quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Documento muda data de adesão do Pará à independência




Fonte: http://www.arquivista.net/2009/08/20/documento-muda-data-de-adesao-do-para-a-independencia/
Cláudio Darwich. Editor Diário Online.
Data: 20/8/2009.
A data da Adesão do Pará à Independência do Brasil é 15 de agosto. Certo? Errado. Esta data, agora, também é história. A data correta é 16 de agosto.
Um importante documento, desaparecido há décadas, foi encontrado nesta segunda-feira por uma equipe de trabalho do Arquivo Público do Pará. “O documento encontrado é a ata da Adesão do Pará à Independência do Brasil, assinado em 16 de Agosto de 1823”, declara o pesquisador e historiador, especialista em Museologia, João Lúcio Mazzini, técnico em assuntos educacionais do Arquivo Público.
A reportagem do DIÁRIO conseguiu ter acesso e fotografar o documento. Nele está escrito: “Amno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e vinte e três amnos, aos dezesseis dias do mez d’Agosto do dito amno, n’esta cidade de Santa Maria de Belém do Grão Pará (…)”.
Documento muda data de adesão do Pará à independência
A data da Adesão do Pará à Independência do Brasil é 15 de agosto. Certo? Errado. Esta data, agora, também é história. A data correta é 16 de agosto.
Um importante documento, desaparecido há décadas, foi encontrado nesta segunda-feira por uma equipe de trabalho do Arquivo Público do Pará. “O documento encontrado é a ata da Adesão do Pará à Independência do Brasil, assinado em 16 de Agosto de 1823”, declara o pesquisador e historiador, especialista em Museologia, João Lúcio Mazzini, técnico em assuntos educacionais do Arquivo Público.
A reportagem do DIÁRIO conseguiu ter acesso e fotografar o documento. Nele está escrito: “Amno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e vinte e três amnos, aos dezesseis dias do mez d’Agosto do dito amno, n’esta cidade de Santa Maria de Belém do Grão Pará (…)”.
Diante do incontestável, só resta agora corrigir os livros. “Isto muda o que já se escreveu sobre a data da Adesão”, diz João Lúcio Mazzini. “Os livros didáticos terão que ser atualizados, bem como a lei de Zeno Veloso, aprovada pela Assembleia Legislativa, que serve de base para as comemorações oficiais”, diz o historiador.
Desaparecimento
Na verdade, ninguém sabe há quanto tempo o documento estava desaparecido. “Provavelmente, a última pessoa a ver a ata foi o engenheiro Paiva Muniz, que escreveu a obra ‘Adesão do Pará e Outros Documentos’, nos anos 50”, informa João Lúcio. A obra foi reeditada nos anos 70 pelo Conselho Estadual de Cultura.
O documento estava perdido entre os “Códices”, que são documentos históricos avulsos encadernados pelo Arquivo Público. “Esta ata estava dentro de um códice, encadernado à mão, durante a gestão de Arthur Vianna como diretor do Arquivo Público, em 1902, ou seja, há 107 anos”, diz o historiador.
O documento foi encontrado quando a equipe do Arquivo fazia o levantamento da documentação referente à tomada e governo de Cayenna pelas tropas paraenses, de 1809 a 1817. O estado de conservação é bom, mas a ata terá seu manuseio restrito e será reproduzida para deixar à disposição para consultas.
Segundo o historiador, “os que lutaram pela adesão, não foram aquinhoados no novo governo surgido no dia 16 de agosto. O resultado foi que os paraenses fizeram um levante no dia 15 e 16 de outubro de 1823, para expulsar os portugueses. Os negros, índios e brancos pobres proclamaram o reinado de Congo em Belém. Posteriormente, tropas internacionais aprisionaram os revolucionários, que foram trucidados no assassinato do Brigue Palhaço”. Mas isso já é outra história.

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