quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Para ler A Biblioteca à Noite




Transitando entre a magia e a banalidade, Alberto Manguel retrata as bibliotecas como um microuniverso que, em vão, tentamos ordenar



É nas catástrofes da Torre de Babel e da Biblioteca de Alexandria, exemplos da ambição do homem de vencer o tempo e o espaço, que o argentino Alberto Manguel se inspira no início de A Biblioteca à Noite para tentar explicar o fascínio desses lugares freqüentemente descritos como misteriosos, mágicos, repositórios de segredos indecifráveis. Uma imagem, a propósito, popularmente consagrada pela labiríntica biblioteca da abadia de O Nome da Rosa, em que Umberto Eco colocou um velho e cego guardião, numa referência mais que evidente a outro argentino, Jorge Luis Borges.



Dono de uma biblioteca instalada num antigo celeiro medieval em uma colina ao sul do rio Loire, na França, Manguel relata esse antigo anseio de reunir todas a línguas do mundo e de possuir todo o conhecimento acumulado pela humanidade. Em meio às sombras da noite, vislumbra essa dualidade indomável de tempo e de espaço, um caos que tentamos, em vão, ordenar: somos capazes de catalogar os livros de mil formas, mas eles serão sempre inesgotáveis; sempre haverá aqueles que nunca leremos, aqueles que serão folheados ao acaso e outros serão lidos repetidamente. Como o universo, quase tudo numa biblioteca é arbitrário.(...)



3 Comentários:

Dangerouswoman on 09 setembro, 2006 disse...

Parece-me um livro bastante interessante e fiquei com curiosidade em lê-lo.Já existe em Portugal?

Anónimo disse...

infelizmente ainda não o encontrei em Portugal

Anónimo disse...

Existe uma edição brasileira, certamente disponível aí em Portugal.

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