sábado, 22 de janeiro de 2011

Pirataria digital: Ministério da Cultura não está a fazer o suficiente, acusa AFP




De acordo com o presidente da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), o Ministério da Cultura (MC) não tem feito o suficiente para combater a chamada pirataria digital. 

A tutela tem feito saber que não tem autonomia legislativa para tal. Quando questionado pela AFP porque é que não tem essa autonomia, “a resposta do MC foi, como tem sido em tudo o que se relaciona com esta matéria, um ensurdecedor silêncio”, acusou Eduardo Simões, em declarações ao PÚBLICO.

Notícia completa no Público

1 Comentários:

PCasais on 01 fevereiro, 2011 disse...

Este tema é bastante complexo.
O problema, para mim, é que o preço a pagar pelo acesso à informação é estupidamente alto. A massificação da "pirataria" como lhe chamam, é fruto de uma sociedade mais alerta e formada, e ávida de conhecimento, mas sem os recursos para tal, algo que duas décadas atrás não era possível: entre um móvel para a casa ou uma dezena de livros, a lógica faz optar pela primeira opção, tratando-se de um "desporto" elitista o acesso ao conhecimento ou lazer.

Década e meia atrás, se fosse a uma livraria e me "apaixonasse" por três livros, seria encaminhado para apenas uma escolha, por parte dos meus pais. Hoje em dia, com todos os aspectos negativos que isso possa trazer, a criança\adolescente de hoje pode aceder aos mesmos três livros sem abdicar dos dois que eu tive de fazer.

Isto porque existem demasiados intermediários, impostos, ou interesseiros da informação\arte.

Eu vejo uma mudança de paradigma, por vezes difícil de encaixar! Música: um cd pode ser descarregado, a experiência de uma actuação ao vivo não! E quanto mais descarregado for, mais público terá!
Literatura: A solução passa pela divulgação dos autores e suas obras, através de aparições públicas, sessões de autógrafos, palestras. Quando existe qualidade ou relevância, existe público a querer contactar in loco. E também pelo suporte financeiro das instituições em apoiar ou financiar o autor, em troca da visibilidade destas.

Ou então, vejam o exemplo de Espanha. Comprar CD\DVD virgem é bastante mais caro que em Portugal, pelo simples facto que os produtos de armazenamento digital estão sujeitos a um imposto direccionado para um fundo comum de artistas (ou algo do género!).
Atenua-se o "choro" constante dos oportunistas que se disfarçam de humildes detentores de direitos de autor, quando o próprio autor é ressarcido de um valor irrisório.

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