Cientistas desenvolvem "memória eterna"
Autora: Mariana Amaro. Data: 5/6/2009.
Fonte: INFO Online
URL: http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/cientistas-desenvolvem-memoria-eterna-05062009-9.shl
SÃO PAULO - Cientistas da Universidade de Berkeley estão testando uma maneira de armazenar informações por mais de um bilhão de anos.
Poucas coisas duram para sempre, mas pesquisadores da Universidade de Berkeley na Califórnia pretendem encaixar informações e arquivos digitais nessa categoria. Eles descobriram uma maneira de armazenar dados por meio de uma nanopartícula de ferro inserida em um nanotubo de carbono que pode durar mais que um bilhão de anos. Diferente dos melhores dispositivos existentes hoje que degradam com o tempo e duram entre 10 e 30 anos.
A pesquisa surgiu da necessidade de melhorar a capacidade de armazenamento da quantidade de informações – em constante crescimento - disponíveis hoje por causa da Internet.
Para armazenar bits na nanopartícula, é preciso uma descarga elétrica no tubo, o que leva a partícula a mudar de posição. Esse deslocamento representa um código binário, formado por uma sequência de zeros e uns digitais. A memória construída com o nanotubo terá capacidade de armazenamento de 1 terabyte por polegada quadrada, o que significa armazenar os dados de 25 DVDs em um selo postal.
Além de durar bem mais, essa "memória eterna" tem outra vantagem: não é feita de silício, a matéria-prima de grande parte dos produtos tecnológicos.
Na matéria publicada na revista científica Nano Letters sobre a pesquisa, o grupo de cientistas de Berkeley liderado pelo professor Alex Zettl, afirmou que já existe um protótipo e citou o fato de que o Livro do Apocalipse de William, o Conquistador, escrito em couro no ano 1086, sobreviveu por 900 anos. Já uma versão digitalizada da obra, feita em 1986, já não podia mais ser lida 20 anos depois.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Novo tipo de memória
quarta-feira, junho 10, 2009
Publicado por Murilo Cunha
Assunto: preservação digital, sistema de memória
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