forma possível com as autoridades para corrigir isso. Mas acredito que fomos diretos: relatamos nosso erro assim que o detectamos. Não estou certo de que muitas outras empresas se comportariam da mesma forma em um caso similar. A lição que aprendemos foi que devemos permanecer humildes e melhorar nossos processos.

Vocês armazenam uma quantidade enorme de dados em seus servidores. Isso é realmente necessário?

A maior parte desses dados são páginas da web, palavras-chave, endereços IP [que identifica um computador]. Mas você não é identificado: nós temos poucas informações pessoais, ao contrário das operadoras de cartões de crédito. Para que a ferramenta funcione, para melhorar a qualidade dos resultados de busca, precisamos de todas essas informações. Nossa ambição é organizar toda a informação do mundo, não somente parte dela. Mas me preocupo com o fato de que algumas pessoas não acham que conservar tantas informações seja bom. Nós oferecemos ferramentas para que os internautas possam ver e controlar o uso que fazemos de seus dados [serviço “dashboard”].

Qual a sua opinião sobre a proteção de dados privados?

As sociedades mudam, as pessoas estão se comunicando cada vez mais online. As fronteiras da vida privada estão se deslocando. Para nós, às vezes, é um pouco complicado. Presta-se muita atenção especialmente ao tempo pelo qual se guardam dados de conexão. Ao mesmo tempo, as pessoas colocam cada vez mais dados pessoais online: fotos de si embriagados, etc. Manter os dados pode ter um grande valor: veja o serviço de acompanhamento da gripe A que implantamos há alguns meses. Poupamos muito dinheiro às agências americanas, graças aos dados de conexão dos internautas.

Na França, onde vocês foram condenados por desrespeitar direitos autorais, há um projeto de tributação da publicidade na internet... Como reage a isso?

É uma das razões pelas quais vim a Paris. No ramo das editoras, colocar nossa tecnologia a serviço da cultura nos motiva muito. Quando eu era estudante em Stanford, uma inundação destruiu entre 50 e 100 mil livros insubstituíveis. Se eles tivessem sido digitalizados... Nosso projeto é simples: queremos fazer acordos [com bibliotecas], selecionar obras em domínio público e digitalizá-las por nossa conta. Mas esse projeto acabou se misturando com polêmicas sobre direitos autorais.

Elas são legítimas ou entravam a inovação?

É claro que o direito autoral é importante. E é claro que isso causa problemas. Veja as revistas: para colocá-las online, você deve pagar os direitos sobre imagens cujos autores ou detentores de direitos você não sabe quem são, etc. Se pudéssemos reescrever a lei, faríamos de outra forma. Queríamos encontrar uma maneira aceitável de identificar os detentores dos direitos, remunerá-los, abrir acesso às obras. Encontrar a solução perfeita levará tempo. Até lá, gostaria de encontrar um acordo satisfatório. Senão corre-se o risco de que conteúdos desapareçam para sempre.

O que vocês esperam da decisão da Justiça dos Estados Unidos, que deve se pronunciar sobre sua proposta de acordo com as editoras americanas [para pagar pela obras que digitalizaram]?

Nós esperamos conseguir uma decisão rapidamente e esperamos que reconheçam o benefício desse acordo para todo mundo. Acreditamos que nosso acordo é justo para todas as partes envolvidas: os detentores de direitos, os autores e as editoras.

Até há pouco tempo o Google tinha uma imagem simpática. Hoje, vocês são vistos como uma ameaça. Vocês têm ciência disso?

Sim, estamos muito cientes disso, e se você tiver soluções a propor, não hesite! Acredito que devemos ser mais presentes na França, ter mais pessoas aqui. Nós estamos crescendo, falam de nós o tempo todo. Nós temos um papel cada vez mais importante na vida das pessoas, e isso causa questionamentos, é normal. Mas se continuarmos a fazer o melhor que pudermos, superaremos essas dificuldades. Isso vai depender da maneira como os indivíduos poderão controlar nossos serviços. É também uma questão de produtos. E aí podemos melhorar.

Vocês estão satisfeitos com o nível de inovação no Ocidente? Não acha que ele foi afetado pela crise?

Constato que o nível de inovação em nossa indústria vem aumentando muito. Você pode ver quando quer comprar uma empresa nova: seus preços aumentaram três vezes. Até as empresas muito jovens se tornaram consideravelmente mais caras. E é porque a tecnologia é cada vez mais eficiente, e dá muitas oportunidades para as pessoas ganharem mais dinheiro. Os investidores entenderam bem isso, e foi por isso que aumentou tanto a valorização das empresas. A crise não chegou a afetar essa tendência. Em compensação, o que me preocupa mais é que não estão realmente valorizando as carreiras de engenheiros, especialistas em informática. A porcentagem de jovens que escolhem esse tipo de carreira está diminuindo, quase não há mulheres entrando nessa área.

Qual o principal desafio que vocês devem enfrentar hoje no Google?

Meu desafio não mudou nestes últimos anos, que é acompanhar o crescimento da empresa, fazer com que ela continue a funcionar bem, que continuemos organizados, que os funcionários permaneçam motivados. E mantê-la em crescimento: nós contratamos cerca de 800 pessoas em nível mundial no trimestre passado [1º semestre de 2010]. O Google tem hoje mais de 20 mil funcionários.

domingo, 23 de maio de 2010

Nova biblioteca infantil em São Paulo


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Fonte: Portal G1. Data: 22/05/2010.
URL: http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2010/05/instituto-inaugura-biblioteca-infantil-na-zona-oeste-de-sao-paulo.html

Livros da biblioteca infantil do Instituto Brasil Leitor,na Barra Funda, em São Paulo (Foto: Divulgação)O Instituto Brasil Leitor (IBL), organização que mantém bibliotecas em estações de metrô de São Paulo, inaugura neste sábado (22) uma unidade para crianças na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

Com um acervo inicial de 450 títulos infantis, para leitores de 0 a 8 anos, a biblioteca funcionará de segunda a sexta, das 11h às 13h.

Neste sábado, o local, que foi batizado de Brincalendo, ficará aberto das 10h às 13h para o cadastramento das crianças.

“Em um evento que fizemos no bairro, ouvimos da comunidade que o bairro não conta com atrações para as crianças. Então, resolvemos abrir a biblioteca para que possam pegar livros emprestados na hora em que vão ou voltam da escola”, disse a diretora do IBL, Ivani Nacked.

Para se inscrever, as crianças devem estar acompanhadas dos pais. Também é necessário levar o comprovante de residência. Elas serão cadastradas e receberão uma carteirinha de identificação para fazer os empréstimos gratuitos. As crianças podem ficar dez dias com os livros e renovar o empréstimo por mais dez dias.

O IBL mantém bibliotecas comunitárias e unidades para crianças em várias cidades do país. No metrô de São Paulo, há bibliotecas nas estações Paraíso, Tatuapé, Largo 13, Luz, Santa Cecília e na estação Brás da CPTM.

Serviço:
Biblioteca Brincalendo: R. Lopes Chaves, 229 (entre as ruas Brigadeiro e Barra Funda), Barra Funda, São Paulo (SP)
Horário de funcionamento: De segunda a sexta-feira, das 11h às 13h

sábado, 22 de maio de 2010

Editoras miram filão dos livros técnicos


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Autor:Tom Cardoso.
Fonte: Valor Online. Data: 20/05/2010.

O mercado editorial brasileiro está com o freio de mão puxado. São vários os motivos: o baixo índice de leitura no país (3,7 títulos por habitante/ano - 1,3 se retirados os livros escolares-didáticos); o mercado ainda não sabe muito bem como lidar com o livro eletrônico; e o ano de 2009 não deve apresentar o mesmo desempenho de 2008, quando cresceu 9,71% e movimentou cerca de R$ 3,3 bilhões.

Porém, o potencial de expansão ainda é enorme, tanto que nos últimos anos grupos estrangeiros, principalmente da Espanha, desembarcaram por aqui em busca de bons negócios. E conseguiram. A Planeta do Brasil, braço editorial do grupo Planeta, quinto grupo de comunicação do mundo e líder em língua espanhola, apresenta bons resultados em poucos anos de mercado brasileiro. O mesmo vale para o Grupo Santillana, também espanhol, braço editorial do Grupo Prisa, gigante de comunicação que atua em vários países da América Latina desde 1964. A Planeta, que chegou ao Brasil em 2003, aparece em quinto lugar no ranking elaborado pelo jornal "Folha de S. Paulo" que enumera as editoras que mais emplacaram livros na lista dos mais vendidos. Já a Santillana, no país desde 2001, quando adquiriu a Editora Moderna (hoje ela controla, além da Moderna, a editora Salamandra e parte da Objetiva), fechou 2009 com faturamento de R$ 525 milhões. Em menos de dez anos, a participação da Santillana no mercado brasileiro cresceu 44%.

Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), conta que a Pesquisa de Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro de 2009, realizada pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), ainda não está pronta, mas adianta que os números do ano passado - e talvez deste ano - não devem mudar muito. Em 2008, foram publicados 51.129 títulos (mais 19,52% em relação a 2007) e produzidos 340.274.195 exemplares (menos 3,17%).

Para Rosely, a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em agosto, mostrará se o mercado conseguiu superar a estagnação. As editoras estarão voltadas para o vertiginoso crescimento dos livros técnicos, filão que se fortaleceu com o aumento do poder aquisitivo das classes C e D. Livros científicos, técnicos e profissionais (9,28%) foram um dos segmentos que mais cresceram em 2008 (aumento de quase 10% sobre 2007).

"Os programas governamentais de compra de livros para as escolas são estáveis, transparentes e com regras claras, o que dá segurança para o mercado", afirma Sérgio Quadros, diretor-geral do Grupo Santillana no Brasil. Os planos para os próximos anos são ambiciosos. O grupo espera encerrar 2010 com faturamento de R$ 580 milhões e investir, até 2015, cerca de R$ 30 milhões por ano no desenvolvimento de novos produtos.

Não menos ousadas são as metas da Planeta. "Nosso objetivo é chegar ao seleto grupo das três primeiras editoras do Brasil até 2020", afirma César González, diretor geral da Planeta do Brasil. A editora não revela números de seu faturamento em 2009, mas dá exemplos práticos da importância que o mercado brasileiro tem hoje o para o grupo espanhol. "Temos números de vendas próximos ao mercado argentino. Porém, lá a Planeta está há 42 anos, aqui apenas há sete", compara González.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Saúde via SMS


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Fonte: Agência FAPESP. Data: 20/05/2010.
Autor: Fábio Reynol.
Serviços simples realizados por meio de aparelhos celulares podem salvar vidas e economizar dinheiro público destinado à área de saúde. É o que afirma o pesquisador Walter Curioso, da Universidade Peruana Cayetano Heredia, em Lima, Peru, baseando-se em um trabalho realizado naquele país.

O pesquisador, que também é professor assistente afiliado à Universidade de Washington, Estados Unidos, apresentou seu trabalho no Faculty Summit 2010 América Latina, evento promovido pela FAPESP e pela Microsoft Research de 12 a 14 de maio, no Guarujá (SP).

Para Curioso, a tecnologia voltada à telefonia celular foi uma das que mais se desenvolveram nos últimos anos, permitindo que mais pessoas pudessem adquirir aparelhos e democratizando a comunicação, inclusive nos países mais pobres.

Além disso, o aparelho se tornou um dos mais presentes em todo o mundo. “Nós não adotamos celulares, nós nos casamos com eles. Passamos mais tempo com esses aparelhos do que ficamos com nossos parceiros”, disse.

Essa presença constante do celular no cotidiano das pessoas o transforma em uma poderosa ferramenta para os serviços de saúde, segundo o especialista, que preconiza o seu uso para diversas finalidades ligadas ao setor como educação da população, monitoramento de pacientes, coleta de dados, apoio em emergências e até no auxílio à consulta e ao diagnóstico.

Uma experiência coordenada por Curioso foi direcionada a pacientes com o vírus HIV, cujo tratamento exige o consumo de medicamentos antirretrovirais várias vezes ao dia. A equipe de pesquisa levantou que, mesmo quando os remédios são fornecidos gratuitamente, 88% dos pacientes não se medicam por diversas razões.

O motivo principal é o simples esquecimento, enquanto outros alegam morar longe dos centros de saúde que distribuem os medicamentos. Boa parte dos participantes disse se preocupar com a discriminação. “Essas pessoas temem ser identificadas como portadores do vírus ao solicitar os medicamentos nos postos de saúde”, disse Curioso. Havia ainda os que abandonavam o tratamento porque se sentiam desmotivados.

“Percebemos, naquele momento, uma grande oportunidade de utilizar o celular. Se as pessoas já o utilizam para manter e criar suas redes sociais, por que não aplicá-lo na prevenção e no tratamento do HIV?”, indagou.

O grupo peruano criou então uma série de mensagens SMS (sigla em inglês para serviço de mensagens curtas) destinada a pacientes com o HIV. O objetivo não era elaborar simples lembretes, mas frases motivadoras como “agora é a hora da sua vida”, enviadas com o intuito de lembrar os horários de tomar os antirretrovirais.

“Por não ser explícita como, por exemplo, um SMS que diz ‘é hora de tomar o seu remédio’, a frase também preserva a privacidade do paciente, que não se sentirá constrangido ao receber a mensagem quando estiver em uma roda de amigos. O celular tornou-se um amigo, ou mesmo um anjo-da-guarda para essas pessoas”, afirmou.

A pesquisa de caráter qualitativo avaliou a percepção de 20 homens e seis mulheres portadores de HIV, moradores da capital peruana. Todos avaliaram de maneira positiva o sistema de lembretes via SMS, de acordo com o cientista.

Eles também contribuíram para aprimorar o serviço com sugestões, como, por exemplo, a criação de mensagens simples e concisas e que não contivessem palavras como “HIV” ou “antirretrovirais”, a fim de preservar a privacidade.

Os resultados foram publicados no trabalho É a hora da sua vida’: Como devemos lembrar pacientes de tomar remédios usando mensagens curtas de texto?, apresentado em novembro de 2009 no Simpósio da American Medical Informatics Association (AMIA).

A experiência gerou o Projeto Cell Pos, realizado pela Universidade Peruana Cayetano Heredia com a colaboração da universidade norte-americana de Washington, e que envia mensagens para os participantes inscritos.

O sistema foi organizado em três tipos de mensagens: as de lembrete, que alertam pacientes sobre datas e horários de remédios, terapias e consultas; as de prevenção de doenças, voltadas a um público mais amplo; e os SMS, cujo conteúdo procura informar sobre questões gerais relacionadas à saúde.

Segundo Curioso, programas semelhantes de auxílio à saúde têm sido empregados com sucesso em outros países em desenvolvimento, entre os quais Ruanda, África do Sul e Filipinas.

Culturas diferentes

Um dos grandes desafios enfrentados pelo projeto foram as diferenças culturais entre as diversas populações atendidas. “Há diferenças entre populações rurais e urbanas e até entre bairros de uma mesma cidade. Isso exige adaptações de linguagem para cada grupo a fim de que as mensagens sejam entendidas por todos eles”, disse.

São essas diferenças culturais que também impedem que programas empregados em um país sejam integralmente adotados por outros. “Cada país deve formar a sua própria base de dados, que é muito peculiar de cada região. A base da África do Sul não serve para o Brasil”, indicou.

Curioso também reclamou da falta de políticas públicas claras em vários países. Para que o programa tenha resultados mais amplos, é necessário que os dados coletados sejam utilizados por gestores de políticas públicas a fim de que sirvam de base para serviços de saúde.

Outro obstáculo a ser superado é a falta de segurança desses sistemas. Para manter a privacidade dos pacientes, os serviços de saúde móvel precisam ter mecanismos extremamente seguros para que informações pessoais não sejam desviadas. Na opinião de Curioso, a questão da segurança se tornará cada vez mais importante à medida que as tecnologias móveis ampliam o seu raio de atuação.

O pesquisador destacou também o desafio de se conduzir pesquisas de caráter multidisciplinar como essa, que envolve profissionais de saúde e de computação, e de criar uma rede colaborativa ampla, especialmente entre os países do hemisfério Sul.

“Precisamos começar a criar redes colaborativas dentro das próprias universidades e intensificar as parcerias entre instituições de países do hemisfério Sul, que partilham de realidades muito similares”, disse.

Alteração do endereço do Dicionário Electrónico de Terminologia em Ciência da Informação (DeltCI)


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Devido a uma alteração na estrutura orgânica da Universidade Federal do Espírito Santo, o endereço do Dicionário Electrónico de Terminologia em Ciência da Informação (DeltCI) passou a ser o seguinte:

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A internet e a roda


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Autor: Carlos Heitor Cony.
Fonte: Folha de S. Paulo. Data: 20/05/2010.
Continuo indeciso diante do universo virtual, notadamente do tipo de comunicação instantânea e barata que a internet nos dá. Evidente que dela me beneficio, tal como me beneficiei do computador.

Passei mais de 20 anos sem escrever ficção, porque não suportava a máquina de escrever, mesmo aquelas que se diziam eletrônicas. O computador abriu um mundo para mim -se é que o meu umbigo é a coisa mais importante do universo. Pessoalmente, acho que é.

Embora me utilize da internet diariamente, continuo achando que ela é poluidora, não no sentido ecológico, mas espiritual. Dá informações demais, excessivas, inúteis e redundantes. Mesmo a comunicação por e-mail, que aboliu o fax, o telegrama e a carta postal, transformou-se numa correspondência cultural e afetiva maciça, e nem sempre sincera, refletida e consciente.

A facilidade dos desabafos, das confissões, até mesmo da expressão dos sentimentos, protegidos por códigos secretos e relativo anonimato, cria um universo que pode ser duplamente virtual, na forma tecnológica da expressão eletrônica e no conteúdo que deságua no faz de conta da fantasia.

Não há segurança, nem moral nem material, no universo eletrônico. Ele é, sem dúvida, a ferramenta mais importante inventada pelo homem depois da roda. Mas é um instrumento, nada mais do que isso.

Como a roda, a informática está gerando uma nova civilização. É o início de nova era, além e acima do admirável mundo novo, que já está defasado. De seis em seis meses, o mundo novo se torna mais admirável e complexo, diluindo responsabilidades e anulando o indivíduo, que nada tem de admirável, mas lamentável. Como a roda, a internet apenas nos facilita o caminho. Mas não nos aponta um destino.

União Européia revela planos para aumentar o uso da internet


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Fonte: Folha de S. Paulo. Data: 19/05/2010.
A Comissão Europeia revelou planos para aumentar bastante o número de europeus usando serviços públicos e comerciais on-line durante a próxima década. Os planos foram divulgados nesta quarta-feira (19).

Neelie Kroes, comissária europeia da área digital, disse que 30% dos europeus nunca usaram a internet. Além disso, nos Estados Unidos o número de downloads de música é quatro vezes maior do que na Europa e apenas 1% dos europeus têm acesso a rede de fibra ótica de alta velocidade. Esse último número passa para 12% no Japão e 15% na Coreia do Sul.

Kroes também disse que a Europa está defasada em relação a vários no competidores no desenvolvimento de tecnologias de ponta. As razões para isso, segundo a comissária, são investimentos fracos e fronteiras nacionais que dificultam o acesso a serviços de telecomunicações que tenham abrangência sobre toda a Europa.

Para alcançar os concorrentes, ela disse que os governos da União Europeia devem dobrar o que gastam atualmente em pesquisa e desenvolvimento para chegar ao valor de 11 bilhões euros em 2020.

A "agenda digital" de Kroes inclui passos para melhorar padrões de tecnologia da informação e compatibilidade, eliminar barreiras regulatórias, encorajar pagamentos eletrônicos e simplificar a administração de direitos autorais digitais e licenças. Kroes disse que a Comissão Europeia apresentará um conjunto de medidas -incluindo 31 leis para a União Europeia- nos próximos dois a três anos para que hajam mais europeus on-line no ano de 2020.

Os objetivos do projeto são: banda larga para todos os cidadãos europeus até o ano de 2013; até 2015, que 50% dos europeus façam compras e usem serviços públicos on-line; e, até o ano de 2020, que haja banda larga de 30 Megabytes por segundo, ou mais, para ao menos metade das famílias europeias.

A comissária disse que é improvável que os europeus fiquem on-line a não ser que se sintam seguros. E isso significa que os governos devem combater o crescimento do cibercrime, ela disse.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Seminário sobre Informação na Internet


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3º Seminário sobre Informação na Internet e a

III Conferência Internacional sobre Inclusão Digital acontecem em novembro.

No período de 16 a 19 de novembro de 2010, no Palácio Itamaraty, em Brasília, serão realizados o 3º Seminário sobre Informação na Internet e a III Conferência Internacional sobre Inclusão Digital. Os dois eventos representam a soma dos esforços do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) no sentido de promover ações que levem ao melhor uso das tecnologias de informação disponíveis e à inclusão digital dos cidadãos brasileiros.

O 3º Seminário sobre Informação na Internet é realizado pelo IBICT a cada dois anos. Com o tema “Construindo o futuro da Internet no Brasil”, o evento será dividido em painéis que tratam sobre o futuro da internet mundial e seus reflexos no Brasil e cenários futuros da internet no Brasil.

A III Conferência Internacional sobre Inclusão Digital é um compromisso assumido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do IBICT, no sentido de dar sequência aos eventos anteriores realizados na Costa Rica, em 2008, e na Espanha, em 2009, possibilitando a difusão das metodologias e das melhores práticas no processo de inclusão social na sociedade da informação. Especialistas de diversos países, dos quadros do governo, iniciativa privada e terceiro setor apresentarão no evento desde o processo de diagnóstico, até as metodologias científicas que vão possibilitar a inclusão social das camadas menos privilegiadas das populações ibero-americanas.

Entre outros temas, a III Conferência Internacional sobre Inclusão Digital pretende discutir questões como o impacto social das tecnologias; alfabetização tecnológica; entidades e organismos perante a inclusão social: desenvolvimento de modelos e boas práticas; políticas e planos de ação para a inclusão digital; bibliotecas: espaço de integração e ampliação da sociedade de informação; educação para a sociedade do conhecimento; ensino a distância; e-learning; Web 2.0 e bibliotecas digitais.

Em breve será disponibilizado endereço eletrônico para as inscrições nos dois eventos.

Mais informações:

E-mail: seminario3@ibict.br

Fone: (61) 3217-6378 (Ricardo Rodrigues)

Núcleo de Comunicação Social do IBICT

Tel.: (61) 3217-6484/3217-6369

terça-feira, 18 de maio de 2010

Quem se "porta mal" é bom bibliotecário


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Já repararam que mesmo após vários anos de “ciência da informação”, da proliferação das pós-graduações, das licenciaturas e mestrados na área continuamos a ser vistos como sempre o fomos… Não acreditam então vejam aqui.

"Revista dos Tribunais" é vendida


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Fonte: Reuters. Data: 17/05/2010.
URL:http://info.abril.com.br/noticias/mercado/thomson-reuters-compra-revista-dos-tribunais-17052010-21.shl
A Thomson Reuters anunciou hoje a compra da Editora Revista dos Tribunais, especializada em publicações jurídicas no Brasil. Os termos financeiros da operação não foram revelados.

"A compra da Revista dos Tribunais representa uma oportunidade estratégica para a Thomson Reuters liderar a indústria legal no Brasil rumo a informações, software e serviços online", segundo comunicado.

De acordo com a Thomson Reuters, o Brasil está entre os países com maior número de advogados per capita depois dos Estados Unidos, com crescimento de escritórios de advocacia de médio e grande portes.

A Revista dos Tribunais tem 98 anos e possui perto de 300 empregados. De acordo com informações disponíveis em seu site, a editora conta com 36 livrarias espalhadas pelo Brasil.

O catálogo da editora inclui mais de 2 mil títulos publicados, tornando a Revista dos Tribunais referência essencial para juízes, advogados e profissionais da área legal, segundo a Thomson Reuters.

"A Revista dos Tribunais é um forte complemente ao nosso portfólio global de pesquisa legal, software e serviços", disse o vice-presidente sênior para a divisão Legal da Thomson Reuters na América Latina, Gonzalo Lissarrague, que vai comandar as operações combinadas.
Comentário:
A Thomson Reuters é uma grande empresa de informação, indo desde notícias da imprensa em geral até à informação técnico-científica. Ressalta-se que ela já adquiriu, entre outras coisas, o Institute for Scientific Information (produtora do Science Citation Index e do banco de dados Web of Science), o banco de dados jurídicos Weslaw e a famosa agência noticiosa Reuters. Agora parece que teremos um player internacional entrando na área de informação jurídica e livros didáticos brasileiros. Isto vem comprovar que o mercado editorial brasileiro pode dar lucro e tem enorme campo para expansão.
Murilo Cunha

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Mais livro digital!


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O parto do livro digital
Cláudio de Moura Castro
Fonte: http://veja.abril.com.br/190510/parto-livro-digital-p-028.shtml

"A canibalização do livro em papel dá calafrios nas editoras,
embora as gravadoras tenham sido salvas pela venda digital"

Não há razão alguma para uma pessoa possuir um computador em sua casa." Isso foi dito, em 1977, por K. Olsen, fundador da Digital. De fato, os computadores eram apenas máquinas de fazer contas, pesadas e caras. Mas, com os avanços, passaram também a guardar palavras. Aparece então a era dos bancos de dados. Tal como a enciclopédia de Diderot – que se propunha a armazenar todos os conhecimentos da humanidade –, tudo iria para as suas memórias. Mas não deu certo, pois a ambição era incompatível com a tecnologia da época.
Os primeiros processadores de texto foram recebidos com nariz torcido pelos programadores. Um engenho tão nobre e poderoso, fingindo ser uma reles máquina de escrever? Não obstante, afora os usos comerciais e científicos, o PC virou máquina de guardar, arrumar e recuperar textos, pois lidamos mais com palavras do que com números. Como a tecnologia não parou de avançar, acelerou a migração de dados para as suas entranhas. Por que não os livros? O cerco foi se apertando, pois quase tudo já é digital.
Para os livreiros, cruz-credo!, uma assombração. Guardaram na gaveta os projetos de livros digitais. Mesmo perdendo rios de dinheiro em fotocópias não autorizadas, a retranca persistiu. Havia lógica. Quem tinha dinheiro para ter computador preferia comprar o livro. Quem não tinha dinheiro para livro tampouco o tinha para computador. Mas o mundo não parou. Hoje os computadores são mais baratos é há mais universitários de poucas rendas. O enredo se parece com o das gravadoras de música, invadidas pela pirataria, mas salvas pelos 10 bilhões de músicas vendidas pela Apple Store. Nos livros, a pirataria também é fácil. Por 10 dólares se escaneia um livro na China, e é incontrolável a venda de cópias digitais piratas, já instalada confortavelmente na Rússia.
Nesse panorama lúgubre para os donos de editora, entram em cena dois gigantes com vasta experiência em vender pela internet. A Amazon lança o Kindle (que permite ler no claro, mas não no escuro), oferecendo por 10 dólares qualquer um dos seus 500 000 títulos digitais e mais 1,8 milhão de graça (de domínio público). Metade das suas vendas já é na versão digital. A Apple lançou o iPad (que faz mais gracinhas e permite ler no escuro, mas não no claro), vendendo 1 milhão de unidades no primeiro mês do lançamento. Outros leitores já estão no mercado. É questão de tempo para pipocarem nos camelôs as cópias chinesas. E, já sabemos, os modelos caboclos estão por aparecer. Quem já está usando – com o aval dos oftalmologistas – garante que não é sacrifício ler um livro nessas engenhocas. As tripas do Kindle engolem mais de 1 000, substituindo vários caixotes de livros.
Nesse cenário ainda indefinido, desponta uma circunstância imprevista. Com a crise, os estados americanos estão mal de finanças e a Califórnia quebrada, levando a tenebrosos cortes orçamentários. Para quem gasta 600 dólares anuais (por aluno) em livros didáticos, migrar para o livro digital é uma decisão fácil. Basta tomar os livros existentes e colocar na web. Custo zero? Quase. Um Kindle para cada aluno sai pela metade do custo. O governador da Califórnia é o exterminador do livro em papel. Texas, Flórida e Maine embarcam na mesma empreitada, economizando papel, permitindo atualizações frequentes e tornando o livro uma porta de entrada para todas as diabruras informáticas. E nós, cá embaixo nos trópicos? Na teoria, a solução pública é fácil, encaixa-se como uma luva nos livros didáticos, pode reduzir a cartelização e democratizar o acesso. Basta o governo comprar os direitos autorais e publicar o livro na web. Com os clássicos é ainda mais fácil, pois não há direitos autorais.
No setor privado, as perplexidades abundam. Alugar o livro, como já está sendo feito? Não deu certo vender caro a versão digital. Vender baratinho? A canibalização do livro em papel dá calafrios nas editoras, embora as gravadoras tenham sido salvas pela venda digital. Muda a lógica da distribuição. Tiragens ínfimas passam a ser viáveis. O contraponto é o temível risco de pirataria. Não há trava que não seja divertimento para um bom hacker. Na contramão desses temores, Paulo Coelho se deu bem, lançando seu último livro gratuitamente na internet, junto com o lançamento em papel. Cava-se um túmulo para as editoras e livrarias? Vão-se os anéis e ficam os dedos? Ou abre-se uma caixa de Pandora fascinante? Só uma coisa é certa: o consumidor ganha.

Claudio de moura castro é economista
claudiodemouracastro@positivo.com.br

sábado, 15 de maio de 2010

O livro eletrônico vai desaparecer!


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O livro eletrônico vai desaparecer!
Fonte: Revista Época. Data: 14/05/2010.
Jean-Claude Carrière: "O e-book vai desaparecer". Escritor diz que o livro eletrônico será substituído a partir do momento em que outra engenhoca puder conectar os leitores com todas as bibliotecas do mundo
Dois escritores, amantes do livro e da leitura, encontram-se para registrar diálogos sobre o que será do objeto de seu afeto quando as novas tecnologias começarem a democratizar os livros eletrônicos. As conversas de Umberto Eco e Jean-Claude Carrière, organizadas por Jean-Philippe de Tonnac, transformam-se no livro _não contem com o fim do livro que está sendo lançado no Brasil pela Editora Record.
Além de escritor, Jean-Claude Carrière é dramaturgo e roteirista. Nasceu em 1931, trabalhou com Luis Buñuel, escreveu mais de 80 roteiros e é autor de mais de 30 livros. De Paris, Jean-Claude Carrière conversou com ÉPOCA sobre os diálogos com Umberto Eco, o livro, o futuro da leitura e a preservação da memória.

JEAN-CLAUDE Carrière, autor, com Umberto Eco, diz não contem com o fim do livro.
ÉPOCA - De quem foi a ideia de fazer o livro e como ele foi realizado?
Jean-Claude Carrière - Conheço Umberto há muito tempo. Temos mais ou menos a mesma idade. Já trabalhamos juntos em outro livro, há alguns anos. A idéia surgiu com o aparecimento do e-book, o livro eletrônico. Foi Jean-Philippe Tonnac, o jornalista que fala conosco no livro, quem teve a ideia. Ele falou com um editor, da Grasset, que imediatamente concordou em fazer o livro. Ele foi feito em vários tempos, quer dizer, primeiramente trabalhamos em Paris, na minha casa. Logo depois fui passar duas semanas na casa de campo de Umberto, na Itália. Nós trabalhamos muito, os dias inteiros, e em seguida revisamos as transcrições dos nossos textos orais. O material é apresentado como conversas, mas na verdade nós reescrevemos e retrabalhamos as falas. E Jean-Philippe de Tonnac organizou o material e dividiu-o em capítulos.
ÉPOCA - No texto, vocês se referem à permanência do livro considerando quase sempre o livro no papel. Em sua opinião, o que faz do livro um livro?
Carrière - Essa é uma pergunta que ninguém nunca se faz. Pois um livro é um objeto que nós lemos. Então, por exemplo, nós chamamos de “livro” um manuscrito da Idade Média, escrito à mão, que não é impresso. Da mesma maneira, nós chamamos de “livro” também o livro eletrônico. Então, um livro não é necessariamente um objeto impresso, cujas páginas a gente vira com o auxílio da mão. É um objeto que é lido e que tomou várias formas ao longo dos tempos. Mas nem foram tantas formas assim, afinal, desde o século XV, quando foi inventado o livro impresso, essa forma se manteve a mesma em todos os lugares do mundo. Ele continua sendo sempre o mesmo tipo de objeto e tudo leva a crer que assim continuará por um bom tempo. Como diz Umberto, é uma forma que foi encontrada, como um martelo, como uma colher, e que atende perfeitamente a demanda que temos para essa forma.
ÉPOCA - Em várias passagens do seu livro, o senhor demonstra uma grande preocupação com a preservação da memória. Que riscos correm o livro e a leitura?
Carrière - Confunde-se muito o livro e a leitura. Não é a mesma coisa. O livro é um objeto, a leitura é uma atividade. Será que a leitura está sendo ameaçada? Por ora, não. Absolutamente. Pois, para usar um computador e todos os objetos eletrônicos que nós utilizamos, é preciso saber ler. Além disso, utilizamos às vezes um certo vocabulário, ainda mais complicado, que é a linguagem do próprio computador. Há signos novos a serem aprendidos. Umberto e eu pensamos - e não somos os únicos - que cada vez que surgem novas técnicas, essas pretendem eliminar todas as outras. Por exemplo, quando o cinema apareceu, pensou-se que era o fim do teatro, da ópera e até mesmo o fim da literatura. De modo algum. O cinema ocupou um lugar entre as várias formas de expressão. Então, é provável que a leitura eletrônica seja extremamente útil para documentos, para cientistas, para juristas, e mesmo para mim às vezes será útil. E é muito provável que ela vá ocupar um espaço entre outras formas de leitura.
ÉPOCA - Se o senhor pudesse resumir, quais seriam as vantagens e as desvantagens dos livros digitais?
Carrière - Quando eu trabalhava com Luis Buñuel, em um filme que se chamava Via Láctea, e que trata das heresias da religião cristã, eu era obrigado a carregar comigo 50 livros sobre a história das heresias. Hoje, eu poderia carregar todos num e-book. Tomaria tempo para fazê-lo, mas seria muito mais cômodo para transportar. E até mesmo para consultar, porque eu poderia ter um sistema de referências que me permitiria ir diretamente ao assunto que gostaria de consultar.
ÉPOCA - E as desvantagens?
Carrière - O uso do livro digital não é igual ao uso do livro. O inconveniente é que lemos todos os livros no mesmo suporte, que não tem diferença de formato e que não tem diferença quanto à qualidade do papel, temos o mesmo objeto para ler coisas extremamente diferentes, ao passo que – pensamos Umberto e eu, como todos os admiradores do livro – há uma relação entre a forma de um livro, seu aspecto exterior, e seu conteúdo. Não é o caso do e-book, evidentemente, que é sempre o mesmo.
ÉPOCA - Há uma funcionalidade no Kindle que permite, ao sinalizar ou fazer anotações em um determinado trecho do livro, que outros leitores, que destacaram o mesmo trecho, possam ter acesso a esses comentários. Como o senhor vê essa possibilidade de compartilhamento, de socialização das observações, sendo a leitura um exercício tão íntimo, ao menos até hoje em dia?
Carrière - Sim, conheço isso, é extremamente útil para todos os trabalhos de pesquisa, de erudição, trabalhos científicos e da área do direito. Pode ser muito útil, pode prestar grandes serviços. Mas é também preciso dizer que o e-book já está obsoleto. Já está ultrapassado. Pois teremos no ano que vem uma nova geração de telefones celulares que nos colocarão diretamente em contato com as bibliotecas, ou seja, não teremos mais necessidade de abastecer o nosso e-book. É esse o problema no momento: o mais cansativo é colocar no e-book o que queremos levar na viagem, ou o que queremos consultar a seguir. A partir do momento em que tivermos outra engenhoca que poderá nos conectar com todas as bibliotecas do mundo, o e-book vai desaparecer.
ÉPOCA - Desde que os diálogos do livro foram gravados, algumas mudanças ocorreram no mercado de livros digitais. Uma delas, o surgimento do iPad, da Apple. Diante disso, o que o senhor acrescentaria ao que está dito no livro? Cabe alguma atualização?
Carrière - Isso não muda nada do que dissemos no livro, absolutamente nada. O verdadeiro problema da técnica contemporânea, que nós seguimos de perto – Umberto e eu somos espíritos totalmente abertos às novas técnicas -, é que elas ficam obsoletas muito rápido. É a rapidez extrema com que se sucedem as invenções. O número de vezes que mudamos nosso suporte para poder olhar filmes é impressionante. E nos custou muito dinheiro. A questão a se colocar é: será que esse desenvolvimento espetacular das novas tecnologias vai chegar a um ponto de parada? Será que em alguns anos se chegará a um objeto que será definitivo? É essa a verdadeira questão que todos ao nosso redor se colocam. Por ora, não se trata, de modo algum, de comprar um e-book, pois você sabe, com certeza, que o conteúdo que se coloca nos e-books não vai durar mais que cinco anos.
ÉPOCA - A propósito, o senhor acredita que com a conectividade e as outras tantas possibilidades dos livros eletrônicos, poderíamos ter uma espécie de livro vivo, um texto literário em constante atualização?
Carrière - De todo modo um texto nunca permanece igual. Ele muda de acordo com o leitor. Se você e eu lermos o mesmo texto, leremos cada um à nossa maneira. Não será o mesmo texto.

Liberdade é direito fundamental na internet


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Autor: Bernard Kouchner.
Fonte: O Estado de S. Paulo. Data: 14/05/2010.
Rede tem de ser considerada espaço internacional para evitar que regimes repressivos invoquem princípio da soberania
Em 2015, 3,5 bilhões de pessoas - o equivalente a metade da humanidade - terão acesso à internet. Nunca houve tamanha revolução na liberdade de comunicação e na liberdade de expressão. Mas como este novo meio será utilizado? Quais serão as novas distorções e obstáculos inventados pelos inimigos da internet? A tecnologia moderna nos proporciona o melhor e o pior. Sites e blogs extremistas, racistas e difamatórios disseminam discursos de ódio em tempo real. Eles transformaram a rede numa arma de guerra e intolerância. Páginas na internet são atacadas e usuários da web são recrutados para complôs destrutivos por meio de salas de bate-papo.
Movimentos violentos estão se infiltrando nas redes sociais para divulgar sua propaganda e informações falsas. Para as democracias, é muito difícil controlá-los. Não me incluo entre os ingênuos que acreditam que uma nova tecnologia, não importa o quão poderosa e eficiente, leva necessariamente a um avanço da liberdade em todas as frentes.
Seja como for, as distorções são a exceção, e não a regra. A internet é, acima de tudo, o mais fantástico meio para derrubar os muros e limites que nos isolam uns dos outros. Para os povos oprimidos que foram privados do seu direito de expressão e escolher o próprio futuro, a internet proporciona um poder que vai além de suas mais ousadas esperanças. Em minutos, notícias e imagens gravadas num telefone podem ser disseminadas por todo o mundo no ciberespaço. É cada vez mais difícil esconder uma manifestação pública, um ato de repressão ou uma violação dos direitos humanos. Em países autoritários e repressivos, celulares e internet abriram espaço para a opinião pública e a sociedade civil. Também deram aos cidadãos um meio fundamental de expressão, apesar de todas as restrições impostas.
Entretanto, a tentação de reprimir a liberdade de expressão está sempre presente. O número de países que censuram a internet, que monitoram os usuários da rede e os castigam por suas opiniões, cresce a um ritmo alarmante. A internet pode ser usada contra os cidadãos. Ela pode ser uma formidável ferramenta para a coleta de informações sigilosas para localizar dissidentes em potencial. Alguns regimes já estão adquirindo tecnologia de vigilância cada vez mais sofisticada.
Se todos aqueles que se dizem defensores dos direitos humanos e da democracia se recusassem a abrir mão de seus princípios e usassem a internet para defender a liberdade de expressão, a ocorrência deste tipo de repressão seria muito mais difícil. Não me refiro à liberdade absoluta que abre as portas para todo tipo de abuso. Ninguém está sugerindo a promoção desta ideia. Estou me referindo a uma liberdade real, que tenha como base o respeito à dignidade humana e aos direitos do homem.
União. Nos últimos anos, instituições multilaterais, como o Conselho da Europa, e organizações não-governamentais, como a Repórteres Sem Fronteiras, junto com milhares de indivíduos de todo o mundo, mostraram-se fortemente comprometidos com esses temas. Isso é prova - se é que uma prova ainda era necessária- de que a questão não coloca o Ocidente contra o restante do mundo. Reunidos para a Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação, 180 países reconheceram que a Declaração Universal dos Direitos Humanos aplica-se integralmente à internet, especialmente no que se refere ao Artigo 19, que estabelece a liberdade de expressão e a liberdade de opinião. Ainda assim, 50 países mostram-se incapazes de honrar o compromisso estabelecido.
Por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, na semana passada, reuni especialistas, líderes de ONGs, jornalistas, empresários e intelectuais. Os debates entre eles confirmaram minha convicção de que o rumo que desejamos seguir é o mais correto. Acredito que devemos criar um instrumento internacional para monitorar cada país no cumprimento do compromisso estabelecido entre os governos, responsabilizando-os quando este não for honrado. Acho que devemos oferecer ajuda aos dissidentes cibernéticos, que devem receber o mesmo tratamento dispensado às outras vítimas da repressão política e, numa colaboração estreita com as ONGs que trabalham com tais temas, demonstrar publicamente nossa solidariedade para com eles. Acho que devemos debater a sabedoria de se adotar um código de conduta em relação à exportação de tecnologias de censura à internet e de rastreamento dos usuários da rede.
Questões como estas, além de muitas outras - como a proteção dos dados particulares na internet e o direito de anistia digital irrestrita, defendido pela minha colega Nathalie Kosciusko-Morizet -, devem ser abordadas num contexto que reúna governos, sociedade civil e especialistas internacionais.
Há outro projeto que admiro muito. Implementá-lo será uma tarefa demorada e difícil, mas crucial. A ideia é conferir à internet um status legal de reflita sua universalidade - que a reconheça como espaço internacional, para que seja mais difícil que os governos repressivos usem o argumento da soberania contra as liberdades fundamentais.
A questão é fundamental. Acho que a batalha das ideias teve início com os defensores de uma internet aberta e universal de um dos lados e, do outro lado, aqueles que querem transformar a rede numa multiplicidade de espaços isolados uns dos outros para servir aos desígnios de um regime, da propaganda e de todos os tipos de fanatismo.
A liberdade de expressão é "o alicerce de todas as outras liberdades". Sem ela, não há "países livres", disse Voltaire. Este espírito universal do Iluminismo deve ser transmitido à nova mídia. A defesa das liberdades fundamentais e dos direitos humanos elementares deve ser prioritária para a governança da internet. Trata-se de algo que diz respeito a todos nós.
*Ministro Francês das Relações Exteriores e fundados da ONG Médicos sem Fronteiras. Matéria publicada originalmente na Global Viewpoint, com tradução de Augusto Calil.

Endereços da web estão no fim


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Fonte: Reuters. Data: 13/05/2010.
O mundo logo esgotará o número de endereços de Internet disponíveis, por conta da explosão no número de aparelhos conectados com a Web, a menos que as organizações adotem uma nova versão do Internet Protocol, declarou o presidente da organização que aloca os endereços IP.
Rod Beckstrom, o presidente da Icann, disse que apenas oito a nove por cento dos endereços ipv4 ainda estão disponíveis, e que as companhias precisam adotar o novo padrão ipv6 o mais rápido possível.
"Estão se esgotando," ele declarou à Reuters em entrevista. "A mudança realmente precisa ser realizada; estamos chegando ao final de um recurso escasso."
O ipv4, usado desde que a Internet se tornou pública, nos anos 80, foi criado com espaço para apenas alguns bilhões de endereços, enquanto a capacidade do ipv6 é da ordem dos trilhões.
Uma multiplicidade de aparelhos, entre os quais câmeras, players de música e consoles de videogames, estão se somando aos computadores e celulares na conexão à Web, e cada um deles precisa de um endereço IP próprio.
Hans Vestberg, presidente-executivo da fabricante de equipamentos para telecomunicações Ericsson, previu no começo do ano que haveria 50 bilhões de aparelhos conectados, até 2020.

Saraiva começa a vender livro digital


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Encontramos a loja de e-books da Saraiva
Autor: Vinicius Aguiari.
Fonte: INFO online. Data: 13/05/2010.
URL: http://info.abril.com.br/noticias/internet/encontramos-a-loja-de-e-books-da-saraiva-13052010-37.shl
SÃO PAULO - Prevista para ser lançada até o final deste mês, a nova loja da Livraria Saraiva, destinada a e-books, já pode ser vista online.
Em caráter experimental, a loja traz um catálogo, ainda pequeno, com livros sobre culinária, romances, autoajuda e carreiras.
A assessoria de imprensa da empresa não confirma se este será o layout definitivo da nova loja. O novo site pode ser encontrado no Google, em uma busca por "saraiva livro digital".
Os exemplares ainda não podem ser comprados. Segundo a INFO apurou, os arquivos terão o formato PDF e Epub. Um aplicativo especifico, desenvolvido pela Saraiva, será pedido para abri-los.
Gato Sabido (para e-readers) e Livraria Cultura (para computadores) são duas empresas que já comercializam livros digitais online no Brasil.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Brasil: mais cidades têm bibliotecas


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Fonte: Portal G1. Data: 13/05/2010.
URL: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/05/mais-cidades-tem-bibliotecas-mas-cai-total-de-municipios-com-livrarias.html
Mais cidades têm bibliotecas, mas cai total de municípios com livrarias
De 1999 para 2009, cresceu em 22% total de cidades com bibliotecas.
IBGE divulgou nesta quinta-feira (13) pesquisa com perfil dos municípios.

Veja os principais números do IBGE sobre os municípios brasileiros Das 5.565 cidades brasileiras, apenas 397 têm delegacias da mulher. Cresce o número de cidades com órgão exclusivo para Educação. Metrô está presente em 15 cidades com mais de 50 mil habitantes. O total de municípios brasileiros com bibliotecas públicas aumentou 22% entre 1999 e 2009, enquanto que o percentual de cidades com pelo menos uma livraria diminuiu 21%, aponta a nova edição da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados mostram que, em 1999, 76,3% dos municípios contavam com bibliotecas públicas, percentual que passou para 93,2% em 2009 - alta de 22,1%. No ano passado, conforme os dados, 5.187 cidades do país tinham bibliotecas.

Por outro lado, a parcela de cidades com livrarias caiu aproximadamente na mesma proporção, 21,1%. Em 1999, 35,5% das cidades do país tinham livrarias. No ano passado, o total dos municípios com livrarias foi de 1.557, 28% do total.

Considerando outros equipamentos culturais, como provedores de internet, lojas de discos, centros culturais, museus, cinemas e teatros, houve alta no percentual de cidades com os serviços.

De acordo com o IBGE, os dados sobre as bibliotecas devem ser usados pelo poder público para elaboração de políticas. "As bibliotecas públicas são equipamento de suma importância no país e têm a sua abrangência alargada nos últimos dez anos, o que, conforme vem sendo assinalado nas análises da pesquisa, exige do poder público uma atenção estratégica específica para este equipamento, uma vez que, além de sua função tradicional de acesso público à leitura, permite potencialmente a incorporação de outras formas de acesso audiovisual, multimídia ou à rede global de computadores", destaca a pesquisa.

Em relação ao menor percentual de cidades com livrarias, o instituto afirma que não se trata de redução da produção editoral no país. "A existência de livrarias nos municípios diminuiu nos últimos dez anos, embora também possa ser argumentado que isto não significa uma redução da produção editorial no país, pois outros meios de distribuição (internet, bancas de jornal e supermercados) ampliaram a venda de livros neste período."

Videolocadoras
A pesquisa também destaca o aumento de 8,9% de cidades com videolocadoras entre 1999 e 2009. Embora o total de cidades com o equipamento esteja maior em 2009 do que em 1999, houve um salto de cidades com locadoras em 2005 e 2006 - percentual chegou a 82% das cidades -, mas o número se reduziu a partir de então e atingiu 70% dos municípios no ano passado, mostram os dados do IBGE.

"Merece também atenção a amplitude alcançada pelas videolocadoras ao longo da década e a sua retração mais recente, podendo ser a isto atribuído a convivência com outras formas de acesso aos vídeos e filmes (televisão por assinatura e internet)", diz a pesquisa.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Alguns números do blogue 'A Informação'


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 Até ao dia 12.05.2010 contabilizamos:
  • 199.107 visitas únicas;
  • 194 seguidores do Blogue;
  • 267 fãs no Facebook;
  • 15 pessoas recebem as notícias do blogue via e-mail.
Variação do número de visitantes no último ano:

terça-feira, 11 de maio de 2010

Nova tradução: “Liberdade de informação”


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Foi recentemente publicada a tradução para o português da obra sobre a liberdade de informação.
MENDEL, Toby. Liberdade de informação: um estudo de direito comparado. 2. ed. Brasília: UNESCO, 2009. 172 p.
1. Direito a Informação 2. Informação Púbica 3. Acesso a Informação 4. Disseminação da Informação 5. Publicações Oficiais 6. Editoração 6. Legislação em Comunicação 7. Instrumentos Internacionais 8. Legislação Comparada 9. Organizações Intergovernamentais 10. África do Sul 11. Azerbaijão 12. Bulgária 13. Estados Unidos da América 14. Grã Bretanha 15. Índia 16. Jamaica 17. Japão 18. México 19. Paquistão 20. Peru 21. Quirguistão 22. Suécia 23. Tailândia 24. Uganda
PDF: 1,2 Mb.
URL: http://bit.ly/cUV5Gi
Resumo:
A importância do direito a informação ou do direito ao conhecimento é enfatizada cada vez mais por quem trabalha em prol do desenvolvimento, pela sociedade civil, por acadêmicos, pela mídia e pelos governos. Que direito é esse, trata-se realmente de um direito e como os governos procuram aplicá-lo? Estas são algumas das questões que o livro busca responder, fornecendo ainda um relatório acessível das leis e das práticas que dizem respeito à liberdade de informação e uma análise do que está funcionando e por que.
Este é um importante documento que precisa ser conhecido por aqueles que trabalham com a coleta, organização e difusão da informação.
Murilo Cunha

sábado, 8 de maio de 2010

Visualização da informação


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A tradutora dos números
Por que uma artista gráfica brasileira que transforma dados complexos em imagens simples foi eleita uma das mulheres mais influentes do mundo da tecnologia e dos negócios
Autor: Maurício Meireles
Fonte: Revista Época. Data: 7/05/2010.
URL: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI138964-15259,00-A+TRADUTORA+DOS+NUMEROS.html


OLHAR PESSOAL
Fernanda em seu escritório, em Boston. Ela descobriu a vocação ao criar um gráfico para organizar seus e-mails
A mente humana tem a habilidade inata de reconhecer padrões. Mas a gente não consegue usar esse dom quando depara com centenas de números ao mesmo tempo – seja desempenho da Bolsa de Valores, seja censo populacional ou indicadores sociais. A brasileira Fernanda Viégas, Ph.D. pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), um dos principais centros de inovação tecnológica, está ajudando a resolver esse problema. Aos 38 anos, ela acaba de entrar para a lista das mulheres mais influentes do mundo da tecnologia feita pela Fast Company, revista sobre tecnologia e negócios. Foi escolhida porque faz os números falar a língua de nossa mente. Sua empresa, a Flowing Media, que está completando seu primeiro mês, cria formas inovadoras e originais de organizar dados, de modo que qualquer pessoa entenda.

A formação de Fernanda não é convencional porque ela demorou a descobrir que profissão queria. Paulistana radicada no Rio de Janeiro, ela se desiludiu primeiro com a faculdade de engenharia química e depois com a de linguística. Conseguiu uma bolsa de estudos nos Estados Unidos e foi estudar educação na Universidade do Kansas. No meio do curso, resolveu trocar para design gráfico. Gostou, foi até o fim – e descobriu que não queria ser designer. “Até gostava, mas vi que não queria passar a vida desenhando capa de DVD.” Foi parar no laboratório de mídia do MIT, onde passaria os próximos sete anos. O laboratório reúne pessoas das mais diversas áreas de conhecimento – músicos, cientistas, designers – que têm a tecnologia como ligação.

Fernanda descobriu a visualização de dados em 2005, quando olhou para o arquivo de e-mails trocados com sua família nos últimos dez anos. “Eram minhas lembranças, minha história. E não havia nenhum jeito legal de olhar dez anos de mensagens”, diz. Ela criou um gráfico que mostrava os e-mails por palavras-chave, a partir dos assuntos mais falados no corpo das mensagens. “Foi emocionante.” A experiência mostrou como era possível usar técnicas de manipulação de dados, antes reservados a fins científicos, para se relacionar. “As pessoas que trocaram os e-mails se divertiam vendo os gráficos gerados, se lembrando dos momentos vividos. Dava para ver quando um começou a namorar outro pelos assuntos mais usados nas mensagens daquele período.”

Graças a criações assim, Fernanda foi contratada para trabalhar com gráficos na IBM. No final de 2007, foi uma das criadoras do projeto que a tornaria conhecida: o Many Eyes. O site permite que qualquer pessoa crie gráficos e que a comunidade de usuários contribua para encontrar padrões ou anomalias em qualquer volume colossal de dados. Antes do projeto, a visualização de dados era usada só para números. “Dois dias depois de o site ser criado, vimos que as pessoas queriam visualizar textos e não tínhamos suporte para isso”, afirma Fernanda. O problema foi resolvido. Nas eleições americanas, as pessoas começaram a analisar os discursos dos candidatos. Descobriram que as palavras mais comuns do discurso de posse de Obama eram “América” e “nação”, enquanto George Bush falava em “América” e “liberdade”.

Os americanos usaram os gráficos de Fernanda para comparar os discursos de Obama e George Bush
É a primeira vez que uma técnica de uso científico chega às mãos das pessoas comuns. Para atingi-las, Fernanda e seu sócio também criaram a exposição A mente elástica, que entrou para a coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA. “Gostamos de usar a técnica para visualizar coisas que nunca tinham sido vistas dessa forma”, diz. Partindo desse princípio eles criaram o Mapa da Carne, um gráfico interativo que permite ao usuário ver onde mulheres querem ser tocadas e onde os homens querem tocá-las, e vice-versa. Seguindo o mesmo conceito, há o Web Seer, que faz relações entre os resultados de buscas do Google. Ao digitar Flamengo e Corinthians no site, nota-se que há uma interseção de interesses entre quem faz essas duas buscas (leia o gráfico ao abaixo). É provavelmente o que as torcidas têm em comum.

Por que algo assim é importante? Governos e empresas têm oferecido mais informações públicas na internet. O Banco Mundial acaba de colocar em seu site números sobre indicadores sociais em todos os países. Mas é difícil saber o que fazer com tanta informação. No Many Eyes, as pessoas podem usar esses números para fazer análises. É o fenômeno que o crítico e escritor Howard Rheingold chamou de “multidão inteligente” – quando todas as pessoas participam da construção do conhecimento. Para isso funcionar, a visualização precisa ser fácil e atraente. Essa é a meta de Fernanda. Mergulhadora há dez anos, ela se inspira no mundo submarino: “No dia que criar um gráfico tão bonito como uma anêmona, penduro as chuteiras”.


O QUE ELES TÊM EM COMUM?
O site Web Seer, criado por Fernanda, compara resultados de buscas no Google. A comparação entre Flamengo e Corinthians mostra as semelhanças nos resultados.

Workshop "O que é a Web 2.0?"


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O Goethe-Institut Portugal e a BAD organizam o workshop "O que é a Web 2.0?" - Software social para bibliotecas, de 18 a 19 de Maio de 2010, em Lisboa.

Videojogos e Web 2.0: Desafios para a formação dos bibliotecários


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Com a transformação da internet numa ferramenta de comunicação e informação à escala global, a validação e legitimação da profissão dos bibliotecários torna-se cada vez mais uma necessidade.

Conseguirão os bibliotecários acompanhar as evoluções tecnológicas de ponta? Como se alterou a aprendizagem e, em consequência, o utilizador? O que significam os novos media como os videojogos e a Web 2.0 para o trabalho futuro do bibliotecário e como é que isso irá influenciar a sua formação profissional?

No âmbito do projecto “Realidades Virtuais”, o Goethe-Institut Portugal, em colaboração com a BAD, o Instituto Franco-Português, o Instituto Cervantes, o Instituto Ibero-Americano da Finlândia e o Instituto Italiano de Cultura organiza a conferência internacional “Videojogos e Web 2.0: desafios para a formação dos bibliotecários”, que irá contar com a presença de especialistas de Portugal, da Alemanha, de França, de Espanha, de Itália e da Finlândia.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mosteiro de Salvador recupera livros raros


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Fonte: Bom Dia Brasil. Data: 4/05/2010.
URL: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/05/mosteiro-de-salvador-recupera-livros-e-textos-raros-dos-seculos-xvi-e-xvii.html
Sabe aqueles livros antigos com as páginas amareladas, caindo aos pedaços? Em Salvador (BA), um acervo de obras raras está sendo recuperado graças à tecnologia da digitalização.
Uma fotografia para cada livro. Tudo precisa ser cuidadosamente registrado. Páginas frágeis, amareladas pelo tempo. São livros raríssimos, que depois de séculos de leitura agora precisam ser restaurados.
“Nós estamos falando de uma equipe de cinco, seis pessoas trabalhando diariamente”, contabiliza o diretor de restauro, Dom Ângelo Alves de Oliveira.
Vinte livros raros que pertencem ao acervo do Mosteiro de São Bento, em Salvador, passaram por esse processo. O trabalho durou um ano e seis meses. Depois da restauração, cada livro foi digitalizado. Agora, basta um clique na internet para voltar ao século XVII e ler os seis volumes dos sermões do Padre Antônio Vieira.
“É um trabalho pioneiro na ordem dos beneditinos. Poucos mosteiros no mundo, da nossa ordem, mesmo na Europa, abriram seus acervos de livros e textos raros para a comunidade”, compara o abade do mosteiro beneditino, Dom Emanoel D'able do Amaral.
Agora serão digitalizados mais 25 livros. É a segunda etapa do projeto. Dessa vez serão priorizadas obras dos séculos XVI e XVII, entre elas, estão textos de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Um dos livros se encontra em péssimo estado. É uma obra de São Tomás de Aquino, “Teologia Escolástica Dogmática” que agora segue para a etapa de restauro.
“Os Lusíadas”, do escritor português Luis Vaz de Camões, também está na lista de restauração. Uma sala do mosteiro guarda mais de dez mil livros raros. A ideia é que todos eles sejam recuperados.
“Não dá para trabalhar gostando um pouquinho, a gente se encanta. Vai chegando cada vez mais gente, todo mundo trabalha com a mesma emoção. Todo dia é uma descoberta legal”, informa a filóloga e coordenadora do projeto Alícia Duhá Lose.

Aumenta a venda de livros espíritas


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Onda espírita no cinema aumenta venda de livros
Fonte: O Estado de S. Paulo. Data: 03/05/2010.

Em 2008, o sucesso além do esperado de "Bezerra de Menezes - O Diário de um Espírito", uma produção despretensiosa que acabou vista por 505 mil brasileiros, já havia chamado atenção para o apelo dos filmes com temáticas espiritualistas. Este ano, com o centenário do médium Chico Xavier, assuntos como vida pós-morte, reencarnação e psicografia estão tomando os cinemas - vão de "Chico Xavier, O Filme", dirigido pelo ateu Daniel Filho e visto por mais de 2,7 milhões de brasileiros em um mês, a projetos menores, tocados por produtores e diretores espíritas que, mais do que lucrar, desejam ver mensagens edificantes espalhadas por aí.

O ''fenômeno'' tem reflexos no mercado editorial: a biografia "As Vidas de Chico Xavier" (Planeta), do jornalista Marcel Souto Maior, na qual o filme é inspirado, está sendo reimpressa com uma tiragem de 30 mil exemplares, tamanha a procura nas lojas. O livro está em quinto lugar nas listas dos mais vendidos, na categoria ''não-ficção'' e será relançado pela Leya em junho. Em segundo lugar, aparece outro de Souto Maior, "Chico Xavier - A História do Filme de Daniel Filho" (Leya), com fotos e lances interessantes do set. Há quem vá do cinema direto para a livraria.

As publicações atribuídas a espíritos e psicografadas pelo médium também estão saindo como nunca. "Não só as vendas dos livros estão crescendo por causa do filme, mas também o número de pessoas que procuram as casas espíritas", conta Geraldo Campetti, diretor executivo da Federação Espírita Brasileira, que edita 88 dos 412 livros que Chico psicografou. O best-seller é "Nosso Lar", com dois milhões de exemplares. O título também virou filme, dirigido por Wagner de Assis e com Othon Bastos e Rosanne Mulholland no elenco. A estreia está prevista para setembro.

Espírita, o empresário Luiz Eduardo Girão, produtor de "Bezerra de Menezes" e co-produtor de "Chico Xavier", não enxerga nas muitas iniciativas uma ''onda'' que passará ao virar o ano. "É um gênero que veio para ficar. O Brasil vai acabar exportando esses filmes. O verdadeiro Pré-Sal brasileiro é essa literatura espírita", arrisca Girão, que cita os livros da médium Zibia Gasparetto (12 milhões de exemplares vendidos) como fontes de inspiração para novos roteiros. Dois deles já estão sendo desenvolvidos para o cinema: "Ninguém É de Ninguém" e "Pelas Portas do Coração".

Dirigido pelos cearenses Glauber Filho - que assina também "Bezerra de Menezes" - e Halber Gomes, "As Mães de Chico Xavier" começou a ser rodado mês passado em Guaramiranga, a 110 quilômetros de Fortaleza. O lançamento deve ser no fim do ano. Mais uma vez, Nelson Xavier vive Chico. Tem mais: filmado em Itapira (SP), "E a Vida Continua", com direção do ator Paulo Figueiredo e baseado em obra de Chico, deve sair em junho.

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