Por Alfredo Passos (07 de agosto de 2011)
Recentemente Lucy Kellaway, colunista do "Financial Times", cuja coluna é publicada às segundas-feiras no jornal Valor Econômico no Brasil, escreveu um texto com título "O mundo todo deveria se unir contra o PowerPoint".
Você concorda ou discorda?
Recentemente Lucy Kellaway, colunista do "Financial Times", cuja coluna é publicada às segundas-feiras no jornal Valor Econômico no Brasil, escreveu um texto com título "O mundo todo deveria se unir contra o PowerPoint".
Logo no início de sua coluna a autora afirma que recebeu um convite de um novo partido político na Suiça, o "AntiPowerPoint Party".
E ainda completa "na verdade, venho silenciosamente fazendo isso há anos: recuso-me a aprender como usar esse programa onipresente. Como apresentadora, sou virgem no PowerPoint, mas como membro de uma plateia já fui estuprada por slides mais vezes do que consigo contar".
E o partido já conta até com dados econômicos segundo a colunista "o AntiPowerPoint Party (APPP) tentou calcular os danos econômicos da pasmaceira provocada por todos esses slides e chegou à conclusão que a Europa desperdiça € 110 bilhões por ano fazendo as pessoas ficarem sentadas assistindo essas apresentações chatas. Suspeito que o número real seja ainda pior, uma vez que esses ignoram os efeitos secundários".
O problema não é o PowerPoint, mas os seus usuários
Bem e na semana seguinte, Tim Harford, outro colunista do Financial Times, também publicado no Valor Econômico, apresenta seu ponto de vista.
"Vou fazer uma coisa temerária, que é discordar de Lucy Kellaway. Mas na semana passada, a destemida observadora dos desatinos do mundo dos negócios foi longe demais e disse que o PowerPoint deveria ser banido. O argumento é simples: muitas apresentações em PowerPoint são ruins demais. Isso é verdade, mas de maneira nenhuma é motivo para sua proibição.
Ferramentas úteis podem produzir resultados terríveis em mãos erradas, como qualquer pessoa que já me viu montar uma prateleira pode atestar. Proibir a chave de fenda não é a solução".
E eis a questão. É preciso que os usuários voltem a entender qual a finalidade do software e não proibir o software. Não é mesmo?
Pois se for assim, aqueles que não gostam de matemática, vão querer proibir o Excel, porque apresentações financeiras com gráficos, muitos números, especialmente de resultados financeiros não muito favoráveis são muito tediosas.
Infelizmente estamos em um mundo corporativo, onde a palavra escrita e em sua manifestação também oral, vem sendo cada vez mais sendo desaprendida. Por vezes as empresas pagam mais pela apresentação, do que o salário de quem vai apresentar.
Por isso ao se preparar uma apresentação com apoio visual, onde o PowerPoint pode ser de grande ajuda temos que pensar como no polêmico capítulo do livro do MEC que tanto deu o que falar por este Brasil, "Escrever é diferente de falar". Ao escrever vou utilizar a norma culta e ao falar posso me utilizar de regionalismos, de expressões da minha cidade, da minha profissão, do meu cotidiano.
E com tudo isso, o problema não será do PowerPoint, mas, sim dos seus usuários.
Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/powerpoint-culpado-ou-inocente/57290/ (07/08/2011)
terça-feira, 9 de agosto de 2011
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3 Comentários:
Boa reportagem
Este blog recomendo
Muita informação de qualidade
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