A Ana inaugurou este espaço ou "coluna" bloguista lançando um desafio a mim e aos meus colegas para que publiquemos nossas ideias e propostas em inglês, a fim de que a contribuição que vimos dando de há uns anos a esta parte para o campo cientifico da Documentação e Informação possa ser conhecido "lá fora".
Ora bem, Ana, alguma coisa tem sido feita, mas é manifestamente insuficiente. Minha colega Fernanda Ribeiro tem sido pioneira nesse esforço e eu ando insistindo comigo próprio na necessidade de traduzir os verbetes do DeltCI - Dicionário eletrônico de Terminologia em Ciência da Informação para inglês. Preciso, também, de revê-lo e devo sublinhar que tratando-se de um projecto de cooperação luso-brasileira em que participam colegas da Universidade Federal do Espirito Santo, nomeadamente do Attilio Provedel, recebeu o impulso generoso do Paulo Sousa, mas agora precisa de entrar noutra fase e espero que a Filipa Ramalho possa ajudar-me a avançar algo mais com este instrumento essencial para o reforço e a consolidação teórico-conceptual da CI. Já no que toca à tradução de livros como "A Informação" as dificuldades crescem e penso que a edição de livros nossos no estrangeiro só se fará se conseguirmos uma boa difusão através de artigos e comunicações em inglês.
Enfim, Ana, posso tranquilizá-la num ponto: a nossa intenção firme hoje é traduzir nossas propostas em inglês para que possamos alargar o diálogo tão necessário a outros espaços e comunidades que nos possam perceber e connosco discutir. Falta dinheiro e tempo, mas há vontade...
1 Comentários:
Louvo a atitude do Prof. Armando Malheiro em assinar uma coluna deste blog, ou se preferir, o magazine ou revista 2.0.
Em relação à internacionalização, é um facto que, tal como noutras ciências, se faz da visibilidade exterior, como a publicação de artigos científicos em revistas para o efeito. Não sendo eu um investigador, nem um teórico em CI, não tenho essa ambição, mas sentiria muito orgulho de ver as barreiras do idioma ultrapassadas e tutores ou colegas de curso passarem por essa experiência.
No que respeita aos "artigos e comunicações em inglês", a aposta na web como meio de difusão e de transmissão de ideias solidificaria a exposição a nível mundial, e, bem trabalhado, bem estruturado, as possibilidades de reconhecimento e criação do estatuto de "referência" poderiam ser a porta de entrada para a internacionalização.
Cada vez mais, a aposta nas parcerias com outras fontes de conhecimento mais "reconhecidas", dando a oportunidade, por exemplo, de alunos com mais capacidades teóricas poderem investigar na área, podem também ser um investimento produtivo na afirmação da corrente. Mas há um longo caminho a percorrer! ;-)
Eu acredito que a médio-prazo isso aconteça, porque o trabalho tem sido muito bem feito e merece.
Enviar um comentário