sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mosteiro de Salvador recupera livros raros




Fonte: Bom Dia Brasil. Data: 4/05/2010.
URL: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/05/mosteiro-de-salvador-recupera-livros-e-textos-raros-dos-seculos-xvi-e-xvii.html
Sabe aqueles livros antigos com as páginas amareladas, caindo aos pedaços? Em Salvador (BA), um acervo de obras raras está sendo recuperado graças à tecnologia da digitalização.
Uma fotografia para cada livro. Tudo precisa ser cuidadosamente registrado. Páginas frágeis, amareladas pelo tempo. São livros raríssimos, que depois de séculos de leitura agora precisam ser restaurados.
“Nós estamos falando de uma equipe de cinco, seis pessoas trabalhando diariamente”, contabiliza o diretor de restauro, Dom Ângelo Alves de Oliveira.
Vinte livros raros que pertencem ao acervo do Mosteiro de São Bento, em Salvador, passaram por esse processo. O trabalho durou um ano e seis meses. Depois da restauração, cada livro foi digitalizado. Agora, basta um clique na internet para voltar ao século XVII e ler os seis volumes dos sermões do Padre Antônio Vieira.
“É um trabalho pioneiro na ordem dos beneditinos. Poucos mosteiros no mundo, da nossa ordem, mesmo na Europa, abriram seus acervos de livros e textos raros para a comunidade”, compara o abade do mosteiro beneditino, Dom Emanoel D'able do Amaral.
Agora serão digitalizados mais 25 livros. É a segunda etapa do projeto. Dessa vez serão priorizadas obras dos séculos XVI e XVII, entre elas, estão textos de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Um dos livros se encontra em péssimo estado. É uma obra de São Tomás de Aquino, “Teologia Escolástica Dogmática” que agora segue para a etapa de restauro.
“Os Lusíadas”, do escritor português Luis Vaz de Camões, também está na lista de restauração. Uma sala do mosteiro guarda mais de dez mil livros raros. A ideia é que todos eles sejam recuperados.
“Não dá para trabalhar gostando um pouquinho, a gente se encanta. Vai chegando cada vez mais gente, todo mundo trabalha com a mesma emoção. Todo dia é uma descoberta legal”, informa a filóloga e coordenadora do projeto Alícia Duhá Lose.

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