Fonte: Portal DeFato Online. Data: 5/07/2010.
Minas Gerais é o segundo estado do país em número de bibliotecas em escolas de Ensino Fundamental. Segundo o último Censo da Educação Básica realizado em 2009 e disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC), 60,16% do total de 12.608 colégios estaduais, municipais, federais e particulares possuem bibliotecas, ou seja, são 7.585 locais de leitura para estudantes mineiros. Dentre todos os estados da federação, o Rio de Janeiro é o que mais possui escolas com bibliotecas – são 4.565 para 7.544 instituições de ensino da educação básica, representando 60,51% com bibliotecas.
Apesar de estar bem no ranking, para conseguir cumprir a Lei federal 12.244/2010, sancionada no dia 24 de maio deste ano, que determina pelo menos uma biblioteca em cada escola, o Estado deveria construir mais 5.023 bibliotecas em suas instituições de ensino. O censo mostrou também que, somente no Ensino Fundamental, Minas Gerais apresenta um déficit de 421 bibliotecas. De acordo com a assessoria da Superintendência de Bibliotecas de Minas, órgão ligado à Secretaria de Estado de Cultura, existem atualmente 3.338 escolas estaduais com bibliotecas, representando 87,82% do total de 3.801 instituições de ensino.
Destas, de acordo ainda com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Cultura, 64 escolas, que têm áreas físicas menores, não possuem bibliotecas, mas já têm espaços de leitura. A expectativa da Secretaria é que em cinco anos todas as instituições de ensino do Estado também possuam espaços de leitura. Garante ainda que as escolas que estão sendo construídas (o número não foi informado) possuirão bibliotecas.
Rede municipal registra maior déficit
Em Minas Gerais, o maior déficit está na rede municipal de ensino. Das 7.304 escolas dos municípios, apenas 2.863 possuem bibliotecas, representando 39,2% dos colégios com locais de leitura. Em relação a Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Educação informou que há 186 escolas municipais, sendo que todas possuem bibliotecas.
A situação em todo o Brasil é ainda pior. O censo escolar realizado no ano passado mostrou que há 152.251 escolas no país, incluindo municipais, estaduais, federais e particulares. Dentre elas, 52.355 possuem bibliotecas - representando 34,39%. A rede federal é a que mais possui bibliotecas. São 44 escolas sendo que 42 possuem bibliotecas - 95,45% instituições de ensino. A rede privada é a que está em segundo lugar em número de bibliotecas. São 74,86% de escolas com locais de leitura. Das 20.297, 15.196 possuem bibliotecas.
Em terceiro lugar está a rede estadual de ensino, que possui 27.416 escolas e apenas 16.096 bibliotecas. A rede municipal de ensino do país está ainda pior. Há apenas 21.021 bibliotecas para 104.494 escolas municipais.
No Rio de Janeiro, estado com maior número de bibliotecas por escolas do Ensino Fundamental do país, a situação é pior na rede municipal, onde 57,79% das escolas não possuem bibliotecas. Colégios particulares também não possuem bibliotecas. Segundo o censo, 609 escolas fluminenses não têm locais aonde os alunos possam estudar e consultar livros e periódicos.
A rede federal no Estado do Rio de Janeiro possui 12 escolas que têm bibliotecas, sendo 14 ao todo. Em relação aos colégios estaduais, o Rio de Janeiro tem 906 bibliotecas, representando 85,55% do total.
No Brasil, o estado com a pior situação é o Maranhão, que tem 1.297 escolas com bibliotecas - 10,73%. Ao todo, o estado tem 12.084 instituições de ensino. A rede municipal é a mais carente de bibliotecas, com 4,82% das instituições com locais de leitura.
Para solucionar o problema do déficit de bibliotecas, foi dado um prazo de 10 anos para os governos federal, estadual e municipal.
Ausência de uma política pública definida
Para Carolina Saliba, professora do Instituto de Ciências Exatas e Informática (Icei) da PUC Minas, é possível acabar com a deficiência desde que exista uma política pública pré-definida. Ela lembrou que a formação de uma biblioteca é importante para os estudantes, já que muitos não terão acesso a livros, que são muito caros. Devido ao custo dos livros, ela explicou ainda que a formação de uma biblioteca também é muito cara, mas que há vários programas de governo que podem resolver essa questão.
Além da construção de bibliotecas, a capacitação dos profissionais nessas escolas é importante. Carolina lembrou que, normalmente, quem trabalha nas escolas públicas não possui a capacitação necessária para ajudar os estudantes e que as instituições sozinhas não conseguem realizar esta capacitação.
“As escolas sozinhas talvez tenham dificuldades em capacitação profissional do bibliotecário. Não é só ter livros e organizar acervos. Não existe, atualmente, uma área voltada para a biblioteca escolar”, reclamou.
As bibliotecas atuais precisam também diversificar. Além de livros didáticos, elas têm que disponibilizar outros meios de informação, como DVDs e internet, que auxiliam o acesso a bibliotecas virtuais.
“Não é só falar que tem que ter uma biblioteca nas escolas, é preciso também oferecer uma biblioteca mais moderna e alinhada, com recursos das novas tecnologias da informação e da comunicação. Para conquistar a simpatia das crianças, o espaço precisa oferecer variedades, mais que apenas os livros solicitados pelos professores, por exemplo”, acredita Carolina Saliba.
Ela lembra também que já existem escolas, principalmente particulares, que apresentam iniciativas com bons modelos de bibliotecas. “Não é uma prática. Muitas escolas estão se preocupando com as bibliotecas muito em função da obrigatoriedade legal”, contou Carolina.
sábado, 24 de julho de 2010
Para cumprir lei federal, MG precisa construir 5 mil bibliotecas
0 Comentários sábado, julho 24, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: biblioteca escolar, biblioteca pública, Maranhão, Rio de Janeiro (Estado), Universidade Federal de Minas Gerais
Déficit nas bibliotecas paulistanas é preocupante
0 Comentários sábado, julho 24, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: biblioteca pública, São Paulo (cidade)
Autora: Juliana Vilas.
Fonte: Folha de S. Paulo. Data: 9/07/2010.
Um levantamento do Observatório Cidadão, do Movimento Nossa São Paulo, comparou o acervo municipal de livros adultos e mostrou que a região central é a única em que a relação de obras disponíveis por habitante é maior do que um. Atinge 1,8. "É praticamente impossível acabar com o déficit literário na cidade ou atingir a marca de dois livros por habitante, índice que a Unesco define como ideal. Exigiria um investimento monstruoso, mesmo que a cidade parasse de crescer", diz Maria Zenita Monteiro, coordenadora do Sistema Municipal de Bibliotecas. A média em toda a capital é 0,24 livro/habitante, mas chega a zero em três áreas: São Mateus, Cidade Ademar e M' Boi Mirim. As bibliotecas com acervos mais completos estão, de fato, no centro. São as mais antigas, segundo Maria Zenita Monteiro, criadas antes de a cidade crescer tanto. "Como construir prédios públicos é caro e moroso, criamos os pontos e bosques de leitura", explica. Uma vez por ano, no mínimo, novos exemplares são adquiridos pela rede municipal. Desde 2005, R$ 7 milhões foram investidos nas reformas de 37 bibliotecas e R$ 9 milhões na compra de novos livros - além de R$ 1,5 milhão em jornais e revistas.
Fonte: Folha de S. Paulo. Data: 9/07/2010.
Um levantamento do Observatório Cidadão, do Movimento Nossa São Paulo, comparou o acervo municipal de livros adultos e mostrou que a região central é a única em que a relação de obras disponíveis por habitante é maior do que um. Atinge 1,8. "É praticamente impossível acabar com o déficit literário na cidade ou atingir a marca de dois livros por habitante, índice que a Unesco define como ideal. Exigiria um investimento monstruoso, mesmo que a cidade parasse de crescer", diz Maria Zenita Monteiro, coordenadora do Sistema Municipal de Bibliotecas. A média em toda a capital é 0,24 livro/habitante, mas chega a zero em três áreas: São Mateus, Cidade Ademar e M' Boi Mirim. As bibliotecas com acervos mais completos estão, de fato, no centro. São as mais antigas, segundo Maria Zenita Monteiro, criadas antes de a cidade crescer tanto. "Como construir prédios públicos é caro e moroso, criamos os pontos e bosques de leitura", explica. Uma vez por ano, no mínimo, novos exemplares são adquiridos pela rede municipal. Desde 2005, R$ 7 milhões foram investidos nas reformas de 37 bibliotecas e R$ 9 milhões na compra de novos livros - além de R$ 1,5 milhão em jornais e revistas.
Universidade de Coimbra lança biblioteca digital
0 Comentários sábado, julho 24, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: biblioteca digital, Universidade de Coimbra
Fonte: Agência Lusa. Data: 2/07/2010.
A Biblioteca Digital de Fundo Antigo da Universidade de Coimbra (UC), "Alma Mater" [URL: http://www.uc.pt/sibuc/almamater/], reúne cerca de quatro mil documentos, correspondentes a perto de 500 mil imagens, e já está acessível.
O novo portal integra o repositório temático 'República Digital', que disponibiliza 'documentos inéditos sobre a implantação da República em Portugal e a resistência ao Estado Novo', sublinhou, à agência Lusa, Carlos Fiolhais, director da Biblioteca Geral da UC.
O projecto 'Alma Mater' só estará concluído, no entanto, quando as "cerca de 200 mil obras de fundo antigo da Universidade" (documentação produzida até meados do século XX) estiveram digitalizadas e acessíveis através da internet, acrescentou o também director do Serviço Integrado das Bibliotecas (SIBUC) da UC.
Mas, para isso, são 'necessários investimentos', que, 'em tempo de crise como o que vivemos, são mais difíceis de fazer', disse.
Integrada numa 'estratégia de desenvolvimento e modernização' da UC, a 'Alma Mater' visa tornar mais acessível um patrimônio 'vasto, rico e, nalguns aspectos, único', como é o da mais antiga universidade portuguesa e uma das mais antigas do mundo.
Esta biblioteca digital, ao reduzir 'a situações quase pontuais a consulta de muita documentação', vai, também, permitir a preservação de todo o acervo de fundo antigo, onde 'alguns documentos gritam por socorro', afirmou Carlos Fiolhais.
'Parte da documentação (talvez cerca de metade) agora disponibilizada' já está acessível, pela internet, mas esta nova plataforma (www.uc.pt/sibuc/almamater) 'congrega e valoriza' todos esses núcleos, que 'integram o rico património bibliográfico e documental de todas as bibliotecas digitais já existentes' na Universidade.
A esses núcleos, junta-se um novo património digitalizado, designadamente, 'livros antigos, manuscritos, cartas, fotografias, desenhos' e parte dos espólios de 'autores formados pela UC', como Almeida Garrett, Félix Avelar Brotero e Júlio Henriques, referiu o director da Biblioteca Geral e do Sistema Integrado de Bibliotecas da UC.
Aquele acervo acresce ainda o núcleo 'República Digital', projecto integrado nas comemorações do centenário da República Portuguesa, que reúne 'diversos documentos' (desde jornais a manuscritos, de livros a correspondência ou de fotografias a desenhos) sobre 'as transformações políticas, sociais, científicas e artísticas', provocadas pela implantação do novo regime, as ideias republicanas e a resistência ao Estado Novo, boa parte dos quais inéditos.
A Biblioteca Digital de Fundo Antigo da Universidade de Coimbra (UC), "Alma Mater" [URL: http://www.uc.pt/sibuc/almamater/], reúne cerca de quatro mil documentos, correspondentes a perto de 500 mil imagens, e já está acessível.
O novo portal integra o repositório temático 'República Digital', que disponibiliza 'documentos inéditos sobre a implantação da República em Portugal e a resistência ao Estado Novo', sublinhou, à agência Lusa, Carlos Fiolhais, director da Biblioteca Geral da UC.
O projecto 'Alma Mater' só estará concluído, no entanto, quando as "cerca de 200 mil obras de fundo antigo da Universidade" (documentação produzida até meados do século XX) estiveram digitalizadas e acessíveis através da internet, acrescentou o também director do Serviço Integrado das Bibliotecas (SIBUC) da UC.
Mas, para isso, são 'necessários investimentos', que, 'em tempo de crise como o que vivemos, são mais difíceis de fazer', disse.
Integrada numa 'estratégia de desenvolvimento e modernização' da UC, a 'Alma Mater' visa tornar mais acessível um patrimônio 'vasto, rico e, nalguns aspectos, único', como é o da mais antiga universidade portuguesa e uma das mais antigas do mundo.
Esta biblioteca digital, ao reduzir 'a situações quase pontuais a consulta de muita documentação', vai, também, permitir a preservação de todo o acervo de fundo antigo, onde 'alguns documentos gritam por socorro', afirmou Carlos Fiolhais.
'Parte da documentação (talvez cerca de metade) agora disponibilizada' já está acessível, pela internet, mas esta nova plataforma (www.uc.pt/sibuc/almamater) 'congrega e valoriza' todos esses núcleos, que 'integram o rico património bibliográfico e documental de todas as bibliotecas digitais já existentes' na Universidade.
A esses núcleos, junta-se um novo património digitalizado, designadamente, 'livros antigos, manuscritos, cartas, fotografias, desenhos' e parte dos espólios de 'autores formados pela UC', como Almeida Garrett, Félix Avelar Brotero e Júlio Henriques, referiu o director da Biblioteca Geral e do Sistema Integrado de Bibliotecas da UC.
Aquele acervo acresce ainda o núcleo 'República Digital', projecto integrado nas comemorações do centenário da República Portuguesa, que reúne 'diversos documentos' (desde jornais a manuscritos, de livros a correspondência ou de fotografias a desenhos) sobre 'as transformações políticas, sociais, científicas e artísticas', provocadas pela implantação do novo regime, as ideias republicanas e a resistência ao Estado Novo, boa parte dos quais inéditos.
Quem (não) tem medo do Google?
0 Comentários sábado, julho 24, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: e-book, Google, Google Book Search, livro eletrônico
Fonte: Revista Panorama, n. 50.
Data: 20/07/2010.
Gigante insaciável, o Google cresceu em ritmo alucinante nestes 11 anos de web. Nasceu como site de busca, e em dois anos atingiu 1 bilhão de páginas indexadas. Globalizou-se no ano seguinte, para depois implantar sua ferramenta de compras (Frogle). Em 2003, incorporou o Pyra Labs, inventor do serviço Blogger. Em 2004, introduziu o GMail. No ano seguinte, inventou o GoogleMaps. Pagou US$ 1,65 bilhão pelo YouTube, em 2006. Criou a fotografia ao nível da rua com o StreetView, em 2007. Ano passado, saiu com o primeiro aplicativo para iPhone e lançou o Knol, sua versão de Wikipedia.
O Google vive na berlinda, é certo, mas a maior de todas elas está mexendo com sua imagem. Não se fala em outro assunto no meio. Na recente Feira de Frankfurt, o Google dominou as conversas, mais até do que o leitor eletrônico Kindle, da Amazon, ao anunciar que irá vender livros, sim, a partir do ano que vem.
Uma mudança e tanto, para a empresa que, há cinco anos, iniciou a aventura de digitalizar todos os livros do mundo, para, segundo sustentou à época, democratizar o acesso ao conhecimento. A retórica dobrou universidades respeitáveis como Harvard, Michigan e Stanford, e bibliotecas de prestígio como a do Congresso, em Washington, e a Public Library, de Nova York. Seus respectivos acervos digitais estão no Google Books.
Contudo, desde o começo, o Google também recebeu contestações de todas as partes do mundo. Duas entidades locais, a Authors Guild e a Association of American Publishers, deram a partida. Autores e editoras não admitiam o que entendiam ser uma apropriação de direitos pelo Google e foram à Corte Federal de Nova York.
Ano passado, as partes se entenderam. O Google ofereceu US$ 125 milhões, a título de “eventuais ofensas de direitos (autorais, sobretudo), instalou um fundo que chamou de ‘Book Rights Registry’, pelo qual os autores teriam participação em publicidade on line. Acordo aceito e firmado em outubro, mas o processo, iniciado em 2005, seguiu tramitando.
Meses depois, novos protagonistas entraram em cena, transformando a briga, que era de cachorro grande, em confronto de titãs. Uniram-se Microsoft, Yahoo e Amazon (dona do leitor eletrônico Kindle), para acusar o adversário de violar leis de defesa da concorrência. Criaram a Open Book Alliance, para demonstrar absoluta rejeição às ações do Google. A base do arrazoado é esta: novas tecnologias, que chegam prometendo benefícios incontáveis, ofuscam o distanciamento da Justiça que, desse modo, não conseguiria acomodar os muitos interesses públicos em jogo. E pleiteou a proibição pura e simples.
Em março passado, um importante órgão do Governo, a Federal Trade Commission (FTC), advertiu o Google, por carta, sobre garantias à privacidade do Google Books, ‘limitando os usos secundários de dados colhidos, incluindo usos que poderiam ser contrários a expectativas razoáveis dos consumidores’. O presidente da FTC, Jon Leibowitz, garantiu que seguirá pressionando de todas as formas. “A iniciativa desperta sérios desafios quanto à privacidade, em razão do vasto volume de informações que seriam recolhidas”, explicou.
Em setembro, foi a vez do Departamento de Justiça, com status de ministério, dar seu palpite, pela revisão do acordo. Motivos: ameaça à livre concorrência e possibilidade de controlar preços.
Duas associações da mesma categoria – Associação de Bibliotecas da América e Associação de Bibliotecas de Pesquisa – reivindicaram a intervenção dos órgãos federais que investigam práticas de truste. Enxergam inclusive ameaça de monopólio. “O Google, que já digitalizou milhões de obras, terá capacidade ilimitada para definir preços. Se o serviço se tornar uma necessidade para as bibliotecas, estas enfrentarão o monopólio indesejável”, disseram as entidades em comunicado.
Outro petardo foi disparado do outro lado do mar. Exatamente da Comunidade Europeia, que passou a investigar, a pedido do governo da Alemanha, o impacto do Google Book Search. O pleito germânico sustenta ser “irreconciliável com os princípios da legislação europeia sobre copyright”. Debruça-se, longamente, sobre os prejuízos que a digitalização, feita por um grupo, teria sobre a diversidade cultural da União Europeia e na concentração da propriedade intelectual dos meios de comunicação.
A essa altura, o governo francês lançou o projeto de uma ‘Europeana’, espécie de biblioteca virtual do Velho Continente.
A direção do Google ensaiou um gesto diplomático. Reuniu-se com representantes da Comunidade Europeia e comprometeu-se a retirar, do estoque, todos os títulos que ainda estejam expostos. Mais: que seus advogados irão negociar diretamente com os editores locais e autores formas de acordo para que os 3 milhões de títulos – foi a estimativa preliminar – voltem à vitrine virtual.
A Justiça francesa, em setembro, abriu processo contra a Google France (e, por extensão, a Google Inc.), no tribunal de grande instância de Paris. A queixa-crime, por ‘falsificação’, foi apresentada pelo grupo editorial La Martinière. “Não é mais possível suportar a arrogância que faz com que se apropriem de seus livros e os digitalizem sem que você seja consultado”, afirmou Hervé de La Martinière, presidente da empresa, na audiência de abertura.
Outras editoras francesas se dispõem a negociar com o Google, segundo informaram, “desde que sejam asseguradas bases jurídicas sólidas”, um futuro acordo. O ponto central, como sempre, é o direito autoral.
Se, de fato, o Google Book Search retirou os 3 milhões questionados pelos europeus, nem por isso deixa de contar com um acervo fabuloso. Calcula-se que o total até agora digitalizado oscile entre 7 e 10 milhões de obras. Quando iniciou o processo, e as universidades abriram suas bibliotecas, o ritmo foi moroso, não passou de 10 mil volumes copiados. Daí para a frente, no entanto, o ritmo evoluiu de maneira vertiginosa. Da mesma forma, seu Departamento Jurídico trabalha em plantão permanente, inclusive sábados e domingos, diante da iminência de novas querelas. Pelos cálculos feitos pelos especialistas, o Google tem um tesouro fatiado em três terços.
O primeiro inclui obras que caíram em domínio público, sendo de livre utilização. O segundo pertence a autores conhecidos e que têm editores que representam seus interesses. O terceiro, e esse seria o complicador, envolve autores e/ou editores que não foram localizados, mas cujos direitos autorais continuam em vigor.
Pelo acordo celebrado em 2008 com a Authors Guild e a Association of American Publishers, ficou definido que, se o autor não foi encontrado nem se apresentou no prazo estipulado, o qual se esgotou em setembro, o Google nada deve a ele.
O argumento do fato consumado satisfez os envolvidos, mas esse é o ponto nevrálgico dos processos, especialmente o da Corte Federal de Nova York, no qual o Governo dos Estados Unidos tem todo interesse e empenho.
No meio do tiroteio, o juiz Denny Chin preferiu a cautela. Na semana da audiência decisiva, em inícios de outubro, emitiu comunicado em que adiava os trâmites. Aparentemente, o magistrado ficou convencido de que, com o próprio Governo dos Estados Unidos tomando posição veemente contra o Google, o processo assumiu proporções inimagináveis.
“Sob as circunstâncias, escreveu na nota de adiamento, não faz sentido haver uma audiência para determinar se o atual acordo é justo ou razoável, uma vez que parece que o acordo não será o que vai entrar em vigor”.
O Google, na defensiva, alega que toda a sociedade sairá ganhando.
“O acordo (com escritores e editores) pode abrir o acesso a milhões de livros nos Estados Unidos, ao mesmo tempo dando a autores e editores uma nova forma de distribuir seu trabalho”.
Será preciso, antes, combinar com o Departamento de Justiça. Obter sua aprovação para que o Google Editions abra o balcão. Tom Turvey, diretor da área, explica que a empresa oferecerá o produto para venda, mas esta será realizada por parceiros do varejo. Quando anunciou o projeto em Frankfurt, Turvey garantiu que os preços dos livros serão fixados pelas editoras, que receberão 2/3 das vendas. Em uma primeira etapa, em 2010, serão oferecidos 400 mil títulos, segundo Turvey, todos com copyrights firmados.
A Amazon, maior vendedora on line de livros, não entrou nessa guerra por nada.
O Brasil parece distante desse conflito. Bem, nem tanto assim. São mais de 100 editoras que fecharam acordo com o Google Book, a começar pela Editora Senac São Paulo, que topou a digitalização há mais de três anos (veja entrevista com Marcus Vinicius Barili Alves). A Ediouro, das grandes, foi igualmente pioneira, seguida por Cia. das Letras, Zahar. E as adesões continuam sinal de que nossas editoras encararam o desafio.
“A gente vai ter de aprender a conviver com todo esse movimento”, afirma Susanna Florissi, diretora da SBS, especializada em livros de idiomas e, mais recentemente, no segmento CTP (livros científicos, técnicos e profissionais). “Acho que muito do conhecimento vai passar a ser livre. Precisamos conseguir administrar tudo isso, ganhar alguma coisa com isso. Esse é o desafio. Mas não tem como fugir dele, do conhecimento compartilhado”.
A executiva toca em um outro problema complexo, o da pirataria. Além dessa, a fotocópia de xerox, disseminada nas universidades.
“Tenho perguntado a muitos alunos, ‘quantos livros você usou na faculdade’? Eles respondem: ‘Nenhum’. O costume é xerocopiar um capítulo do livro tal, e assim por diante, tudo tirado da internet e pagando apenas o copiador da máquina.”
Quem defende o Google Book usa também os sites piratas espalhados pela web, esses, sim, praticamente incontroláveis. Scribd, RapidShare, MediaFire são alguns desses, oferecendo inclusive e-books. E, no sentido oposto, a tarefa dos piratas ficou facilitada porque podem copiar arquivos digitais diretamente.
O Google Book pode ser a melhor saída?
Data: 20/07/2010.
Gigante insaciável, o Google cresceu em ritmo alucinante nestes 11 anos de web. Nasceu como site de busca, e em dois anos atingiu 1 bilhão de páginas indexadas. Globalizou-se no ano seguinte, para depois implantar sua ferramenta de compras (Frogle). Em 2003, incorporou o Pyra Labs, inventor do serviço Blogger. Em 2004, introduziu o GMail. No ano seguinte, inventou o GoogleMaps. Pagou US$ 1,65 bilhão pelo YouTube, em 2006. Criou a fotografia ao nível da rua com o StreetView, em 2007. Ano passado, saiu com o primeiro aplicativo para iPhone e lançou o Knol, sua versão de Wikipedia.
O Google vive na berlinda, é certo, mas a maior de todas elas está mexendo com sua imagem. Não se fala em outro assunto no meio. Na recente Feira de Frankfurt, o Google dominou as conversas, mais até do que o leitor eletrônico Kindle, da Amazon, ao anunciar que irá vender livros, sim, a partir do ano que vem.
Uma mudança e tanto, para a empresa que, há cinco anos, iniciou a aventura de digitalizar todos os livros do mundo, para, segundo sustentou à época, democratizar o acesso ao conhecimento. A retórica dobrou universidades respeitáveis como Harvard, Michigan e Stanford, e bibliotecas de prestígio como a do Congresso, em Washington, e a Public Library, de Nova York. Seus respectivos acervos digitais estão no Google Books.
Contudo, desde o começo, o Google também recebeu contestações de todas as partes do mundo. Duas entidades locais, a Authors Guild e a Association of American Publishers, deram a partida. Autores e editoras não admitiam o que entendiam ser uma apropriação de direitos pelo Google e foram à Corte Federal de Nova York.
Ano passado, as partes se entenderam. O Google ofereceu US$ 125 milhões, a título de “eventuais ofensas de direitos (autorais, sobretudo), instalou um fundo que chamou de ‘Book Rights Registry’, pelo qual os autores teriam participação em publicidade on line. Acordo aceito e firmado em outubro, mas o processo, iniciado em 2005, seguiu tramitando.
Meses depois, novos protagonistas entraram em cena, transformando a briga, que era de cachorro grande, em confronto de titãs. Uniram-se Microsoft, Yahoo e Amazon (dona do leitor eletrônico Kindle), para acusar o adversário de violar leis de defesa da concorrência. Criaram a Open Book Alliance, para demonstrar absoluta rejeição às ações do Google. A base do arrazoado é esta: novas tecnologias, que chegam prometendo benefícios incontáveis, ofuscam o distanciamento da Justiça que, desse modo, não conseguiria acomodar os muitos interesses públicos em jogo. E pleiteou a proibição pura e simples.
Em março passado, um importante órgão do Governo, a Federal Trade Commission (FTC), advertiu o Google, por carta, sobre garantias à privacidade do Google Books, ‘limitando os usos secundários de dados colhidos, incluindo usos que poderiam ser contrários a expectativas razoáveis dos consumidores’. O presidente da FTC, Jon Leibowitz, garantiu que seguirá pressionando de todas as formas. “A iniciativa desperta sérios desafios quanto à privacidade, em razão do vasto volume de informações que seriam recolhidas”, explicou.
Em setembro, foi a vez do Departamento de Justiça, com status de ministério, dar seu palpite, pela revisão do acordo. Motivos: ameaça à livre concorrência e possibilidade de controlar preços.
Duas associações da mesma categoria – Associação de Bibliotecas da América e Associação de Bibliotecas de Pesquisa – reivindicaram a intervenção dos órgãos federais que investigam práticas de truste. Enxergam inclusive ameaça de monopólio. “O Google, que já digitalizou milhões de obras, terá capacidade ilimitada para definir preços. Se o serviço se tornar uma necessidade para as bibliotecas, estas enfrentarão o monopólio indesejável”, disseram as entidades em comunicado.
Outro petardo foi disparado do outro lado do mar. Exatamente da Comunidade Europeia, que passou a investigar, a pedido do governo da Alemanha, o impacto do Google Book Search. O pleito germânico sustenta ser “irreconciliável com os princípios da legislação europeia sobre copyright”. Debruça-se, longamente, sobre os prejuízos que a digitalização, feita por um grupo, teria sobre a diversidade cultural da União Europeia e na concentração da propriedade intelectual dos meios de comunicação.
A essa altura, o governo francês lançou o projeto de uma ‘Europeana’, espécie de biblioteca virtual do Velho Continente.
A direção do Google ensaiou um gesto diplomático. Reuniu-se com representantes da Comunidade Europeia e comprometeu-se a retirar, do estoque, todos os títulos que ainda estejam expostos. Mais: que seus advogados irão negociar diretamente com os editores locais e autores formas de acordo para que os 3 milhões de títulos – foi a estimativa preliminar – voltem à vitrine virtual.
A Justiça francesa, em setembro, abriu processo contra a Google France (e, por extensão, a Google Inc.), no tribunal de grande instância de Paris. A queixa-crime, por ‘falsificação’, foi apresentada pelo grupo editorial La Martinière. “Não é mais possível suportar a arrogância que faz com que se apropriem de seus livros e os digitalizem sem que você seja consultado”, afirmou Hervé de La Martinière, presidente da empresa, na audiência de abertura.
Outras editoras francesas se dispõem a negociar com o Google, segundo informaram, “desde que sejam asseguradas bases jurídicas sólidas”, um futuro acordo. O ponto central, como sempre, é o direito autoral.
Se, de fato, o Google Book Search retirou os 3 milhões questionados pelos europeus, nem por isso deixa de contar com um acervo fabuloso. Calcula-se que o total até agora digitalizado oscile entre 7 e 10 milhões de obras. Quando iniciou o processo, e as universidades abriram suas bibliotecas, o ritmo foi moroso, não passou de 10 mil volumes copiados. Daí para a frente, no entanto, o ritmo evoluiu de maneira vertiginosa. Da mesma forma, seu Departamento Jurídico trabalha em plantão permanente, inclusive sábados e domingos, diante da iminência de novas querelas. Pelos cálculos feitos pelos especialistas, o Google tem um tesouro fatiado em três terços.
O primeiro inclui obras que caíram em domínio público, sendo de livre utilização. O segundo pertence a autores conhecidos e que têm editores que representam seus interesses. O terceiro, e esse seria o complicador, envolve autores e/ou editores que não foram localizados, mas cujos direitos autorais continuam em vigor.
Pelo acordo celebrado em 2008 com a Authors Guild e a Association of American Publishers, ficou definido que, se o autor não foi encontrado nem se apresentou no prazo estipulado, o qual se esgotou em setembro, o Google nada deve a ele.
O argumento do fato consumado satisfez os envolvidos, mas esse é o ponto nevrálgico dos processos, especialmente o da Corte Federal de Nova York, no qual o Governo dos Estados Unidos tem todo interesse e empenho.
No meio do tiroteio, o juiz Denny Chin preferiu a cautela. Na semana da audiência decisiva, em inícios de outubro, emitiu comunicado em que adiava os trâmites. Aparentemente, o magistrado ficou convencido de que, com o próprio Governo dos Estados Unidos tomando posição veemente contra o Google, o processo assumiu proporções inimagináveis.
“Sob as circunstâncias, escreveu na nota de adiamento, não faz sentido haver uma audiência para determinar se o atual acordo é justo ou razoável, uma vez que parece que o acordo não será o que vai entrar em vigor”.
O Google, na defensiva, alega que toda a sociedade sairá ganhando.
“O acordo (com escritores e editores) pode abrir o acesso a milhões de livros nos Estados Unidos, ao mesmo tempo dando a autores e editores uma nova forma de distribuir seu trabalho”.
Será preciso, antes, combinar com o Departamento de Justiça. Obter sua aprovação para que o Google Editions abra o balcão. Tom Turvey, diretor da área, explica que a empresa oferecerá o produto para venda, mas esta será realizada por parceiros do varejo. Quando anunciou o projeto em Frankfurt, Turvey garantiu que os preços dos livros serão fixados pelas editoras, que receberão 2/3 das vendas. Em uma primeira etapa, em 2010, serão oferecidos 400 mil títulos, segundo Turvey, todos com copyrights firmados.
A Amazon, maior vendedora on line de livros, não entrou nessa guerra por nada.
O Brasil parece distante desse conflito. Bem, nem tanto assim. São mais de 100 editoras que fecharam acordo com o Google Book, a começar pela Editora Senac São Paulo, que topou a digitalização há mais de três anos (veja entrevista com Marcus Vinicius Barili Alves). A Ediouro, das grandes, foi igualmente pioneira, seguida por Cia. das Letras, Zahar. E as adesões continuam sinal de que nossas editoras encararam o desafio.
“A gente vai ter de aprender a conviver com todo esse movimento”, afirma Susanna Florissi, diretora da SBS, especializada em livros de idiomas e, mais recentemente, no segmento CTP (livros científicos, técnicos e profissionais). “Acho que muito do conhecimento vai passar a ser livre. Precisamos conseguir administrar tudo isso, ganhar alguma coisa com isso. Esse é o desafio. Mas não tem como fugir dele, do conhecimento compartilhado”.
A executiva toca em um outro problema complexo, o da pirataria. Além dessa, a fotocópia de xerox, disseminada nas universidades.
“Tenho perguntado a muitos alunos, ‘quantos livros você usou na faculdade’? Eles respondem: ‘Nenhum’. O costume é xerocopiar um capítulo do livro tal, e assim por diante, tudo tirado da internet e pagando apenas o copiador da máquina.”
Quem defende o Google Book usa também os sites piratas espalhados pela web, esses, sim, praticamente incontroláveis. Scribd, RapidShare, MediaFire são alguns desses, oferecendo inclusive e-books. E, no sentido oposto, a tarefa dos piratas ficou facilitada porque podem copiar arquivos digitais diretamente.
O Google Book pode ser a melhor saída?
Em alta, mercado de e-books ganha mais 2 modelos no Brasil
0 Comentários sábado, julho 24, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: e-book, e-book reader, leitor de livro eletrônico, livro eletrônico
Autor: Gustavo Petró.
Fonte: Portal G1. Data: 21/07/2010.
Em vez de geladeiras modernas, fogões tecnológicos e liquidificadores, o grande destaque da feira Eletrolar Show 2010, que acontece até sexta-feira (23) na cidade de São Paulo, são leitores digitais. No evento, dois aparelhos com focos distintos que chegarão ao mercado brasileiro no segundo semestre foram apresentados ao público, o Alfa, da Positivo Informática, e o E-Reader, da Pandigital.
O mercado de livros digitais está em alta. A americana Amazon, líder do setor, anunciou nesta semana que há três meses a venda de e-books tem superado a de livros comuns em capa dura. No total, ainda se vende mais livro no formato impresso que em arquivos digitais, mas a criadora do Kindle acredita que isso deve mudar em breve.
De olho nesse quinhão, a Positivo traz ao Brasil o Alfa, com características bastante similares às do Kindle. O aparelho tem tela com a tecnologia do chamado papel eletrônico (e-ink), que imita a impressão do livro tradicional. Essa tela não emite luz, e tende a ser mais confortável para ler do que um monitor de computador.
Como diferencial, o e-reader brasileiro apresenta tecnologia touchscreen, que facilita muito a navegação entre as páginas e o acesso das publicações, e uma entrada para cartões SD, que pode ampliar o espaço de armazenamento do Alfa de 1 GB (espaço interno, que permite guardar até 1.500 livros) para até 32 GB. Ele tem 240 gramas de peso e 8,9 mm de espessura.
A Positivo afirma que o Alfa, que chega às lojas em agosto e que ainda não tem preço oficial, possui uma bateria que dura 20 dias ou 10 mil páginas lidas. O aparelho ainda lê os formatos ePub, iPDF com DRM-Adobe, PDF HTML eTXT.
Por não apresentar um teclado como o seu concorrente estrangeiro, o Alfa consegue ser pequeno e leve, o que o torna um leitor digital confortável para longas leituras. A sensação é de a tela, de 6 polegadas, apresenta contraste maior que a do que o Kindle, pelo menos na comparação com o modelo Kindle 2, permitindo uma melhor leitura. Alguns botões localizados na parte inferior da tela auxiliam a navegação entre os menus, permitindo mudar de página ou retornar à tela principal.
Embora a Positivo ainda não tenha divulgado parcerias de conteúdo com o Alfa com editoras brasileiras ou estrangeiras, o e-reader já vem com o Dicionário Aurélio integrado. Ao ler qualquer publicação, o usuário pode tocar em uma palavra e procurar o seu significado facilmente.
A falta de conexão Wi-Fi ou 3G, via rede celular, contudo, pode ser um ponto negativo para o público que está acostumado a não usar fios para baixar livros. Para comprar os arquivos, é necessário usar um computador, para só aí transferir o livro para o aparelho.
Android
O E-Reader Pandigital, conhecido nos Estados Unidos como Pandigital Novel, deve chegar ao Brasil em outubro pela Tecnoworld. O aparelho vai no caminho oposto do Alfa, da Positivo: em vez de e-ink, uma tela tradicional de cristal líquido, colorida. O sistema operacional Android, do Google, permite que o Pandigital seja utilizado não apenas para ler livros, mas também para rodar aplicativos e acessar a internet.
Ele já vem com acesso à livraria virtual da Barnes & Noble, dando ao usuário acesso a todas as publicações disponíveis. O preço sugerido pela empresa é de R$ 850.
Disponível na cor branca, o tablet possui tela sensível ao toque, de 7 polegadas. Ele tem conexões Wi-Fi e 3G, acesso a e-mail, calendário, jogos, reprodutor de músicas, fotos e vídeos e dicionário embutido. Além disso, ele navega na internet e tem acesso às redes sociais.
Leve e menor que o iPad, seu concorrente direto, o E-Reader ainda possui 1 GB de armazenamento interno, podendo se expandido para até 32 GB por meio da entrada de cartões SD. Haverá dicionário em português, embora na demonstração apenas a versão em inglês estivesse disponível.
Para a leitura de livros, um diferencial é poder inverter as cores da página, deixando o fundo preto e as letras brancas. É um recurso que traz conforto ao ler em ambientes iluminados, um dos pontos fracos das telas de LCD.
Fonte: Portal G1. Data: 21/07/2010.
Em vez de geladeiras modernas, fogões tecnológicos e liquidificadores, o grande destaque da feira Eletrolar Show 2010, que acontece até sexta-feira (23) na cidade de São Paulo, são leitores digitais. No evento, dois aparelhos com focos distintos que chegarão ao mercado brasileiro no segundo semestre foram apresentados ao público, o Alfa, da Positivo Informática, e o E-Reader, da Pandigital.
O mercado de livros digitais está em alta. A americana Amazon, líder do setor, anunciou nesta semana que há três meses a venda de e-books tem superado a de livros comuns em capa dura. No total, ainda se vende mais livro no formato impresso que em arquivos digitais, mas a criadora do Kindle acredita que isso deve mudar em breve.
De olho nesse quinhão, a Positivo traz ao Brasil o Alfa, com características bastante similares às do Kindle. O aparelho tem tela com a tecnologia do chamado papel eletrônico (e-ink), que imita a impressão do livro tradicional. Essa tela não emite luz, e tende a ser mais confortável para ler do que um monitor de computador.
Como diferencial, o e-reader brasileiro apresenta tecnologia touchscreen, que facilita muito a navegação entre as páginas e o acesso das publicações, e uma entrada para cartões SD, que pode ampliar o espaço de armazenamento do Alfa de 1 GB (espaço interno, que permite guardar até 1.500 livros) para até 32 GB. Ele tem 240 gramas de peso e 8,9 mm de espessura.
A Positivo afirma que o Alfa, que chega às lojas em agosto e que ainda não tem preço oficial, possui uma bateria que dura 20 dias ou 10 mil páginas lidas. O aparelho ainda lê os formatos ePub, iPDF com DRM-Adobe, PDF HTML eTXT.
Por não apresentar um teclado como o seu concorrente estrangeiro, o Alfa consegue ser pequeno e leve, o que o torna um leitor digital confortável para longas leituras. A sensação é de a tela, de 6 polegadas, apresenta contraste maior que a do que o Kindle, pelo menos na comparação com o modelo Kindle 2, permitindo uma melhor leitura. Alguns botões localizados na parte inferior da tela auxiliam a navegação entre os menus, permitindo mudar de página ou retornar à tela principal.
Embora a Positivo ainda não tenha divulgado parcerias de conteúdo com o Alfa com editoras brasileiras ou estrangeiras, o e-reader já vem com o Dicionário Aurélio integrado. Ao ler qualquer publicação, o usuário pode tocar em uma palavra e procurar o seu significado facilmente.
A falta de conexão Wi-Fi ou 3G, via rede celular, contudo, pode ser um ponto negativo para o público que está acostumado a não usar fios para baixar livros. Para comprar os arquivos, é necessário usar um computador, para só aí transferir o livro para o aparelho.
Android
O E-Reader Pandigital, conhecido nos Estados Unidos como Pandigital Novel, deve chegar ao Brasil em outubro pela Tecnoworld. O aparelho vai no caminho oposto do Alfa, da Positivo: em vez de e-ink, uma tela tradicional de cristal líquido, colorida. O sistema operacional Android, do Google, permite que o Pandigital seja utilizado não apenas para ler livros, mas também para rodar aplicativos e acessar a internet.
Ele já vem com acesso à livraria virtual da Barnes & Noble, dando ao usuário acesso a todas as publicações disponíveis. O preço sugerido pela empresa é de R$ 850.
Disponível na cor branca, o tablet possui tela sensível ao toque, de 7 polegadas. Ele tem conexões Wi-Fi e 3G, acesso a e-mail, calendário, jogos, reprodutor de músicas, fotos e vídeos e dicionário embutido. Além disso, ele navega na internet e tem acesso às redes sociais.
Leve e menor que o iPad, seu concorrente direto, o E-Reader ainda possui 1 GB de armazenamento interno, podendo se expandido para até 32 GB por meio da entrada de cartões SD. Haverá dicionário em português, embora na demonstração apenas a versão em inglês estivesse disponível.
Para a leitura de livros, um diferencial é poder inverter as cores da página, deixando o fundo preto e as letras brancas. É um recurso que traz conforto ao ler em ambientes iluminados, um dos pontos fracos das telas de LCD.
Tirados do ar 22 mil sites para download ilegal de livros
0 Comentários sábado, julho 24, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: ção Brasileira dos Direitos Reprográficos, direito autoral, pirataria
Fonte: Portal Terra. Data: 22/07/2010.
Entre janeiro e junho de 2010, foram identificados 24.365 mil sites para download ilegal de livros no Brasil, com 92,4% deles (22,524 mil) removidos do ar. O número foi divulgado pela Associação Brasileira dos Direitos Reprográficos (ABDR), que efetua o combate à pirataria digital.
De acordo com os dados da ABDR, a diferença entre sites identificados e sites já fora do ar representa um sucesso de 92,4%. As páginas com downloads ilegais ainda no ar devem ser removidas em breve, já que a entidade informa ter notificado extra-judicialmente seus responsáveis. Nos seis meses anteriores (julho 2009/janeiro 2010) foram identificados mais de 15,700 mil links para donwload de livros sem direitos autorais.
As principais editoras prejudicadas com downloads piratas são a GMT (3.060 mil links), seguidas pela Saraiva (1.973 mil), Record (1.537 mil), LTC (1.470) e Ediouro (1.400 links). Denúncias para sites de download ilegais de livros podem ser feitas de maneira anônima no site www.abdr.org.br.
Entre janeiro e junho de 2010, foram identificados 24.365 mil sites para download ilegal de livros no Brasil, com 92,4% deles (22,524 mil) removidos do ar. O número foi divulgado pela Associação Brasileira dos Direitos Reprográficos (ABDR), que efetua o combate à pirataria digital.
De acordo com os dados da ABDR, a diferença entre sites identificados e sites já fora do ar representa um sucesso de 92,4%. As páginas com downloads ilegais ainda no ar devem ser removidas em breve, já que a entidade informa ter notificado extra-judicialmente seus responsáveis. Nos seis meses anteriores (julho 2009/janeiro 2010) foram identificados mais de 15,700 mil links para donwload de livros sem direitos autorais.
As principais editoras prejudicadas com downloads piratas são a GMT (3.060 mil links), seguidas pela Saraiva (1.973 mil), Record (1.537 mil), LTC (1.470) e Ediouro (1.400 links). Denúncias para sites de download ilegais de livros podem ser feitas de maneira anônima no site www.abdr.org.br.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Não há volta a dar...
1 Comentários terça-feira, julho 20, 2010
Publicado por Nuno de Matos
Assunto: Amazon, eBooks, New York Times (The)
A verdade é que os e-books já fazem parte do quotidiano, a notícia é do The New York Times e vale a pena ler...
E-Books Top Hardcovers at Amazon
Amazon.com, one of the nation’s largest booksellers, announced Monday that for the last three months, sales of books for its e-reader, the Kindle, outnumbered sales of hardcover books... (ler notícia)
domingo, 18 de julho de 2010
Influência dos livros na educação escolar
EUA: Biblioteca em casa deixa crianças mais inteligentes
Autora: Luciana Christante.
Fonte: Revista Mente Cérebro. Data: 07/07/2010.
Um grupo de sociólogos das universidades de Nevada em Las Vegas e da Califórnia em Los Angeles realizou o maior estudo internacional sobre a influência dos livros na educação escolar. Os resultados mostram que, independentemente do nível educacional dos pais, do status socioeconômico e do regime político, quanto mais livros houver em uma casa, mais anos de escolaridade atingirá a criança que crescer nela. Participaram do estudo mais de 70 mil pessoas de 27 países, entre os quais Estados Unidos, China, Rússia, França, Portugal, Chile, África do Sul (o Brasil não foi incluído). A conclusão foi publicada na revista Research in Social Stratification and Mobility.
No artigo, os autores explicam que o nível cultural e educacional dos pais também influencia a escolaridade atingida pela prole, mas nesse caso a correlação é mais fraca do que com o tamanho físico do acervo familiar de livros. Os resultados mostram também como o gosto pela leitura tende a diminuir diferenças sociais. Nos lares mais modestos, o efeito de cada acréscimo ao acervo no futuro acadêmico da criança é mais acentuado do que a adição de um volume a uma biblioteca mais ampla. Apesar de a tendência ter sido observada em todos os países, houve diferenças importantes entre eles.
Nos Estados Unidos, na França e na Alemanha, uma biblioteca com cerca de 500 volumes representou acréscimo de dois a três anos na escolaridade das crianças, comparando com uma casa sem livros. Na Espanha e na Noruega, o número saltou para até cinco anos e na China atingiu o máximo, entre seis e sete anos.
Segundo os pesquisadores, o regime comunista poderia explicar o resultado chinês, pois em um país onde há mais restrições à liberdade individual os livros seriam bens culturais ainda mais valorizados pela família. O mesmo raciocínio poderia se aplicar aos números semelhantes verificados em países do Leste Europeu (que formavam o bloco comunista) e a África do Sul, que viveu décadas sob o apartheid. Os casos analisados foram de pessoas que cresceram em meio a esses regimes. “A leitura é uma ótima fonte para os oprimidos, seja qual for sua cor, seus opressores e as circunstâncias históricas”, escreveram.
O estudo é uma prova irrefutável de que “uma casa onde os livros são valorizados fornece à criança ferramentas que são diretamente úteis no aprendizado escolar, como vocabulário, imaginação, amplo horizonte em história e geografia, a compreensão da importância da evidência no argumento, e muitas outras”. E confirma os famosos versos de Castro Alves, do século 19: “Oh! Bendito o que semeia/ Livros... livros a mão-cheia.../ E manda o povo pensar!/ O livro caindo n’alma/ É germe – que faz a palma./ É chuva - que faz o mar.”
Autora: Luciana Christante.
Fonte: Revista Mente Cérebro. Data: 07/07/2010.
Um grupo de sociólogos das universidades de Nevada em Las Vegas e da Califórnia em Los Angeles realizou o maior estudo internacional sobre a influência dos livros na educação escolar. Os resultados mostram que, independentemente do nível educacional dos pais, do status socioeconômico e do regime político, quanto mais livros houver em uma casa, mais anos de escolaridade atingirá a criança que crescer nela. Participaram do estudo mais de 70 mil pessoas de 27 países, entre os quais Estados Unidos, China, Rússia, França, Portugal, Chile, África do Sul (o Brasil não foi incluído). A conclusão foi publicada na revista Research in Social Stratification and Mobility.
No artigo, os autores explicam que o nível cultural e educacional dos pais também influencia a escolaridade atingida pela prole, mas nesse caso a correlação é mais fraca do que com o tamanho físico do acervo familiar de livros. Os resultados mostram também como o gosto pela leitura tende a diminuir diferenças sociais. Nos lares mais modestos, o efeito de cada acréscimo ao acervo no futuro acadêmico da criança é mais acentuado do que a adição de um volume a uma biblioteca mais ampla. Apesar de a tendência ter sido observada em todos os países, houve diferenças importantes entre eles.
Nos Estados Unidos, na França e na Alemanha, uma biblioteca com cerca de 500 volumes representou acréscimo de dois a três anos na escolaridade das crianças, comparando com uma casa sem livros. Na Espanha e na Noruega, o número saltou para até cinco anos e na China atingiu o máximo, entre seis e sete anos.
Segundo os pesquisadores, o regime comunista poderia explicar o resultado chinês, pois em um país onde há mais restrições à liberdade individual os livros seriam bens culturais ainda mais valorizados pela família. O mesmo raciocínio poderia se aplicar aos números semelhantes verificados em países do Leste Europeu (que formavam o bloco comunista) e a África do Sul, que viveu décadas sob o apartheid. Os casos analisados foram de pessoas que cresceram em meio a esses regimes. “A leitura é uma ótima fonte para os oprimidos, seja qual for sua cor, seus opressores e as circunstâncias históricas”, escreveram.
O estudo é uma prova irrefutável de que “uma casa onde os livros são valorizados fornece à criança ferramentas que são diretamente úteis no aprendizado escolar, como vocabulário, imaginação, amplo horizonte em história e geografia, a compreensão da importância da evidência no argumento, e muitas outras”. E confirma os famosos versos de Castro Alves, do século 19: “Oh! Bendito o que semeia/ Livros... livros a mão-cheia.../ E manda o povo pensar!/ O livro caindo n’alma/ É germe – que faz a palma./ É chuva - que faz o mar.”
Internet entre os índios Suruí
Entre os Suruí, internet já faz parte do dia a dia
Autor: André Borges. Data: 16/07/2010.
Fonte: Valor Econômico.
A mesma internet que hoje testa os limites da "aldeia global", expressão criada pelo sociólogo Marshall McLuhan para se referir às mudanças sociais causadas pelas mídias eletrônicas, avança agora sobre a "aldeia local".
Os Waimiri Atroari não foram os primeiros e tampouco serão os últimos entre os povos indígenas a enxergar na internet um forte aliado para garantir seus direitos, em vez de uma ameaça à sua organização e cultura.
Entre os municípios de Cacoal (RO) e Aripuanã (MT), a tribo dos índios Suruí (que significa "gente de verdade") convive diariamente com o acesso à internet. Entre as 25 aldeias, três delas estão equipadas com computador. Parte da população dos 1.350 índios Suruí também usa telefone celular para se comunicar, diz Almir Suruí, líder da tribo.
"Todo povo e todo país tem que melhorar e se desenvolver. Nossa missão com a tecnologia é levar para o mundo o valor da floresta, para que todos a conheçam e a respeitem", diz Almir.
O acesso à tecnologia pelo povo Suruí teve início há pouco mais de dois anos, quando Almir foi até os Estados Unidos para negociar com executivos do Google um sistema que conectasse sua tribo. O projeto deu certo. Em 2008, uma equipe internacional do Google liderada por Rebecca Moore, cientista responsável por projetos ambientais da companhia, passou oito dias na tribo Suruí, no convívio com os índios. A partir da visita, a companhia americana lançou o Google Earth Outreach, recurso pelo qual organizações não governamentais têm acesso a mapas digitais e mecanismos para difundir e proteger projetos socioambientais.
Nas aldeias Suruí, diz Almir, a excitação dos índios para usar a internet é grande. O recurso, diz ele, é novidade para seu povo, mas é preciso ter acesso controlado. "É importante que a gente se preocupe com a questão cultural. Há critérios para uso do computador", diz Almir. "Ninguém pode usar para fazer bagunça, é uma ferramenta de comunicação."
Hoje, os Suruí têm computadores que foram doados pelo Google. O acesso à internet é financiado por um programa social apoiado pelo Ministério da Cultura.
Autor: André Borges. Data: 16/07/2010.
Fonte: Valor Econômico.
A mesma internet que hoje testa os limites da "aldeia global", expressão criada pelo sociólogo Marshall McLuhan para se referir às mudanças sociais causadas pelas mídias eletrônicas, avança agora sobre a "aldeia local".
Os Waimiri Atroari não foram os primeiros e tampouco serão os últimos entre os povos indígenas a enxergar na internet um forte aliado para garantir seus direitos, em vez de uma ameaça à sua organização e cultura.
Entre os municípios de Cacoal (RO) e Aripuanã (MT), a tribo dos índios Suruí (que significa "gente de verdade") convive diariamente com o acesso à internet. Entre as 25 aldeias, três delas estão equipadas com computador. Parte da população dos 1.350 índios Suruí também usa telefone celular para se comunicar, diz Almir Suruí, líder da tribo.
"Todo povo e todo país tem que melhorar e se desenvolver. Nossa missão com a tecnologia é levar para o mundo o valor da floresta, para que todos a conheçam e a respeitem", diz Almir.
O acesso à tecnologia pelo povo Suruí teve início há pouco mais de dois anos, quando Almir foi até os Estados Unidos para negociar com executivos do Google um sistema que conectasse sua tribo. O projeto deu certo. Em 2008, uma equipe internacional do Google liderada por Rebecca Moore, cientista responsável por projetos ambientais da companhia, passou oito dias na tribo Suruí, no convívio com os índios. A partir da visita, a companhia americana lançou o Google Earth Outreach, recurso pelo qual organizações não governamentais têm acesso a mapas digitais e mecanismos para difundir e proteger projetos socioambientais.
Nas aldeias Suruí, diz Almir, a excitação dos índios para usar a internet é grande. O recurso, diz ele, é novidade para seu povo, mas é preciso ter acesso controlado. "É importante que a gente se preocupe com a questão cultural. Há critérios para uso do computador", diz Almir. "Ninguém pode usar para fazer bagunça, é uma ferramenta de comunicação."
Hoje, os Suruí têm computadores que foram doados pelo Google. O acesso à internet é financiado por um programa social apoiado pelo Ministério da Cultura.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Motor de busca Bing ganha quota de mercado
0 Comentários sexta-feira, julho 16, 2010
Publicado por Paulo Barreiro de Sousa
Assunto: Bing, Microsoft, motor de busca, recuperação da informação
O motor de busca da Microsoft, o Bing, que entrou em funções há pouco mais de um ano, está a ganhar quota de mercado, sendo actualmente utilizado por 12,7 por cento dos internautas. Apesar de tudo, continua em terceiro, depois do Google (62.6%) e do Yahoo (18,9%). Peritos da indústria sublinham, porém, o impressionante crescimento do motor de busca durante o primeiro ano de funcionamento.
“Mal atingimos os dois dígitos, mas queremos que o Bing cresça até que se transforme num negócio significativo para a Microsoft. É um enorme mercado, no qual esta ferramenta se poderá tornar muito lucrativa”, indicou Satya Nadella, o responsável pela divisão online da Microsoft, citado pela BBC.
“Definitivamente não estaríamos neste negócio se não fosse para ganharmos”, acrescentou.
A Microsoft lançou o Bing em Junho de 2009, querendo que o motor de busca fosse, antes de mais, um “motor de decisão”, concentrando-se em assuntos populares e que implicassem que os utilizadores fizessem algum “trabalho de casa” prévio, como viagens, entretenimento, compras, mapas, notícias e meteorologia.
A Microsoft anunciou ainda que este ano quer que o Bing se direccione ainda mais para o mercado dos smartphones. Há apenas seis meses lançou uma aplicação para o iPhone da qual já foram feitos 4,3 milhões de downloads nos EUA.
O vice-presidente do departamento da Microsoft responsável pelo sector dos telemóveis, Erik Jorgensen, revelou que o próximo passo será o de determinar a localização de um determinado utilizador, a fim de lhe devolver resultados mais ricos, e integrar gráficos sociais nos resultados da busca.
Fonte: Público
quarta-feira, 14 de julho de 2010
A banda larga no Brasil é cara e lenta
1 Comentários quarta-feira, julho 14, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: banda larga, Internet
Autora: Karla Mendes. Data: 14/07/2010.
Fontes: O Estado de S. Paulo.
O brasileiro paga caro pela internet e não recebe as informações corretas sobre o serviço que é oferecido. Essa é a conclusão de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), que comparou o preço e a qualidade da banda larga em seis capitais brasileiras. "A internet no Brasil é cara, lenta e restrita", ressaltou Estela Guerrini, advogada do Idec, responsável pela pesquisa. Na visão do instituto, a concorrência "quase inexistente" é a principal vilã para os preços da banda larga no mercado brasileiro.
Para ter internet rápida em casa, o brasileiro paga em média US$ 28 por mês, valor que chega a 4,58% da renda per capita no País, segundo o Idec. Nos EUA, o valor é de apenas 0,5% da renda per capita dos americanos e, na França, é de 1,02%. Além disso, apesar de pagar caro, o consumidor brasileiro não recebe um bom serviço. Segundo levantamento recente realizado pela empresa americana Akamai, a velocidade de tráfego da internet brasileira é uma das mais lentas do mundo.
A pesquisa mostra que a velocidade média é de pouco mais de um megabit por segundo (Mbps), 93% menor que a velocidade média da Coréia do Sul, líder do ranking. Além disso, 20% das conexões no País têm velocidade inferior a 256 quilobits por segundo (Kbps), o que passa ao largo da velocidade mínima estabelecida pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), entre 1,5 e 2 Mbps.
O Idec aponta ainda diversas deficiências de qualidade na prestação do serviço aos clientes. A principal queixa do órgão de defesa do consumidor é em relação à variação da velocidade, pois a maioria das empresas só se compromete a entregar um porcentual mínimo de conexão. Segundo o Idec, o site e o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Ajato, por exemplo, nada falam sobre o problema. E o contrato prevê que a operadora não se responsabiliza pelas diferenças de velocidade em decorrência de fatores externos.
Na Net, o site e o SAC nada falam sobre variação de velocidade. Mas o contrato prevê que a velocidade máxima ofertada em cada uma das faixas é de até 10% da indicada. No caso da Telefonica, o site não fala sobre variação de velocidade e o SAC informa que a velocidade pode variar. O contrato, por outro lado, prevê que as velocidades estão sujeitas a variações.
O site da GVT não informa sobre variação de velocidade. O SAC informa que há pouca variação de velocidade e o contrato prevê que algumas velocidades máximas são garantidas apenas para o acesso à rede da GVT. A Oi, segundo o Idec, também não dá informações sobre variação de velocidade no site da empresa. Seu SAC informa que a velocidade é sempre a mesma, em qualquer horário, e o contrato, por outro lado, prevê que as faixas de velocidade não são garantidas.
Outro lado
Procurada, a GVT informou que sua proposta de valor é oferecer "o melhor custo-benefício do mercado". A Telefônica informou que "tem compromisso com a garantia da qualidade na oferta e prestação do serviço de banda larga, seja com a marca Speedy, seja com a marca Ajato". A Oi informou que "os custos incorridos na prestação do Oi Velox (...) são diferenciados por localidade". Já a Net disse que "garante em contrato o mínimo de 10% da velocidade contratada, e não apenas 10%".
Fontes: O Estado de S. Paulo.
O brasileiro paga caro pela internet e não recebe as informações corretas sobre o serviço que é oferecido. Essa é a conclusão de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), que comparou o preço e a qualidade da banda larga em seis capitais brasileiras. "A internet no Brasil é cara, lenta e restrita", ressaltou Estela Guerrini, advogada do Idec, responsável pela pesquisa. Na visão do instituto, a concorrência "quase inexistente" é a principal vilã para os preços da banda larga no mercado brasileiro.
Para ter internet rápida em casa, o brasileiro paga em média US$ 28 por mês, valor que chega a 4,58% da renda per capita no País, segundo o Idec. Nos EUA, o valor é de apenas 0,5% da renda per capita dos americanos e, na França, é de 1,02%. Além disso, apesar de pagar caro, o consumidor brasileiro não recebe um bom serviço. Segundo levantamento recente realizado pela empresa americana Akamai, a velocidade de tráfego da internet brasileira é uma das mais lentas do mundo.
A pesquisa mostra que a velocidade média é de pouco mais de um megabit por segundo (Mbps), 93% menor que a velocidade média da Coréia do Sul, líder do ranking. Além disso, 20% das conexões no País têm velocidade inferior a 256 quilobits por segundo (Kbps), o que passa ao largo da velocidade mínima estabelecida pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), entre 1,5 e 2 Mbps.
O Idec aponta ainda diversas deficiências de qualidade na prestação do serviço aos clientes. A principal queixa do órgão de defesa do consumidor é em relação à variação da velocidade, pois a maioria das empresas só se compromete a entregar um porcentual mínimo de conexão. Segundo o Idec, o site e o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Ajato, por exemplo, nada falam sobre o problema. E o contrato prevê que a operadora não se responsabiliza pelas diferenças de velocidade em decorrência de fatores externos.
Na Net, o site e o SAC nada falam sobre variação de velocidade. Mas o contrato prevê que a velocidade máxima ofertada em cada uma das faixas é de até 10% da indicada. No caso da Telefonica, o site não fala sobre variação de velocidade e o SAC informa que a velocidade pode variar. O contrato, por outro lado, prevê que as velocidades estão sujeitas a variações.
O site da GVT não informa sobre variação de velocidade. O SAC informa que há pouca variação de velocidade e o contrato prevê que algumas velocidades máximas são garantidas apenas para o acesso à rede da GVT. A Oi, segundo o Idec, também não dá informações sobre variação de velocidade no site da empresa. Seu SAC informa que a velocidade é sempre a mesma, em qualquer horário, e o contrato, por outro lado, prevê que as faixas de velocidade não são garantidas.
Outro lado
Procurada, a GVT informou que sua proposta de valor é oferecer "o melhor custo-benefício do mercado". A Telefônica informou que "tem compromisso com a garantia da qualidade na oferta e prestação do serviço de banda larga, seja com a marca Speedy, seja com a marca Ajato". A Oi informou que "os custos incorridos na prestação do Oi Velox (...) são diferenciados por localidade". Já a Net disse que "garante em contrato o mínimo de 10% da velocidade contratada, e não apenas 10%".
Novo número do International Journal on Digital Libraries
0 Comentários quarta-feira, julho 14, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: international journal on digital libraries
Sumário dos artigos publicados no v. 10, n. 4, 2010:
• Systematic planning for digital preservation: evaluating potential strategies and building preservation plans. Christoph Becker, Hannes Kulovits, Mark Guttenbrunner, Stephan Strodl, Andreas Rauber & Hans Hofman. p. 133-157Dependency management for digital preservation using semantic web technologies. Yannis Marketakis & Yannis Tzitzikas. p. 159-177.
• Semantic Web enabled digital repositories. Dimitrios A. Koutsomitropoulos, Geórgia D. Solomou, Andreas D. Alexopoulos & Theodore S. Papatheodorou. p. 179-199.
• Methodologies and tools for audio digital archives. Nicola Orio, Lauro Snidaro, Sergio Canazza & Gian Luca Foresti. p. 201-220.
• Systematic planning for digital preservation: evaluating potential strategies and building preservation plans. Christoph Becker, Hannes Kulovits, Mark Guttenbrunner, Stephan Strodl, Andreas Rauber & Hans Hofman. p. 133-157Dependency management for digital preservation using semantic web technologies. Yannis Marketakis & Yannis Tzitzikas. p. 159-177.
• Semantic Web enabled digital repositories. Dimitrios A. Koutsomitropoulos, Geórgia D. Solomou, Andreas D. Alexopoulos & Theodore S. Papatheodorou. p. 179-199.
• Methodologies and tools for audio digital archives. Nicola Orio, Lauro Snidaro, Sergio Canazza & Gian Luca Foresti. p. 201-220.
A agonia de um antigo gigante da imprensa
0 Comentários quarta-feira, julho 14, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: Jornal do Brasil, jornal eletrônico
Jornal do Brasil ficará somente na internet
Autor: Vinicius Aguiari.
Fonte: INFO Online. Data: 13/07/2010.
O "Jornal do Brasil" vai abolir sua versão impressa e “circular” somente no formato online. O anúncio foi feito pelo dono da marca, o empresário Nelson Tanure.
A data para o fim do formato impresso deve ser decidida nesta quarta ou quinta-feira. A transição provocou a demissão do presidente do jornal, Pedro Grossi. O executivo havia sido contratado há quatro meses para dirigir a versão impressa do periódico.
Em carta divulgada pelo site Janela Publicitária, Grossi se posicionou contra a mudança. “Considerando que isto contraria a razão pela qual fui contratado, solicito, sem perda de meus direitos, que o expediente do jornal e de todas as revistas não conste mais meu nome”, escreveu ele.
Com dívidas estimadas em R$ 100 milhões e vendo a circulação cair, Tanure tentou vender o jornal. Sem sucesso em sua empreitada, decidiu manter o jornal somente na rede. Um dos mais velhos do país, o “Jornal do Brasil” teve sua primeira edição publicada em 1891. O "JB" tem hoje tiragem de 17 mil exemplares nos dias de semana e de 22 mil aos domingos.
Autor: Vinicius Aguiari.
Fonte: INFO Online. Data: 13/07/2010.
O "Jornal do Brasil" vai abolir sua versão impressa e “circular” somente no formato online. O anúncio foi feito pelo dono da marca, o empresário Nelson Tanure.
A data para o fim do formato impresso deve ser decidida nesta quarta ou quinta-feira. A transição provocou a demissão do presidente do jornal, Pedro Grossi. O executivo havia sido contratado há quatro meses para dirigir a versão impressa do periódico.
Em carta divulgada pelo site Janela Publicitária, Grossi se posicionou contra a mudança. “Considerando que isto contraria a razão pela qual fui contratado, solicito, sem perda de meus direitos, que o expediente do jornal e de todas as revistas não conste mais meu nome”, escreveu ele.
Com dívidas estimadas em R$ 100 milhões e vendo a circulação cair, Tanure tentou vender o jornal. Sem sucesso em sua empreitada, decidiu manter o jornal somente na rede. Um dos mais velhos do país, o “Jornal do Brasil” teve sua primeira edição publicada em 1891. O "JB" tem hoje tiragem de 17 mil exemplares nos dias de semana e de 22 mil aos domingos.
terça-feira, 13 de julho de 2010
USP digitaliza livros antigos sobre a África
0 Comentários terça-feira, julho 13, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: África, Instituto de Estudos Brasileiros, obras raras, Universidade de São Paulo
Fonte: Agência FAPESP.
Data: 11/07/2010.
O Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo (USP) começou a disponibilizar na internet livros e documentos raros sobre a África produzidos do século 16 ao 19.
O projeto Brasil África, que tem apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular, já construiu a base de dados sobre os documentos para facilitar a pesquisa detalhada das referências e começa a digitalizar imagens.
De acordo com a Márcia Moisés Ribeiro, pesquisadora do IEB e coordenadora do projeto, o objetivo é permitir o acesso a livros e documentos raros sobre o continente africano.
“O IEB possui uma das mais importantes bibliotecas de livros raros de São Paulo. A ideia foi construir um banco de dados para reunir informações sobre esses documentos e obras que, em seguida, serão digitalizados e disponibilizados”, disse à Agência FAPESP.
Márcia atualmente desenvolve o projeto de pesquisa “Medicina e escravidão nas dimensões do universo colonial: a América portuguesa e o Caribe francês no século 18”, que será concluído no fim do ano.
O site já conta com informações detalhadas sobre cada documento selecionado. “Há dados sobre autor, obra, data e local da publicação. A base de dados traz também um breve resumo de cada documento indicado”, explicou.
É possível encontrar documentos que envolvem as mais diversas áreas sobre o continente, como história, geografia, medicina, religião e temas relacionados ao tráfico de escravos.
“São livros raros de viagem, de medicina, sobre a fauna e flora, além da história e das religiões africanas. Sobre a escravidão, há assuntos relacionados ao comércio e tráfico negreiro, como condições da travessia desses escravos, entre outros temas”, disse Márcia.
O processo de digitalização dos documentos da base de dados foi iniciado em maio e a previsão é que até o fim deste ano todas as obras estejam disponíveis no site.
A pesquisadora estima a existência de cerca de 600 documentos e livros raros sobre a África nas várias coleções do IEB. “Até agora trabalhamos apenas com os documentos da biblioteca do IEB, que tem cerca de 300 documentos que já estão no banco de dados, mas ainda não disponíveis na versão digital, que será disponibilizada em julho. A próxima etapa será a documentação do arquivo, no qual se encontram os manuscritos”, destaca.
Nos manuscritos há diversas correspondências entre governantes da África e governadores das capitanias brasileiras. “É uma documentação rica, sobretudo porque muitos são documentos únicos”, disse Márcia.
Divulgar e preservar
De acordo com a historiadora, a ideia surgiu a partir de sua própria pesquisa. “Trabalho com história da medicina e escravidão no período colonial e, ao ter contato com o material no IEB, percebi que o instituto guardava documentos e livros importantes para historiadores”, contou.
Grande parte dos temas envolvendo o continente africano, segundo ela, era estudada principalmente pela relação com a escravidão. “Mas, nas últimas décadas, outros temas relacionados à África têm despertado interesse de pesquisadores. A história do continente, por exemplo, só passou a ser obrigatória como disciplina há cerca de dez anos, nos programas das universidades. Mas ainda é restrita, quando comparada com a história da América, por exemplo”, destacou.
Márcia salienta que, ao ampliar o acesso a textos e imagens raras – com possibilidades de impressão –, será possível estimular os estudos de forma geral sobre o continente.
“Além de democratizar o acesso pela internet, a digitalização é uma forma de preservar as obras raras, evitando o manuseio excessivo e desgaste”, disse.
Data: 11/07/2010.
O Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo (USP) começou a disponibilizar na internet livros e documentos raros sobre a África produzidos do século 16 ao 19.
O projeto Brasil África, que tem apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular, já construiu a base de dados sobre os documentos para facilitar a pesquisa detalhada das referências e começa a digitalizar imagens.
De acordo com a Márcia Moisés Ribeiro, pesquisadora do IEB e coordenadora do projeto, o objetivo é permitir o acesso a livros e documentos raros sobre o continente africano.
“O IEB possui uma das mais importantes bibliotecas de livros raros de São Paulo. A ideia foi construir um banco de dados para reunir informações sobre esses documentos e obras que, em seguida, serão digitalizados e disponibilizados”, disse à Agência FAPESP.
Márcia atualmente desenvolve o projeto de pesquisa “Medicina e escravidão nas dimensões do universo colonial: a América portuguesa e o Caribe francês no século 18”, que será concluído no fim do ano.
O site já conta com informações detalhadas sobre cada documento selecionado. “Há dados sobre autor, obra, data e local da publicação. A base de dados traz também um breve resumo de cada documento indicado”, explicou.
É possível encontrar documentos que envolvem as mais diversas áreas sobre o continente, como história, geografia, medicina, religião e temas relacionados ao tráfico de escravos.
“São livros raros de viagem, de medicina, sobre a fauna e flora, além da história e das religiões africanas. Sobre a escravidão, há assuntos relacionados ao comércio e tráfico negreiro, como condições da travessia desses escravos, entre outros temas”, disse Márcia.
O processo de digitalização dos documentos da base de dados foi iniciado em maio e a previsão é que até o fim deste ano todas as obras estejam disponíveis no site.
A pesquisadora estima a existência de cerca de 600 documentos e livros raros sobre a África nas várias coleções do IEB. “Até agora trabalhamos apenas com os documentos da biblioteca do IEB, que tem cerca de 300 documentos que já estão no banco de dados, mas ainda não disponíveis na versão digital, que será disponibilizada em julho. A próxima etapa será a documentação do arquivo, no qual se encontram os manuscritos”, destaca.
Nos manuscritos há diversas correspondências entre governantes da África e governadores das capitanias brasileiras. “É uma documentação rica, sobretudo porque muitos são documentos únicos”, disse Márcia.
Divulgar e preservar
De acordo com a historiadora, a ideia surgiu a partir de sua própria pesquisa. “Trabalho com história da medicina e escravidão no período colonial e, ao ter contato com o material no IEB, percebi que o instituto guardava documentos e livros importantes para historiadores”, contou.
Grande parte dos temas envolvendo o continente africano, segundo ela, era estudada principalmente pela relação com a escravidão. “Mas, nas últimas décadas, outros temas relacionados à África têm despertado interesse de pesquisadores. A história do continente, por exemplo, só passou a ser obrigatória como disciplina há cerca de dez anos, nos programas das universidades. Mas ainda é restrita, quando comparada com a história da América, por exemplo”, destacou.
Márcia salienta que, ao ampliar o acesso a textos e imagens raras – com possibilidades de impressão –, será possível estimular os estudos de forma geral sobre o continente.
“Além de democratizar o acesso pela internet, a digitalização é uma forma de preservar as obras raras, evitando o manuseio excessivo e desgaste”, disse.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Novembro de 2010: dois eventos em Brasilia
0 Comentários segunda-feira, julho 12, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: Conferência Internacional sobre Inclusão Digital e Socia, Evento, Seminário sobre Informação na Internet
URL: http://si2010.ibict.br/index.php/si/sibrecha
Local: Local: Palácio do Itamaraty
Período: 16 a 18 de novembro de 2010
3º Seminário sobre Informação na Internet
Objetivos: analisar os aspectos relativos ao futuro da Internet no Brasil bem como as políticas e ações que interferem no processo.
Público Alvo: profissionais ligados aos seguintes segmentos: mecanismos de busca, provedores e portais de acesso, comércio eletrônico, cursos de informática, revistas de informática, softwares, órgãos governamentais, bibliotecas e serviços de informação.
Temário:
Painel 1 - Cenários futuros da Internet mundial e seus reflexos no Brasil
Painel 2 - Cenários futuros da Internet no Brasil
Painel 3 - A Internet e a ação das unidades de informação
Painel 4 - A imagem na Internet: um mundo a ser descoberto
Painel 5 - O custo do acesso à Internet no Brasil: caro ou barato?
Painel 6 - As faces ocultas da dependência da Internet
Período: 18 a 19 de novembro de 2010
III Conferência Internacional sobre Inclusão Digital e Social
Objetivos: discutir as políticas e as tecnologias utilizadas para a realização da inclusão digital e social na Ibero-América.
Público Alvo: empresas, universidades, institutos de pesquisa, entidades e órgãos do governo, pesquisadores, estudantes e interessados, visando a articulação entre as entidades e seus profissionais.
Temário:
Painel 1 - Políticas públicas para a informação e inclusão digital nos países ibero-americanos
Painel 2 - Tecnologias digitais e as conseqüências do tecido social
Painel 3 - Construção do conhecimento no século XXI
Painel 4 - Panoramas da Inclusão Digital na Costa Rica
Painel 5 - Panoramas da Inclusão Digital na Espanha
Painel 6 - Novas mídias e as possibilidades de inclusão digital
Painel 7 - Produção de conteúdos interativos - o que muda nas práticas sociais
Local: Local: Palácio do Itamaraty
Período: 16 a 18 de novembro de 2010
3º Seminário sobre Informação na Internet
Objetivos: analisar os aspectos relativos ao futuro da Internet no Brasil bem como as políticas e ações que interferem no processo.
Público Alvo: profissionais ligados aos seguintes segmentos: mecanismos de busca, provedores e portais de acesso, comércio eletrônico, cursos de informática, revistas de informática, softwares, órgãos governamentais, bibliotecas e serviços de informação.
Temário:
Painel 1 - Cenários futuros da Internet mundial e seus reflexos no Brasil
Painel 2 - Cenários futuros da Internet no Brasil
Painel 3 - A Internet e a ação das unidades de informação
Painel 4 - A imagem na Internet: um mundo a ser descoberto
Painel 5 - O custo do acesso à Internet no Brasil: caro ou barato?
Painel 6 - As faces ocultas da dependência da Internet
Período: 18 a 19 de novembro de 2010
III Conferência Internacional sobre Inclusão Digital e Social
Objetivos: discutir as políticas e as tecnologias utilizadas para a realização da inclusão digital e social na Ibero-América.
Público Alvo: empresas, universidades, institutos de pesquisa, entidades e órgãos do governo, pesquisadores, estudantes e interessados, visando a articulação entre as entidades e seus profissionais.
Temário:
Painel 1 - Políticas públicas para a informação e inclusão digital nos países ibero-americanos
Painel 2 - Tecnologias digitais e as conseqüências do tecido social
Painel 3 - Construção do conhecimento no século XXI
Painel 4 - Panoramas da Inclusão Digital na Costa Rica
Painel 5 - Panoramas da Inclusão Digital na Espanha
Painel 6 - Novas mídias e as possibilidades de inclusão digital
Painel 7 - Produção de conteúdos interativos - o que muda nas práticas sociais
segunda-feira, 5 de julho de 2010
O bibliotecário do futuro?
1 Comentários segunda-feira, julho 05, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: bibliotecário, mecanismo de busca, serviço de referência
É interessante o que pensam os autores sobre o futuro do bibliotecário. Sugiro que você veja o filme "A Máquina do Tempo" (The Time Machine, 2002). Nele há um momento em que o viajante conversa com um bibliotecário de referência.
O vídeo, hospedado no Youtube, apresenta uma entrevista de referência entre um usuário e essa máquina holográfica com aparência humana. Vale a pena dar uma olhada.
Murilo Cunha
O vídeo, hospedado no Youtube, apresenta uma entrevista de referência entre um usuário e essa máquina holográfica com aparência humana. Vale a pena dar uma olhada.
Murilo Cunha
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Fim do livro? Umberto Eco e Jean-Claude Carrière garantem que não
0 Comentários quinta-feira, julho 01, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: e-book, livro eletrônico
Autora: Carina Lessa.
Fonte: Jornal do Brasil. Data: 29/06/2010.
Não contem com o fim do livro trata de uma conversa entre Umberto Eco e Jean-Claude Carrière, intermediada pelo jornalista Jean-Philippe de Tonnac. O que parece ser, a princípio, uma discussão em torno do fatídico tema sobre o futuro do livro impresso, com a chegada do suporte eletrônico e-book, revela-se um saboroso diálogo sobre a história do livro desde o papiro.
Se para muitos o ebook é festejado e para outros o futuro do livro é cada vez mais motivo de insônia, para Eco e Carrière, ambos os pontos são neutralizados já no segundo dos 15 capítulos. Se carregar livros em um pequeno aparelho portátil e eletrônico protege-os do pesadelo de O nome da rosa – volumes consumidos pelo fogo – também devemos aceitar que não há “nada mais efêmero do que os suportes duráveis”, como afirma Carrière. Ou ainda, segundo Eco, “em todo caso, se a memória visual e sonora do século 20 se apaga durante um blecaute, ou de outra maneira qualquer, sempre nos restará o livro”.
Excesso de consumo
A efemeridade dos suportes duráveis explica-se pelo fato de a cada instante surgirem novos suportes ou aparelhos a exigir um novo tipo de conhecimento para bem utilizá-lo. A ansiedade de produção, indiscutivelmente, vem atender ao excesso de consumo da sociedade contemporânea. Do disquete ao i-Pod, mal temos tempo de assimilar as técnicas de um, surge outro produto que deve ser apreendido com agilidade, antes de a tecnologia dar um novo passo.
Mesmo na moda, para os agora chamados fashionistas, é necessário criar um modelito de dois em dois meses. Em função disso, os autores questionam os limites entre passado e futuro. O presente já não existe. “Estamos sempre buscando nos preparar para o futuro”, diz Eco. Que também reclama do fato de a maioria das teses tratarem de questões contemporâneas: “Recebo uma profusão de teses dedicadas à minha obra. É uma loucura! Mas como fazer uma tese sobre um sujeito que ainda está vivo?”
A sabedoria e elegância das palavras dos bibliófilos sugerem ainda, mais do que um simples problema de suporte para a escrita, uma inquietação diante da atual condição do presente que não se sustenta com a ansiedade pós-moderna de dar conta do futuro. O que na literatura parece, inevitavelmente, mais grave do que construir estudos sobre autores vivos é a publicação constante de trabalhos que tendem a imortalizar escritores que mal lançaram o primeiro romance ou livro de contos. Se não há “nada mais efêmero do que os suportes duráveis”, grande parte dos romances contemporâneos é de autores tão efêmeros quanto a tecnologia que deve atender às necessidades de consumo. Surgem e desaparecem para dar luz a uma nova celebridade.
Erros humanos
De certa forma, a tentativa de dar conta do futuro da literatura – quem ficará? – corre o sério risco de fazer parte das histórias e/ou anedotas mencionadas por Eco e Carrière ao lembrarem da relação carinhosa que cultivam com o elogio da burrice. Claro, com a ressalva bem humorada de Eco, que dedicou uma parte de sua coleção a livros raros sobre os erros humanos, pois respeita o fato de terem sido produzidos na tentativa de se estabelecer uma verdade.
De acordo com Carrière, “Flaubert disse que a burrice é querer concluir. O imbecil pode chegar por si mesmo a soluções peremptórias, definitivas”. Conhecemos, na maior parte da produção de conhecimento, a história da inteligência, mas não devemos negligenciar o que a burrice tem a nos oferecer. Um aspecto curioso de Não contem com o fim do livro é a recorrência da palavra história. Se no universo contemporâneo a palavra de ordem parece ser o futuro e a inovação, aqui a linha mestra perpassa um passado (mesmo do erro) que de maneira nenhuma deve ser negado. A história prevalece e ao presente cabe respeitá-la. “Às vezes é útil relativizar nossas pretensas proezas técnicas”, declara Jean-Claude ao lembrar que os livros de Victor Hugo chegavam mais rapidamente a outros países do que os best- -sellers nos dias de hoje.
O amor aos incunábulos parece ser a fenda possível e insuperável. Colecionadores de obras antigas e raras, os autores elevam o livro a um status que não pode ser alcançado. Se cabe aos leitores avaliar os limites da inovação, este diálogo amoroso – entre dois bibliófilos, grandes nomes da intelectualidade – oferece de graça e sutilmente argumentos perfeitos que percorrem 5 mil anos de história.
Referência:
Eco, Umberto; Carrière, Jean-Claude. Não contem com o fim do livro. Rio de Janeiro: Editora Record. 272 páginas. R$ 39,90
Fonte: Jornal do Brasil. Data: 29/06/2010.
Não contem com o fim do livro trata de uma conversa entre Umberto Eco e Jean-Claude Carrière, intermediada pelo jornalista Jean-Philippe de Tonnac. O que parece ser, a princípio, uma discussão em torno do fatídico tema sobre o futuro do livro impresso, com a chegada do suporte eletrônico e-book, revela-se um saboroso diálogo sobre a história do livro desde o papiro.
Se para muitos o ebook é festejado e para outros o futuro do livro é cada vez mais motivo de insônia, para Eco e Carrière, ambos os pontos são neutralizados já no segundo dos 15 capítulos. Se carregar livros em um pequeno aparelho portátil e eletrônico protege-os do pesadelo de O nome da rosa – volumes consumidos pelo fogo – também devemos aceitar que não há “nada mais efêmero do que os suportes duráveis”, como afirma Carrière. Ou ainda, segundo Eco, “em todo caso, se a memória visual e sonora do século 20 se apaga durante um blecaute, ou de outra maneira qualquer, sempre nos restará o livro”.
Excesso de consumo
A efemeridade dos suportes duráveis explica-se pelo fato de a cada instante surgirem novos suportes ou aparelhos a exigir um novo tipo de conhecimento para bem utilizá-lo. A ansiedade de produção, indiscutivelmente, vem atender ao excesso de consumo da sociedade contemporânea. Do disquete ao i-Pod, mal temos tempo de assimilar as técnicas de um, surge outro produto que deve ser apreendido com agilidade, antes de a tecnologia dar um novo passo.
Mesmo na moda, para os agora chamados fashionistas, é necessário criar um modelito de dois em dois meses. Em função disso, os autores questionam os limites entre passado e futuro. O presente já não existe. “Estamos sempre buscando nos preparar para o futuro”, diz Eco. Que também reclama do fato de a maioria das teses tratarem de questões contemporâneas: “Recebo uma profusão de teses dedicadas à minha obra. É uma loucura! Mas como fazer uma tese sobre um sujeito que ainda está vivo?”
A sabedoria e elegância das palavras dos bibliófilos sugerem ainda, mais do que um simples problema de suporte para a escrita, uma inquietação diante da atual condição do presente que não se sustenta com a ansiedade pós-moderna de dar conta do futuro. O que na literatura parece, inevitavelmente, mais grave do que construir estudos sobre autores vivos é a publicação constante de trabalhos que tendem a imortalizar escritores que mal lançaram o primeiro romance ou livro de contos. Se não há “nada mais efêmero do que os suportes duráveis”, grande parte dos romances contemporâneos é de autores tão efêmeros quanto a tecnologia que deve atender às necessidades de consumo. Surgem e desaparecem para dar luz a uma nova celebridade.
Erros humanos
De certa forma, a tentativa de dar conta do futuro da literatura – quem ficará? – corre o sério risco de fazer parte das histórias e/ou anedotas mencionadas por Eco e Carrière ao lembrarem da relação carinhosa que cultivam com o elogio da burrice. Claro, com a ressalva bem humorada de Eco, que dedicou uma parte de sua coleção a livros raros sobre os erros humanos, pois respeita o fato de terem sido produzidos na tentativa de se estabelecer uma verdade.
De acordo com Carrière, “Flaubert disse que a burrice é querer concluir. O imbecil pode chegar por si mesmo a soluções peremptórias, definitivas”. Conhecemos, na maior parte da produção de conhecimento, a história da inteligência, mas não devemos negligenciar o que a burrice tem a nos oferecer. Um aspecto curioso de Não contem com o fim do livro é a recorrência da palavra história. Se no universo contemporâneo a palavra de ordem parece ser o futuro e a inovação, aqui a linha mestra perpassa um passado (mesmo do erro) que de maneira nenhuma deve ser negado. A história prevalece e ao presente cabe respeitá-la. “Às vezes é útil relativizar nossas pretensas proezas técnicas”, declara Jean-Claude ao lembrar que os livros de Victor Hugo chegavam mais rapidamente a outros países do que os best- -sellers nos dias de hoje.
O amor aos incunábulos parece ser a fenda possível e insuperável. Colecionadores de obras antigas e raras, os autores elevam o livro a um status que não pode ser alcançado. Se cabe aos leitores avaliar os limites da inovação, este diálogo amoroso – entre dois bibliófilos, grandes nomes da intelectualidade – oferece de graça e sutilmente argumentos perfeitos que percorrem 5 mil anos de história.
Referência:
Eco, Umberto; Carrière, Jean-Claude. Não contem com o fim do livro. Rio de Janeiro: Editora Record. 272 páginas. R$ 39,90
Twitter é superestimado
0 Comentários quinta-feira, julho 01, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: redes sociais, Twitter
Autora: Lia Segre. Data: 29/06/2010.
Fonte: Observatório do Direito à Comunicação.
Foi notícia em diversos veículos a campanha "Um dia sem Globo”, inventada por usuários do Twitter para que na sexta feira (25) a população visse o jogo do Brasil contra Portugal por outros canais, para o ibope global diminuir.
A ideia veio depois da polêmica envolvendo Dunga e a Globo no domingo (20). Partindo em defesa do técnico da seleção brasileira, os usuários se levantaram contra o monopólio da emissora. Ir contra um monopólio inconstitucional é um bom motivo para qualquer campanha, ainda que ao fim da partida a Globo tenha conseguido um bom número, 43,6 pontos de audiência, e a Band 12,7 - resultado recorde segundo o site especializado AdNews.
Mas o mérito do Twitter não deve ser superestimado. É importante lembrar a contradição de uma campanha contra o monopólio ser feita em um meio monopolizado, elitista, que é a internet e o Twitter no Brasil. O número de usuários frequentes de internet é por volta de 39% no Brasil, considerando como “uso frequente” ter utilizado a rede nos últimos 3 meses.
Só 3% dests 39% que utilizou a internet nos últimos 3 meses entra na rede menos de uma vez por mês, sendo que 58% utiliza diariamente, ou seja, 22% da população brasileira (dados do Centro de Estudos das TICs do Comitê Gestor da Internet Brasileira) . Um número bem abaixo dos que tem acesso diário à TV. Ainda assim, a grande mídia tem noticiado acontecimentos do Twitter como se fosse a nova revolução da comunicação depois da internet.
A luta pela democratização da comunicação deve ser feita em todos os meios possíveis, mesmo que elitizados. O Twitter tem um alcance significativo na classe média, mas essa atuação não pode ser confundida ou substituída por uma atuação política fora de lá. Afinal, a esfera de microblogs é o cúmulo da desinformação (milhares de desinformações seguidas, que tem curta duração e memória). Tão curto quanto um tweet. Como disse Flavio Gomes, colunista esportivo do Ig no texto A Era dos Grunhido (19/06), discutir uma “hashtag” de Twitter é como sugerir um congresso sobre comunidades bizarras do Orkut.
Gomes criticava a escolha editorial de Veja de dar sete páginas para o caso "Cala Boca Galvão", e poucas linhas para criticar as escolhas políticas de Saramago. Ele, que tinha blog e Twitter, mas uma opinião realista sobre as comunidades digitais. Gomes conta que em uma recente entrevista por e-mail a O Globo, Saramago disse: "Nem sequer é para mim uma tentação de neófito. Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido.”
Fonte: Observatório do Direito à Comunicação.
Foi notícia em diversos veículos a campanha "Um dia sem Globo”, inventada por usuários do Twitter para que na sexta feira (25) a população visse o jogo do Brasil contra Portugal por outros canais, para o ibope global diminuir.
A ideia veio depois da polêmica envolvendo Dunga e a Globo no domingo (20). Partindo em defesa do técnico da seleção brasileira, os usuários se levantaram contra o monopólio da emissora. Ir contra um monopólio inconstitucional é um bom motivo para qualquer campanha, ainda que ao fim da partida a Globo tenha conseguido um bom número, 43,6 pontos de audiência, e a Band 12,7 - resultado recorde segundo o site especializado AdNews.
Mas o mérito do Twitter não deve ser superestimado. É importante lembrar a contradição de uma campanha contra o monopólio ser feita em um meio monopolizado, elitista, que é a internet e o Twitter no Brasil. O número de usuários frequentes de internet é por volta de 39% no Brasil, considerando como “uso frequente” ter utilizado a rede nos últimos 3 meses.
Só 3% dests 39% que utilizou a internet nos últimos 3 meses entra na rede menos de uma vez por mês, sendo que 58% utiliza diariamente, ou seja, 22% da população brasileira (dados do Centro de Estudos das TICs do Comitê Gestor da Internet Brasileira) . Um número bem abaixo dos que tem acesso diário à TV. Ainda assim, a grande mídia tem noticiado acontecimentos do Twitter como se fosse a nova revolução da comunicação depois da internet.
A luta pela democratização da comunicação deve ser feita em todos os meios possíveis, mesmo que elitizados. O Twitter tem um alcance significativo na classe média, mas essa atuação não pode ser confundida ou substituída por uma atuação política fora de lá. Afinal, a esfera de microblogs é o cúmulo da desinformação (milhares de desinformações seguidas, que tem curta duração e memória). Tão curto quanto um tweet. Como disse Flavio Gomes, colunista esportivo do Ig no texto A Era dos Grunhido (19/06), discutir uma “hashtag” de Twitter é como sugerir um congresso sobre comunidades bizarras do Orkut.
Gomes criticava a escolha editorial de Veja de dar sete páginas para o caso "Cala Boca Galvão", e poucas linhas para criticar as escolhas políticas de Saramago. Ele, que tinha blog e Twitter, mas uma opinião realista sobre as comunidades digitais. Gomes conta que em uma recente entrevista por e-mail a O Globo, Saramago disse: "Nem sequer é para mim uma tentação de neófito. Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido.”
Nos EUA, bibliotecas se rendem à internet
0 Comentários quinta-feira, julho 01, 2010
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: e-book, livro eletrônico
Autor: Geoffrey A. Fowler.
Fonte original: The Wall Street Journal.
Fonte em português: Valor Econômico. Data: 29/06/2010.
Mais leitores nos Estados Unidos podem em breve se ver livres da multa por atraso na devolução. Bibliotecas do país estão expandindo a oferta de livros eletrônicos com edições fora de catálogo que expiram na data de vencimento. Isso é parte de um esforço maior das bibliotecas para se adaptar à era da internet.
A partir de hoje, um grupo de bibliotecas encabeçado pelo Internet Archive, uma organização sem fins lucrativos, vai se unir para permitir que as pessoas tomem emprestadas pela internet cópias digitalizadas de seu acervo impresso.
As bibliotecas participantes, entre elas a Biblioteca Pública de Boston, o Internet Archive e o Laboratório de Biologia Marinha, vão oferecer 1 milhão de livros em domínio público e também algumas centenas de obras que ainda têm direito autoral, mas estão esgotadas e não podem ser obtidas comercialmente.
Para ler os livros digitais, as pessoas podem baixá-los gratuitamente no computador ou nos aparelhos para e-books. O software usado torna o livro impossível de ler após expirar o prazo de empréstimo.
Dois terços das bibliotecas americanas ofereceram empréstimos de e-books em 2009, segundo uma pesquisa da Associação Americana de Bibliotecas. Mas a grande maioria dos títulos eram contemporâneos, como o mais novo livro do escritor de terror Stephen King, por exemplo.
O projeto do Internet Archive, chamado Openlibrary.org, envolve milhares de livros que ocupam a maioria das prateleiras de bibliotecas públicas - na maioria, obras publicadas nos últimos 90 anos. Mas o projeto também pode suscitar críticas porque a lei de direito autoral ainda não é clara em relação aos livros digitais. O Google , que tem sua própria iniciativa de digitalização de livros, está paralisado num atoleiro judicial com escritores e editores por causa do projeto.
"Sabemos que nossos usuários hoje iniciam suas pesquisas por informação on-line", disse Thomas Blake, gerente de projetos digitais da Biblioteca Pública de Boston, que está cedendo ao projeto alguns livros de genealogia de seu acervo que ainda têm direito autoral. "Em vez de ficarmos sentados esperando que as pessoas voltem a frequentar a biblioteca, queremos ir até nossos leitores onde eles estiverem."
Muitas bibliotecas criaram acervos digitais comprando cópias de e-books de empresas como a Overdrive . O site Openlibrary.org passará a catalogar 70 mil títulos do total de livros oferecidos pela Overdrive, juntamente com os links para obtê-los em bibliotecas locais.
Mas a iniciativa de digitalização do Internet Archive tem como objetivo expandir as bibliotecas digitais muito além do tipo de e-books contemporâneos oferecidos pela Overdrive. Sediada em San Francisco, a biblioteca sem fins lucrativos começou a escanear livros mais antigos em seus 20 centros de digitalização espalhados pelo mundo. Até agora, essas cópias serviam para expandir o acesso a obras em domínio público, ou criar meios digitais para que deficientes visuais pudessem ler livros com direito autoral.
"Estamos tentando criar uma biblioteca integrada digital com tudo que estiver disponível em qualquer lugar, onde você pode ir e encontrar não apenas informações sobre livros, mas encontrar os próprios livros e pegar um emprestado", disse Brewster Kahle, fundador e bibliotecário digital do Internet Archive.
Com seu mais novo projeto, a ONG está testando a ideia de também oferecer às massas livros digitais com direito autoral. Só uma pessoa de cada vez poderá tomar emprestada, durante duas semanas, a cópia digital de um livro com direito autoral. Enquanto a edição digital estiver circulando, não será permitido levar para casa a cópia física do livro devido a restrições de direito autoral. O acervo disponível inicialmente inclui manuais e livros técnicos, compêndios sobre a vida marinha e textos em espanhol da Universidade Francisco Marroquin, da Guatemala.
O projeto pode enfrentar processos de escritores e editores. Paul Aiken, diretor executivo da associação de escritores Authors Guild - que abriu um processo contra o projeto de digitalização de livros do Google - não estava disponível para comentar o projeto do Internet Archive.
"Estamos apenas tentando fazer o que as bibliotecas sempre fizeram", disse Kahle, do Internet Archive. Ele disse que há planos de expandir o projeto e gostaria de encontrar outras bibliotecas interessadas em participar. Ele disse que o esforço de oferecer livros com direito autoral será restrito apenas a obras que não estão mais à venda.
Ter que pedir permissão do detentor do direito autoral para escanear um livro é oneroso, disse Blake. "Se você tem uma cópia física de algo, deveria poder emprestá-la. Não achamos que vamos prejudicar o valor de mercado desses itens."
Stewart Brand, autor do livro "The Media Lab", de 1988, uma das obras escaneadas que ficarão disponíveis para empréstimos - disse não se incomodar que seu livro fique disponível desse jeito. Kahle pediu sua permissão, disse Brand, e ele a deu porque acha que digitalizar livros tem o potencial de melhorar o conhecimento da humanidade.
"Sei que as bibliotecas são um dos mais importantes pilares da civilização, e quase sempre os bibliotecários querem é que o devem receber", disse Brand.
Fonte original: The Wall Street Journal.
Fonte em português: Valor Econômico. Data: 29/06/2010.
Mais leitores nos Estados Unidos podem em breve se ver livres da multa por atraso na devolução. Bibliotecas do país estão expandindo a oferta de livros eletrônicos com edições fora de catálogo que expiram na data de vencimento. Isso é parte de um esforço maior das bibliotecas para se adaptar à era da internet.
A partir de hoje, um grupo de bibliotecas encabeçado pelo Internet Archive, uma organização sem fins lucrativos, vai se unir para permitir que as pessoas tomem emprestadas pela internet cópias digitalizadas de seu acervo impresso.
As bibliotecas participantes, entre elas a Biblioteca Pública de Boston, o Internet Archive e o Laboratório de Biologia Marinha, vão oferecer 1 milhão de livros em domínio público e também algumas centenas de obras que ainda têm direito autoral, mas estão esgotadas e não podem ser obtidas comercialmente.
Para ler os livros digitais, as pessoas podem baixá-los gratuitamente no computador ou nos aparelhos para e-books. O software usado torna o livro impossível de ler após expirar o prazo de empréstimo.
Dois terços das bibliotecas americanas ofereceram empréstimos de e-books em 2009, segundo uma pesquisa da Associação Americana de Bibliotecas. Mas a grande maioria dos títulos eram contemporâneos, como o mais novo livro do escritor de terror Stephen King, por exemplo.
O projeto do Internet Archive, chamado Openlibrary.org, envolve milhares de livros que ocupam a maioria das prateleiras de bibliotecas públicas - na maioria, obras publicadas nos últimos 90 anos. Mas o projeto também pode suscitar críticas porque a lei de direito autoral ainda não é clara em relação aos livros digitais. O Google , que tem sua própria iniciativa de digitalização de livros, está paralisado num atoleiro judicial com escritores e editores por causa do projeto.
"Sabemos que nossos usuários hoje iniciam suas pesquisas por informação on-line", disse Thomas Blake, gerente de projetos digitais da Biblioteca Pública de Boston, que está cedendo ao projeto alguns livros de genealogia de seu acervo que ainda têm direito autoral. "Em vez de ficarmos sentados esperando que as pessoas voltem a frequentar a biblioteca, queremos ir até nossos leitores onde eles estiverem."
Muitas bibliotecas criaram acervos digitais comprando cópias de e-books de empresas como a Overdrive . O site Openlibrary.org passará a catalogar 70 mil títulos do total de livros oferecidos pela Overdrive, juntamente com os links para obtê-los em bibliotecas locais.
Mas a iniciativa de digitalização do Internet Archive tem como objetivo expandir as bibliotecas digitais muito além do tipo de e-books contemporâneos oferecidos pela Overdrive. Sediada em San Francisco, a biblioteca sem fins lucrativos começou a escanear livros mais antigos em seus 20 centros de digitalização espalhados pelo mundo. Até agora, essas cópias serviam para expandir o acesso a obras em domínio público, ou criar meios digitais para que deficientes visuais pudessem ler livros com direito autoral.
"Estamos tentando criar uma biblioteca integrada digital com tudo que estiver disponível em qualquer lugar, onde você pode ir e encontrar não apenas informações sobre livros, mas encontrar os próprios livros e pegar um emprestado", disse Brewster Kahle, fundador e bibliotecário digital do Internet Archive.
Com seu mais novo projeto, a ONG está testando a ideia de também oferecer às massas livros digitais com direito autoral. Só uma pessoa de cada vez poderá tomar emprestada, durante duas semanas, a cópia digital de um livro com direito autoral. Enquanto a edição digital estiver circulando, não será permitido levar para casa a cópia física do livro devido a restrições de direito autoral. O acervo disponível inicialmente inclui manuais e livros técnicos, compêndios sobre a vida marinha e textos em espanhol da Universidade Francisco Marroquin, da Guatemala.
O projeto pode enfrentar processos de escritores e editores. Paul Aiken, diretor executivo da associação de escritores Authors Guild - que abriu um processo contra o projeto de digitalização de livros do Google - não estava disponível para comentar o projeto do Internet Archive.
"Estamos apenas tentando fazer o que as bibliotecas sempre fizeram", disse Kahle, do Internet Archive. Ele disse que há planos de expandir o projeto e gostaria de encontrar outras bibliotecas interessadas em participar. Ele disse que o esforço de oferecer livros com direito autoral será restrito apenas a obras que não estão mais à venda.
Ter que pedir permissão do detentor do direito autoral para escanear um livro é oneroso, disse Blake. "Se você tem uma cópia física de algo, deveria poder emprestá-la. Não achamos que vamos prejudicar o valor de mercado desses itens."
Stewart Brand, autor do livro "The Media Lab", de 1988, uma das obras escaneadas que ficarão disponíveis para empréstimos - disse não se incomodar que seu livro fique disponível desse jeito. Kahle pediu sua permissão, disse Brand, e ele a deu porque acha que digitalizar livros tem o potencial de melhorar o conhecimento da humanidade.
"Sei que as bibliotecas são um dos mais importantes pilares da civilização, e quase sempre os bibliotecários querem é que o devem receber", disse Brand.
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