sábado, 29 de agosto de 2009

Comissária de mídia da UE apoia Google em disputa sobre livros




Fonte: Reuters Brasil. Data: 27/08/2009.
Autor: John O'Donnell.
BRUXELAS (Reuters) - A comissária de mídia da União Europeia, Viviane Reding, decidiu apoiar o Google na polêmica sobre permitir ou não que ele venda versões eletrônicas de livros digitalizados pela empresa.
No começo do ano, o Google fechou um acordo com organizações que representam editoras e escritores dos Estados Unidos, permitindo que a empresa copie livros para distribuição via Internet.
Mas o controvertido acordo foi criticado e terminou submetido à revisão do Departamento da Justiça, já que não trata sobre os preços que o Google poderia cobrar de bibliotecas, as quais temem que o serviço venha a se tornar tanto obrigatório quanto caro para elas.
Na quinta-feira, a comissária da Sociedade da Informação e Mídia da União Europeia entrou no debate, recebendo de forma positiva "iniciativas do setor privado", como a do Google.
"O Google Books é um projeto comercial desenvolvido por uma importante empresa", afirmou Reding em comunicado. "É bom ver que novos modelos de negócios estão evoluindo e podem propiciar mais conteúdo a um número crescente de consumidores."
A opinião de Reding é significativa já que a antiga jornalista tem confiança em manter seu posto como comissária de mídia e telecomunicações quando a Comissão Europeia for renovada, este ano.
Ela é conhecida por ter introduzido regras que forçam as operadoras de telefonia móvel a reduzir os custos de ligações feitas de fora de seus países. Também teve papel fundamental no lançamento do Europeana, um site que inclui livros e imagens que variam de Shakespeare a fotos da atriz francesa Brigitte Bardot.
Mas Reding diz que a maioria dos países europeus está demorando a digitalizar e publicar obras locais de literatura no Europeana. Ela espera que empresas como o Google sejam capazes de reduzir essa demora.
No começo do ano, a União Europeia anunciou que avaliaria o acordo do Google, depois que a Alemanha reclamou que a empresa havia digitalizado livros de bibliotecas norte-americanas para criar um banco de dados sem pedir autorização dos detentores de direitos autorais.

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