sexta-feira, 30 de novembro de 2007

A história da destruição dos livros


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Bárbara Dal Fabbro
Fonte: http://www.cotidiano.ufsc.br

Neste momento, enquanto você lê essas linhas, pelo menos, um livro está desaparecendo para sempre. A morte de uma obra literária é uma regressão, um retrocesso, já que com ela se vão ideais, pensamentos, sentimentos, conhecimento e até sonhos.
O que faz uma pessoa destruir um livro? Queimá-lo, rasgá-lo ou mesmo rasurar suas páginas? Essas perguntas, com certeza, permearam os pensamentos do escritor venezuelano Fernando Báez. O interesse pelos volumes destruídos ou perdidos remonta de sua infância, desde os cinco anos de idade os livros eram seus únicos amigos. Báez freqüentava a biblioteca pública de sua cidade, São Félix, que infelizmente foi destruída numa inundação do Rio Caroni. O garoto perdeu seu porto seguro, seus amigos.
Para escrever a História universal da destruição dos livros, o autor realizou uma extensa pesquisa bibliográfica. Foram doze anos estudando os casos mais célebres de destruição de bibliotecas por causas naturais ou humanas. Desde a maior biblioteca do mundo, a impressionante Alexandria, passando pela censura dos inquisidores católicos, para a grande queima de 1933, na Alemanha pelos nazistas, até a recente tragédia que atingiu o Iraque, o primeiro memoricídio do século XXI.
Baéz nos convida a viajar com ele através dos séculos e eras ao encontro das catástrofes naturais e humanas que dizimaram não só milhões de pessoas, mas também milhões ou, talvez, bilhões de livros. São mais de sete mil anos de histórias e números que assombram por sua magnitude e concretude.
A queima de exemplares é o modo mais comum da destruição de milhares de bibliotecas em todo o mundo ao longo dos tempos. Para os guerreiros antigos, queimar a biblioteca do inimigo era a consagração de sua vitória. Para as mitologias antigas, períodos de destruição e criação eram as únicas alternativas do universo: destruir o passado para assim renovar o presente. Parece que a antigüidade está mais presente hoje do que antes.
A destruição voluntária causou o desaparecimento de 60% dos volumes. Fora aqueles que foram destruídos por não serem publicados. O número de livros perdidos e destruídos é incalculável, já que existem registros apenas das grandes destruições relacionadas a bibliotecas que possuíam catálogo de tomos. Quanto à perda relacionada a coleções particulares ou que não possuíam catalogação não é possível mensurar, mas o número tende a ser desalentador.
A leitura, ou anagnoosis, era restrita aos sacerdotes e representantes de Deus. É apenas nas cidades gregas que ler e escrever passa a ser comum. O século V A.C. é um marco para a difusão do conhecimento, já que é através da Revolução Cultural que a escrita se impõe sobre a fala, sobre a informação pautada na oralidade.
A destruição começa na Suméria, onde os livros surgem há aproximadamente 5.300 anos. Não só as escritas evoluíram com os séculos, mas também os suportes em que os livros eram impressos. No começo, eram as tablitas de argila, depois os egípcios inventaram o papiro, em seguida, o pergaminho era o material mais utilizado e, finalmente, a invenção chinesa do papel, em que são impressos até hoje.
História Universas traz dados que nos fazem querer entender o porquê de os homens serem tão destrutivos e o quanto da cultura e conhecimento de todos os povos foi extinta para sempre. É aflitivo pensarmos que, apesar de todos os exemplares gregos a que temos acesso, 75% de toda a literatura, filosofia e ciência se perdeu.
O conhecimento sempre causou encantamento e temor nos homens, principalmente nos governantes. Foi nos livros, seu meio de difusão, que toda a admiração e ira foram concentrados, originando ações pró, como a bibliofilia de Aristóteles e dos bizantinos, e contra, na biblioclastia do imperador chinês Shi Huandi (O Destruidor) e do primeiro líder hebreu, Moisés.
O interesse em relatar essa relação dúbia que os homens possuem com os livros - tal como fizeram Richard de Bury e Terêncio Varrão - e o desejo de vingar a biblioteca de sua cidade natal fizeram com que Fernando Báez publicasse esse exemplar que foi traduzido para 12 idiomas e é hoje considerado uma referência no tema. Leitura obrigatória para os amantes de livros.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A era do tecnoestresse


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Fonte: Correio Braziliense, Brasília. Suplemento de Informática
Data: 27/11/2007

Ele vive cercado por uma parafernália eletrônica. Um computador para baixar desenhos japoneses e games, laptop para conversar com os amigos no MSN e bisbilhotar o Orkut, além de aparelho de som, televisão, guitarra elétrica, celular, iPod. Esses são os companheiros inseparáveis, mas também responsáveis por momentos de angústia do funcionário público Cássio Ferreira Magalhães, 28 anos.
Há algumas semanas, quando faltavam 5% para terminar o download de um programa, Cássio ficou desesperado com a possibilidade da conexão da internet cair e decidiu ficar acordado até o fim do processo. 'A ansiedade e o desespero me consomem diariamente. Vivo cansado e com dores de cabeça. Mas não tem jeito, não abro mão da tecnologia. Eu preciso estar atualizado', diz ele. 'Cheguei ao ponto de desligar o celular para ninguém me achar', revela a tática usada para afastar os amigos.
Ainda não é possível precisar ao certo quantos eles são, mas em uma sociedade onde a demanda por informação é crescente, o número de pessoas com estresse tecnológico, assim como Cássio, aumenta na mesma velocidade em que produtos tecnológicos são despejados no mercado. Um dos problemas identificados é a tendência dos aparelhos eletrônicos ficarem cada vez mais compactos e integrarem várias funções simultâneas: checar e-mail, acessar a web, telefonar. A exposição massiva e constante à informação em tempo real exige enorme disciplina por parte de quem os utiliza. Do contrário, as seqüelas podem ser graves.
'Com a internet, por exemplo, as pessoas não têm noção do total de informação disponível. Por isso, começam a usar os recursos tecnológicos sem ter um foco e têm dificuldade de limitar e controlar o uso da tecnologia. Algumas precisam tomar remédio controlado tamanha ansiedade', ressalta a professora e psicóloga do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), Suely Sales Guimarães. Segundo uma pesquisa realizada pela Internacional Stress Management Association (Isma-BR), que ouviu 1,2 mil profissionais entre 25 e 55 anos, de Porto Alegre e São Paulo, 60% dos entrevistados apresentaram sintomas de um tecnoestressado.
Desconfortos como dor de cabeça, cansaço crônico, falta de apetite sexual, insônia e ansiedade estão entre as conseqüências apontadas no levantamento feito pela Isma. Dos entrevistados, 83% disseram sofrer de ansiedade, 63% reclamaram de cansaço crônico (constante), 22% indicaram falta de apetite sexual e somente 18% conseguiram reduzir o uso da tecnologia. 'Trata-se de um fenômeno mundial e bastante preocupante, já que a maioria das pessoas não consegue relacionar os sintomas ao uso da tecnologia por falta de conhecimento', alerta Ana Rossi.
O empresário Luis Benebez, 45 anos, só percebeu os malefícios causados pelo uso do celular e do notebook quando afetou o relacionamento com a família. 'Estava sempre cansado e nervoso, mas achava que era estresse do dia-a-dia. Depois do tratamento, descobri que a tecnologia criava uma ansiedade diária de informação e eu acabava brigando com a minha ex-mulher e meu filho', conta. Após um ano de tratamento com psicólogo, Luis agora desliga o celular antes de dormir e usa o notebook somente no horário de expediente. 'Consegui organizar meu tempo e, hoje, fico mais tempo com a família, faço esportes e aumentei minha produtividade no trabalho', diz.
Ao pensar que viver longe da tecnologia seria a única a forma de tratamento, o comerciante Carlos de Andrade*, 32 anos, relutava em procurar ajuda. 'Não podia ficar sem navegar um dia. Quando a internet caía, eu suava frio. Mas também não queria perder minha esposa', relembra. Prestes a pedir a separação, a esposa de Carlos, Joana de Andrade*, 30 anos, descobriu que, ironicamente, poderia usar o instrumento de vício do marido a seu favor e entrou em contato com a Clínica da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Lá os viciados em internet podem ser tratados por e-mail, sem se identificar.
'O atendimento eletrônico não exclui o atendimento pessoal. A finalidade é sensibilizar e orientar o paciente a buscar uma psicoterapia', explica a coordenadora do projeto, Rosa Sarah. Os casos variam de acordo com a época, mas a maior parte tem relação com traições online, jogos digitais e, claro, o excesso de tempo que as pessoas passam na rede. 'Quando há preocupação com o tempo que alguém fica conectado, dificilmente é o próprio doente, mas alguém próximo que entra em contato conosco', conta Rosa. 'Não há um padrão de ajuda. Cada caso reportado é avaliado de forma individual, e recebe um tratamento diferenciado'.
O grupo trabalha com assuntos ligados à tecnologia desde 1995. Para Joana, o auxílio eletrônico foi fundamental para tratar o marido e salvar o casamento. 'Depois da orientação online, ele finalmente procurou um psiquiatra. Hoje, ele tem consciência de que não é preciso abandonar a tecnologia e, sim, aprender a conviver com ela', diz Joana.
*Nome fictício para preservar a identidade da fonte

O risco- internet: por que desconfiam tanto da Wikipédia?


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Autor: Carlos Castilhos
Fonte: Observatório da Imprensa, Rio de Janeiro. Data: 27/11/2007

E não é só a enciclopédia virtual que está na berlinda em matéria de credibilidade em produtos informativos na internet. Quase todos os projetos baseados na produção coletiva de informações também são questionados fortemente, alimentando uma polêmica que em alguns momentos chega a ser passional.
É que os novos sistemas digitais mexem com valores e com atitudes relacionadas à forma como as pessoas decidem no que vão acreditar. As pessoas sentem-se incomodadas na discussão sobre credibilidade da Wikipédia porque a veracidade, confiança e exatidão das informações publicadas pela enciclopédia virtual obedecem ao que os especialistas chamam de lógica probabilística, baseada em cálculos estatísticos.
Esta lógica não estabelece o que é certo ou errado, mas o que pode estar mais próximo ou mais longe da verdade, sem nunca chegar até ela. A probabilidade é apenas um cálculo que nos permite identificar possibilidades dentro da avalancha informativa gerada pela internet.
A massa de dados disponíveis hoje na Web ultrapassou em muito a capacidade processadora dos cérebros humanos. O progresso impôs o uso do cálculo eletrônico como única alternativa, provocando uma mudança radical de paradigmas.
Por gerações e gerações nossa sociedade foi educada para acreditar numa certificação de credibilidade conferida por pessoas de notório saber ou por instituições como a Igreja, as bibliotecas, osintelectuais e as universidades, tidas como guardiãs do conhecimento universal.
Esta mudança de modelo de certificação trouxe como conseqüência uma situação em que as leis da probabilidade sacrificam a exatidão em escala micro para otimizar os macro-resultados. Trocando em miúdos e pensando na Wikipédia, isto significa que hoje sabemos muito mais sobre muitas coisas, mas quando examinamos com lupa cada informação, é possível que muitas apresentem erros.
É o preço que pagamos para ter a nossa disposição quase 1 milhão de textos na Wikipédia enquanto a Enciclopédia Britânica mal chega aos 100 mil. O mesmo processo acontece nos weblogs. No seu conjunto eles publicam um volume de notícias e informações superior ao da imprensa convencional.
Vistos globalmente, eles apresentam um índice de exatidão, atualidade, diversidadee contextualização muito maior do que o dos jornais e a televisão, por exemplo. Mas se formos examinar individualmente os blogs, as frustrações e desilusões informativas podem ser grandes.
Até agora, a Britânica e as publicações acadêmicas eram a parada final na busca por informações confiáveis. Hoje, os hábitos informativos estão mudando rapidamente, pois tanto a Wikipédia e como os blogs são considerados apenas o primeiro passo. Cada vez mais se consolida a procura da diversificação de fontes como a melhor receita para evitar o erro.
Os sistemas baseados em probabilidade estatística não são novos. A economia capitalista os utiliza intensivamente, desde que Adam Smith escreveu sobre o comportamento dos mercados consumidores. Charles Darwin também usou a probabilidade para estudar a evolução das espécies.
As bolsas de valores e a indústria cinematográfica de Hollywood adotam a lógica probabilística dos chamados mercados de previsão para antecipar tendências. Todos os sistemas de loterias apóiam-se na estatística e os advogados usam a fórmula probabilística do Teorema de Condorcet para prever o comportamento dos membros do júri em tribunais.
A informação está entrando também na era da probabilidade.
Na verdade o que mais perturba as pessoas é o fato de que estamos saindo de uma era onde acreditávamos ter certezas absolutas para outra onde predominam as verdades relativas. Isto nos transmite uma sensação de insegurança, que é bastante incômoda e exige um esforço de adaptação. É desconfortável acostumar-se a saber que sempre existe margem para dúvida, até mesmo em questões físicas, como o ponto de ebulição da água. Quanto mais quando se trata de informação jornalística.
Comentário:
A wikipedia é inegavelmente uma fonte de informação com alto poder de penetração junto aos usuários da web. Ela, muita vezes, é questionada quanto à sua qualidade e acuidade das informações contidas em seus verbetes. Estudos comparativos recentes entre ela e a Enciclopédia Britannica mostram percentuais parecidos de erros ou omissões, caindo por terra a alegada falta de qualidade da Wikipedia. Esta, por sua vez possui uma qualidade ainda inexistente na Britannica: a possibilidade de atualização quase em tempo real.
Murilo Cunha

Internet é mais cara em países pobres que em ricos


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Fonte: Zero Hora, Porto Alegre.
Data: 28/11/2007
Especialista afirma que poder de negociação com EUA influi no valor

Um cidadão de Manaus paga cerca de 1.600% a mais pelo uso da internet do que um morador da Europa ou dos Estados Unidos. Tal distorção é causada, entre outros fatores, pela hegemonia dos americanos na administração dos domínios (propriedade dos endereços dos sites). Essa foi a conclusão desta terça-feira de painel da 6ª Oficina para a Inclusão Digital, que ocorre em Salvador até o próximo dia 29. Segundo Carlos Seabra, diretor de Tecnologia e Projetos do Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos (Ipso), é necessário o engajamento da população para que o acesso à rede mundial seja democratizado.
— Quanto mais pobre o país, mais as pessoas pagam, e dentro do país também existem diferenças. A população que está sendo incluída digitalmente precisa entender o que se passa política e economicamente para termos uma cidadania participativa — afirmou.
Mediada por Seabra, a mesa contou com a presença de Carlos Afonso, representante da sociedade civil no Comitê Gestor da Internet Brasil, e de José Alexandre Bicalho, representante da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A proposta foi fazer um balanço sobre os resultados do Fórum de Governança da Internet (IGF), que aconteceu em novembro, no Rio de Janeiro.
— As pessoas devem ter mais consciência do que está por trás da inclusão digital. Temos de entrar nas discussões de governança de forma pesada. Se um país como Ruanda quer se conectar à internet, tem que pagar um dinheirão, ao passo que a Austrália, quando vai se conectar, paga muito menos, porque eles têm um poder de negociação maior com os Estados Unidos — declarou Seabra.
No debate, também foram apresentados indicadores do uso da internet no Brasil. Para Seabra, a internet pelo celular pode se converter em uma maneira de ampliar o acesso à rede mundial de computadores. A neutralidade na transmissão de dados também foi foco das discussões. Seabra diz que há provedores de acesso, no Brasil, que reconhecem quando o usuário está no site do concorrente e, por isso, torna a conexão mais lenta para aquela página.
Comentário:
O alto custo do acesso à internet nos países pobre é um dos fatores que dificultam a ampliação do percentual de acesso por parte da população. Acrescenta-se também o fato de que os conteúdos informacionais nas línguas faladas nesses países também atingem percentuais minoritários. Essa situação precisa ser alterada no sentido de incrementar o nível de inclusão digital por parte dessas populações carentes.
Murilo Cunha

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Seminário "20 anos de leitores e bibliotecas"


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Dia 30 de Novembro, Sexta-feira.

O Seminário “20 anos de Leitores e Bibliotecas” que encerra o programa das comemorações dos quinze anos do edifício da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, dirige-se a bibliotecários e responsáveis de bibliotecas, e visa promover a reflexão e o debate sobre os desafios que enfrentam as bibliotecas integradas na Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP), 20 anos após a sua criação.

Haverá dois painéis, dedicados respectivamente, à criação e ao desenvolvimento da RNBP, e aos desafios das bibliotecas e dos profissionais da informação.

Aceda ao programa e à ficha de inscrição

Arquivo Nacional de Angola quer cooperação portuguesa


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O Arquivo Nacional de Angola possui um importante acervo documental datado entre os séculos XVIII e XX, período de vigência da Administração Colonial Portuguesa. Em início de criação, o arquivo pretende oferecer condições para o estudo da História de Angola. Objectivos que Rosa Cruz e Silva, Directora do Arquivo de Angola, expôs em Lisboa, em conferência realizada no Arquivo Histórico Ultramarino, do Instituto de Investigação Cientifica e Tropical.

Na conferência intitulada «Arquivo Histórico de Angola versus a investigação histórica», a responsável angolana citou os trabalhos levados a cabo no arquivo de Angola, referindo que «o trabalho tem consistido essencialmente na recolha, tratamento e divulgação de documentos referentes ao processo de colonização».

Um trabalho que tem sido difícil pois a Guerra, após a Independência, «destruiu grande parte dos acervos, apesar de ainda ter sido possível recolher alguns nas províncias pelo país», refere a investigadora.

[...]

«Era fundamental que os arquivos em Portugal, como é o caso do Arquivo Histórico Ultramarino, arquivos estrangeiros e de províncias angolanas fizessem chegar até nós essa informação» pede a especialista e reforça que só assim será possível no futuro «enriquecer o legado já existente e disponibilizar informações de grande valor histórico-cultural contribuindo para o aumento da produção historiográfica do nosso país».

Divulgar o trabalho desenvolvido pelo Arquivo Nacional de Angola e apelar à cooperação entre os arquivos portugueses foi o objectivo da Directora Angolana com a intervenção no II Ciclo de Conferências Ciência nos Trópicos, do Instituto de Investigação Científica e Tropical.

Aceda ao texto completo da notícia em: TV Ciência

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Biblioteca na palma da mão


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Fonte: Veja, 26/11/2007
Os primeiros livros feitos com tipos móveis renováveis, predecessores das publicações atuais, surgiram no século XV e semearam uma revolução. Transformaram a leitura em algo popular. Estaremos assistindo a uma nova revolução no conceito de livro? Na semana passada, a Amazon, a maior entre as livrarias on-line, lançou o Kindle,aparelho para ser usado na leitura de textos em formato digital. Não é o primeiro desse tipo de produto, chamado genericamente de e-reader. Mas tem um encanto especial: a conexão direta com a Amazon sem a intermediação de um computador. A livraria oferece 88.000 títulos para download. Há também uma seleção de jornais americanos e europeus, 250 blogs e a Wikipedia, a enciclopédia da web. Nenhum concorrente chega perto em número de publicações.
O conteúdo é baixado para o Kindle por telefonia celular, sem custo para o usuário. Já os livros e jornais precisam ser pagos. Um título recém-lançado sai por 9,99 dólares. Obras de catálogo são vendidas por menos de 1 dólar. Seja qual for o número de páginas da obra, o tempo de download não chega a ser um problema. O aparelho armazena em torno de 200 livros. O teclado permite consulta a textos arquivados eà Wikipedia. 'O Kindle pode não substituir os livros, mas faz coisas que eles não fazem', disse Jeff Bezos, dono da Amazon, no lançamento do produto. O Kindle não é barato – custa 399 dólares, o preço de um iPhone. Pesa 300 gramas. É ligeiramente mais grosso que um lápis e tem o formato aproximado de um livro-padrão. Ou seja, pode ser carregado numa pasta sem causar incômodo. O visor, com 15 centímetros na diagonal, usa tecnologia criada pela E-Ink, empresa que nasceu no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). A tela é constituída por cápsulas microscópicas, preenchidas por pigmentos pretos e brancos. Estes são ativados por uma corrente elétrica, formando as letras. Ao contrário dos computadores e dos celulares, quanto mais claro o ambiente, mais nítida fica a tela.
Os e-readers surgiram no fim dos anos 90. Nenhum deles emplacou. Pioneiros comoo SoftBook e o Rocket eBook eram caros (500 dólares), pesados (1,5 quilo) e tímidos em termos tecnológicos (nem sonhavam com downloads por rede sem fio). A Sony produziu duas versões de livros digitais entre 2004 e 2006: o Librié e o Reader. O primeiro naufragou. O segundo tem vendas modestas.Tornou-se um produto de nicho. Em 2006, surgiu o iLiad, da iRex Technologies. Era mais leve que os primogênitos, mas ainda assim pesado: quase 400 gramas. A oferta de amplo conteúdo permite à dupla Kindle-Amazon um sonho mais ambicioso: representar para o mercado editorial o que outra dupla, a Apple-iPod, significou para a indústria fonográfica – uma reviravolta monumental.
Comentário:
Será que chegou a hora do livro eletrônico? Esta pergunta tem sido formulada nos últimos dez anos e até agora a indagação não foi plenamente respondida. À semelhança de equipamentos de leitura lançados no passado o Kindle também poderá enfrentar resistências. Mas, de qualquer forma, parece que o leitor do livro eletrônico ideal está próximo e, provavelmente, muitas mudanças poderão ocorrer com o livro eletrônico.
Murilo Cunha

Jovens alertados para perigo das redes sociais


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Os dados que são revelados hoje em dia nas redes sociais podem colocar em perigo o futuro de milhões de jovens.

O alerta é dado pelo ICO (Information Comissioner’s Office) britânico. Mais de metade dos utilizadores de redes sociais facilmente cede os seus dados, se lhos pedirem. Foram analisadas 2000 respostas, de jovens dos 14 aos 21 anos. Destes, 71% preferem que os seus colegas ou patrões façam uma pesquisa pela Net com o seu nome antes de retirarem algum material.

Para além de serem publicados dados particulares, estes são facilmente partilhados com desconhecidos, aceitando como amigos, pessoas que não se conhecem. Datas de nascimento, morada pessoal e cargo exercido são alguns dos dados que podem resultar em roubo de identidade ou pôr em causa o futuro destes jovens.

No entanto, 95% dos inquiridos mostra-se preocupado com o facto de os seus dados serem passados para anunciantes ou outros sites. Mais de metade preocupa-se «muito» com a forma como os seus dados pessoais vai ser usada. Ou seja, as pessoas publicam os seus dados com alguma facilidade, mas estão conscientes do risco que correm.

Fonte: Exame Informática

sábado, 24 de novembro de 2007

Estudo "O Papel da Sociedade da Informação no aproximar das Regiões"


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A APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação apresentou, no dia 25 de Setembro, o estudo "O Papel da Sociedade da Informação no aproximar das Regiões".
Neste analisam-se as possibilidades de exploração das novas tecnologias da informação e comunicação na fixação das populações e no desenvolvimento das regiões mais periféricas e desfavorecidas.


Aceda ao estudo "O Papel da Sociedade da Informação no aproximar das Regiões" (PDF | 946 kb)

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A sabedoria das multidões


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Foi publicado em 2004 mas desconhecia-o até há pouco tempo. Ainda não o comprei mas pelo que pude ler por aí A Sabedoria das Multidões (The Wisdow of Crowd) é um livro a não perder.

Vejam aqui uma entrevista esclarecedora do pensamento de James Surowiecki feita por Paulo Querido.

Comentários ao livro:

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

É que vale mesmo a pena ler...


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Descobri-o no princípio deste ano mas não consigo deixar de o ler. Fabiano Caruso consegue descrever a realidade brasileira, no campo da informação, do estudo de bibliotecnomia e não só, de uma forma acutilante. Começo a pensar se não existirá como que um género de código genético português para determinados comportamentos...
Para dissipar agumas dúvidas deixo o link para um dos seus últimos post's: Richard Feynman - O Americano, outra Vez!

Outra sugestão é o TechCrunch, um blog bastante interessante sobre novas tecnologias, produtos e empresas web. Têm ainda uma, digamos, componente de acompanhamento de start-ups que para quem quer saber sempre as ultimas tendências é muito útil.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Dicionário Eletrônico de Terminologia em Ciência da Informação


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Foi apresentado, no passado dia 6 de Novembro de 2007, o Dicionário Eletrônico de Terminologia em Ciência da Informação (DeltCI), encontrando-se disponível no endereço: http://www.ccje.ufes.br/dci/deltci/

Este projecto resulta da cooperação institucional estratégica entre a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), a que pertence o grupo da Ciência da Informação (integrante da Secção Autónoma de Ciências da Comunicação, responsável, juntamente com o Departamento de Electrotecnia e Computação da Faculdade de Engenharia da mesma Universidade, pela Graduação e Mestrado em Ciência da Informação) e o Departamento de Ciências da Informação da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Brasil.

Este projecto ainda se encontra numa versão beta, prevendo-se para breve a disponibilização de mais funcionalidades.

Este projecto pretende-se assumir como um “despretensioso instrumento teórico-conceptual que provoque ou contribua para provocar um debate epistemológico sério e frutífero em torno da (re)construção da Ciência da Informação e possa ser um instrumento fecundo no âmbito do trabalho pedagógico com alunos de graduação e pós-graduação no Brasil, em Portugal e pelas "sete partidas do Mundo"...”.

Eu encontro-me associado a este projecto, nomeadamente como membro do grupo de Coordenação Científica e Técnica - responsável pelo planeamento e implementação tecnológica e pela consistência epistemológica do projecto.

Espero que desfrutem bastante deste projecto, começando pelo verbete de Ciência da Informação


segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Seminário internacional sobre "Segredo e Memória na Era da Informação"


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Vai decorrer, entre os dias 29 e 30 de Novembro de 2007, o seminário internacional sobre "Segredo e Memória na Era da Informação", no Anfiteatro Nobre da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. A entrada é gratuita.

Organização:
- Centro de Estudos das Tecnologias e Ciências da Comunicação (CETAC.Media);
- Centro de Investigação Trandisciplinar Cultura, Memória e Espaço (CITCEM);
- Instituto de Filosofia (IF);
- Instituto de Sociologia.
Programa:
Contacto:
CETAC.MEDIA
Praça Coronel Pacheco, nº 8
Tlf. 22 339 36 67
4050-453 Porto
E-mail: cetac@cetac.up.pt

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Libra 0.9.2


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Libra é um software livre para facilitar a gestão de uma biblioteca pessoal. Permite ao utilizador gerir de forma eficaz todos os seus e-books, musicas, filmes ou jogos.
Pode registar na livraria os discos emprestados, preenchendo alguma informação sobre a pessoa a quem emprestou e a data.

Website do software Libra
Download do software Libra

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Roteiro d'A Informação’ @ 15_11_2007


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  • Website Difícil de Usar - Encontra-se disponível, desde o dia 8 de Novembro, a nova iniciativa da Associação Portuguesa dos Profissionais em Usabilidade. Trata-se da disponibilização do website “difícil de usar”. Este espaço está destinado à apresentação de produtos (inclusive websites) que apresentem problemas de usabilidade para os utilizadores. Colabore enviando casos concretos de má usabilidade que encontre no dia-a-dia.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Jovens europeus preferem Internet a televisão


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Segundo um estudo da Associação Europeia de Publicidade Interactiva 6 em cada 10 europeus acedem à Internet com regularidade e os jovens preferem navegar na web do que ver televisão.

82% dos jovens, na faixa etária dos 16 aos 24 anos, prefere navegar na Internet, entre cinco a sete dias por semana, enquanto 77% gosta de ver televisão com regularidade, o que representa uma quebra de cinco por cento em relação a 2006.

  • Veja a totalidade da notícia aqui

sábado, 10 de novembro de 2007

Biblioteca Nacional mostra objectos e livros alusivos às Invasões Francesas


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A Biblioteca Nacional inaugurou esta semana uma exposição alusiva às Invasões Francesas (1807/1811) constituída por vários materiais de época, como caricaturas, fardas, editais e até livros escritos naquele período.

Consulte o website dedicado à exposição

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Segundo a Gartner, as fugas de dados críticos está a aumentar


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O valor perdido pelas empresas que sofrem fugas de dados críticos está a aumentar ano após ano. De acordo com John Pescatore, vice-presidente de pesquisas da Gartner, o maior risco que as organizações sofrem são os ataques devidamente orientados, que criam esquemas para roubar informações específicas de determinada empresa. De acordo com o mesmo analista, "crimes como o phishing e roubo de identidades estão a provocar um aumento dos ataques com credenciais, em que o cracker invade os sistemas utilizando credenciais legítimas de um utilizador".
[...] A Gartner afirma que o gasto médio em segurança se situa em torno dos cinco por cento do orçamento de TI (tecnologias de informação), enquanto que é dedicada uma percentagem de sete por cento à recuperação de desastres. [...]

Fonte: http://www.modulo.com.br/

Quer as bibliotecas, quer os arquivos, enquanto sistemas de informação constituem-se como alvos apetecíveis para ataques desta natureza. Este fenómeno não acontece só por via tecnológica, também ocorre através do furto de suportes físicos de informação.
Será que as organizações desenvolvem planos de prevenção? São seguidas as boas práticas neste domínio?
Penso que todos devemos reflectir sobre o assunto e os respectivos impactos! É um
tema muito sério que merece a atenção de todos os profissionais da informação.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007


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Bom dia,

Face à necessidade de migração do template do blogue para uma nova versão, a qual permite ter acesso a novos serviços, foi dada uma ligeira "pintura" para tentar proporcionar uma experiência de uso mais agradável na navegação e respectivo acesso à informação.

Enviem sugestões, comentários ou propostas de novos serviços para disponibilizar.

Muito obrigado pela vossa compreensão.

Um abraço,

Paulo Sousa

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Concurso "IMAGENS DA LEITURA" de videos por telemóvel para o YouTube


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A RBE - Rede de Bibliotecas de Espinho vai levar a efeito um concurso de videos por telemóvel para divulgação no site www.YouTube.com como forma de promover a interligação dos seus leitores/clientes na dinâmica da RBE.

Este concurso é aberto a todos os interessados desde que sejam possuidores do Cartão Único da RBE.

Os videos poderão ser entregues na Biblioteca Municipal bem como nas Bibliotecas Escolares.

Ver em www.leremespinho.blogspot.com

ou em www.cm-espinho.pt/biblioteca


Informação disponibilizada pela Drª Isabel Sousa

Memória do Mundo da Unesco tem arquivos brasileiros


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O Arquivo de Oswaldo Cruz, que traz o registro da atividade científica do cientista na área da saúde pública, é um dos dez acervos documentais brasileiros que farão parte do Programa Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A lista com os arquivos contemplados foi divulgada pelo Ministério da Cultura (MinC) na edição de segunda-feira (5/11) do Diário Oficial da União.
O programa tem o objetivo de assegurar a preservação de documentos e conjuntos documentais de importância mundial, de natureza arquivística ou bibliográfica, por meio de seu registro na lista do patrimônio documental da humanidade, além de democratizar o acesso a esses documentos. Também integram a lista os seguintes arquivos: Arquivo Machado de Assis; Fundo Novacap; Políticas no Estado do Rio de Janeiro; Arquivo Guimarães Rosa; Autos da Devassa – a Inconfidência em Minas, Levante de Tiradentes; Arquivo Getúlio Vargas; Filme Limite; Vereanças do Senado da Câmara; e Arquivo do Comitê de Defesa dos Direitos Humanos para os Países do Cone Sul.

Fonte: Agência FAPESP, 7/11/2007
URL: http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=8002
URL da fonte original: www.in.gov.br

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Orientações para a Descrição Arquivística


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Orientações para a Descrição Arquivística: I, II e III.
Disponibilizada a versão completa: Documentação, Autoridades e Pontos de acesso

A Direcção-Geral de Arquivos concluiu a 2.ª versão definitiva e completa das Orientações para a Descrição Arquivística:
  • I Parte: Documentação, revista e alterada com base nas propostas recebidas da comunidade arquivística.
  • II Parte: Autoridades Arquivísticas.
  • III Parte: Escolha e construção de pontos de acesso normalizados.
  • Apêndices: Exemplos completos; Glossário; Biblio-grafia; Lista de abreviaturas utilizadas.
A DGARQ disponibiliza ainda, a todos os que o solicitem, um ficheiro da 2.ª versão das ODA I, com a indicação das alterações efectuadas em relação à 1.ª versão.
Colabore enviando comentários, sugestões e críticas, que serão tidas em linha de conta em futuras revisões. (e-mail de contacto: pnda).

Fonte: IANTT

sábado, 3 de novembro de 2007

Roteiro d'A Informação’ @ 03_11_2007


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  • Blogue do Fabiano Caruso - Este website disponibiliza informação sobre os seguintes temas: Design da Inteligência Social, Biblioteca 2.0, Criatividade e Inovação. O seu mentor é o Fabiano Caruso, um dos mentores do projecto ExtraLibris e responsável pelo Personates. Recomendo vivamente a visitar estes locais de grande pertinência para os profissionais da informação.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Avaliação arquivística


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O estado dos Arquivos em Portugal preocupa-o? Não percebe para onde os Arquivos vão? Então não deixe de passar pelo fórum de discussão sobre a avaliação arquivística.

Biblioteca Nacional


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A Biblioteca Nacional está a desenvolver um projecto denominado RNOD – Registo Nacional de Obras Digitalizadas para, não só divulgar conteúdos digitais, mas também promover a difusão de recomendações e boas práticas ligadas à digitalização dos acervos documentais.


quinta-feira, 1 de novembro de 2007

eLearning Lisboa 2007


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A conferência “eLearning Lisboa 2007” reuniu em Lisboa mais de 1500 congressistas e 84 oradores nacionais e internacionais, no maior evento realizado sobre o tema em Portugal.

Carlos Zorrinho, presidente da conferência e coordenador nacional da estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, sublinhou a importância do conhecimento em permanente actualização que a nova sociedade exige, afirmando que «no século XXI aprender tem de ser tão natural como respirar. Respiramos porque vivemos num ambiente rico em oxigénio, temos de ter um ambiente rico em conhecimento».

Os quatro grandes desafios obtidos nas várias sessões de trabalho são:

  • como podemos antecipar as necessidades da Sociedade do Conhecimento e preparamo-nos para agir;
  • como podem as organizações tradicionais transformar-se em espaços inovadores de aprendizagem;
  • como podem os cidadãos potenciar o seu capital humano;
  • como podemos garantir o acesso de todos à tecnologia, porque é através do conhecimento que nos tornamos mais competitivos.


Fontes de Informação:


Qual o papel destinado ao profissional da informação no seio desta conjuntura? Qual o impacto nos modelos formativos actuais na nossa área? Será que vamos continuar a evoluir lentamente, de uma forma desintegrada, sem uma estratégia nacional para a educação na nossa área?

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