sábado, 29 de maio de 2010

Portugal: balanço positivo da Feira do Livro de Lisboa




Fonte: Lusa. Data: 26/05/2010.

Os dois maiores grupos editoriais portugueses, LeYa e Porto Editora, estão satisfeitos com as vendas na 80.ª Feira do Livro de Lisboa, realizada entre 29 de Abril e 23 de Maio no Parque Eduardo VII.

Com todas as editoras concentradas na Praça LeYa, o grupo de Miguel Paes do Amaral "vendeu mais de 100 mil livros nesta edição, o que representa um aumento significativo das vendas quando comparado com o ano passado", disse à Lusa o director de comunicação, José Menezes.

"Outro dado interessante é que registámos cerca de 40 mil transacções, o que permite calcular que pelo menos este número de pessoas passou pelo nosso espaço", sublinhou.

Pelo espaço da LeYa, passaram, no total, 137 autores para sessões de autógrafos, ao longo do tempo de duração da feira, indicou ainda o responsável.

Por sua vez, a Porto Editora (PE) aumentou em 40 por cento o volume de vendas nesta edição do certame, em comparação com os resultados de 2009 - um número que o grupo de Vasco Teixeira atribui à "crescente aposta na área da ficção e da literatura infanto-juvenil", indicou, em comunicado hoje enviado à Lusa, Ricardo Miguel Costa, assessor de imprensa da PE.

Outro factor que terá contribuído para este resultado é "o fortalecimento da estrutura do grupo, com a aposta nas novas chancelas e a aquisição da Sextante Editora, que pela primeira vez integrou o espaço Porto Editora no evento", apontou.

Este ano, a Porto Editora teve a sua maior participação de sempre no certame do Parque Eduardo VII, com 18 pavilhões e três tendas de eventos, por onde passaram muitos dos seus autores - entre os quais Luis Sepúlveda, Robert Muchamore, Sveva Casati Modignani, os que mais venderam - para dar autógrafos, lançar livros e conviver com os leitores.

Para dinamizar o seu espaço na feira, a PE organizou ainda workshops de culinária, moda e escrita criativa, noites temáticas dedicadas a Chopin e ao Jazz, e animação com bonecos infantis, como o Carteiro Paulo, a Betty Boop e o Panda, que contou com grande adesão dos mais novos.

Em matéria de espaço, o grupo LeYa, que há dois anos criou, por entre alguma polémica, a Praça LeYa, resolveu este ano mantê-la, por verificar que é "um formato do agrado dos visitantes".

"Além disso, é cada vez mais um espaço de convívio entre os autores, os leitores e os editores, não apenas os das editoras do grupo, mas também de outras editoras, que nos visitaram frequentemente durante a feira", destacou José Menezes.

Sobre a Hora H, iniciativa que fez este ano a sua estreia na feira e no âmbito da qual as editoras aderentes venderam, de segunda a quinta-feira, entre as 22:30 e as 23:30, livros publicados há mais de 18 meses (e, por isso, não sujeitos à lei do preço fixo) com descontos até 50 por cento, a LeYa considerou-a positiva, ao passo que para a Porto Editora não se traduziu num aumento significativo de vendas.

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