terça-feira, 16 de novembro de 2010

Megabibliotecas em Bogotá




Para gostar de ler.

Fonte: Folha de S. Paulo. Data: 13/11/2010. Autor: Roberto Kaz.

Em 2007, a cidade de Bogotá foi agraciada, pela UNESCO, com o título de Capital Mundial do Livro. O galardão não vinha ao acaso. Seis anos antes, a capital da Colômbia inaugurara três megabibliotecas públicas - fruto da Biblored, um programa municipal ao qual se incorporam, hoje, outras 17 casas de leitura. Em 2001, ano em que o programa foi instaurado, contabilizou-se 1,741 milhão de visitas às bibliotecas do Biblored. Em 2009, na última contagem, o montante havia pulado para 4,623 milhões. Yolanda Nieto, diretora da Biblored, aponta que, antes, a biblioteca Luís Angel Arango, principal centro de consultas do país, recebia 3 milhões de visitas ao ano. Em 2005, quatro anos após a implementação da rede, este número continuava igual. "Mas nós, da Biblored, registramos outras 3 milhões de visitas. Ou seja, criamos uma demanda", conclui. Segundo dados da Biblored, em quase uma década, a média de livros lidos por pessoa na capital pulou de 1,2 para 1,8 ao ano.

Unidades levam literatura popular a ambiente festivo

Fonte: Folha de S. Paulo. Data: 13/11/2010. Autor: Raul Juste Lores.

Bogotá apostou em obras com bons materiais e linhas contemporâneas
"As bibliotecas precisam competir com os shoppings." A frase de Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, revela a importância dada à arquitetura e ao ambiente propostos para a rede de megabibliotecas. Em vez de prédios feiosos, sem personalidade, Bogotá apostou em obras com bons materiais e linhas contemporâneas. A prefeitura promoveu concursos de arquitetura com a Sociedade Colombiana de Arquitetos para escolher os autores das quatro grandes bibliotecas construídas na última década. Rogelio Salmona (1929-2007) desenhou a maior delas, de 36 mil m², com os onipresentes tijolinhos avermelhados e um espelho d'água, traços da obra do maior arquiteto colombiano. Mas arquitetos jovens também tiveram oportunidade de dar sua contribuição, algo ainda raro no Brasil quando se fala em grandes obras públicas

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