sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Inês Pedrosa espera que Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas não desapareça





Fonte: Jornal de Notícias (Lisboa). Data: 15/09/2011.

URL: www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1998384

A escritora Inês Pedrosa espera que a fusão da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas com a Direcção-Geral de Arquivos, anunciada esta quinta-feira pelo Governo, não resulte no desaparecimento daquela direcção-geral, cujo trabalho considera meritório.

"Não sei qual é a configuração dessa fusão e, portanto, qual é o papel da Direcção-Geral de Arquivos. De um modo geral, eu acho que as fusões são necessárias, porque há muitas instituições que são duplicações umas das outras e que não funcionam", defendeu a escritora e directora da Casa Fernando Pessoa, em declarações à agência Lusa.

No caso da fusão destas duas direcções-gerais, Inês Pedrosa indicou que "à partida" não acredita que esta "signifique um desaparecimento da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB), dado que o actual secretário de Estado era um dos defensores da dita".

"Como o actual secretário de Estado da Cultura escreveu, na época, contra a integração da DGLB na Biblioteca Nacional, dizendo -- e bem - que a DGLB tem feito um trabalho muito forte e muito activo ao longo dos anos, e sem meios nenhuns, de promoção do livro, sobretudo no exterior, que tem sido importantíssima, não quero crer que dentro dessa fusão a DGLB perca alguma primazia", sustentou.

"O Francisco José Viegas é alguém que acompanhou de perto durante muitos anos o trabalho da DGLB, até enquanto escritor, enquanto participante em muitas actividades da DGLB, e sempre considerou a política do livro prioritária e a literatura um tesouro nacional a precisar de protecção", sublinhou.

De resto, "nomeou há pouco tempo um novo director que, aliás, é uma pessoa que lá trabalha há muitos anos (José Manuel Cortês)", referiu.

A escritora, que subscreveu a petição contra a extinção da DGLB durante o anterior Governo, indicou ainda: "Sem saber pormenores sobre o que significa esta fusão, em termos operacionais, não quero crer, dados os antecedentes, que isso signifique uma diminuição da DGLB".

O Plano de Redução e Melhoria da Administração Central, aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros, prevê a extinção e fusão de 162 entidades públicas, das quais 23 direcções gerais, 19 institutos públicos e 19 órgãos consultivos. São mantidas 199 entidades e criados 25 novos organismos.

O documento estipula ainda uma redução de 27% do número de dirigentes superiores e intermédios.

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