Fonte: Jornal do Brasil Online. Data: 13/03/2009.
Autor: Oliver Sefrin*.
NICARÁGUA - Mais alguns minutos na fila e será a vez dela. A jovem Escarlet, habitante do povoado Los Pocitos, a 50 km ao sul de Manágua, na Nicarágua, espera no pátio da sua escola, junto com outras crianças e jovens, a hora de ser atendida. Ela leva na mão uma edição espanhola do livro “A História sem Fim”, do famoso autor alemão de literatura infantil Michael Ende.
Ela pegou o livro emprestado num lugar inusitado – numa biblioteca móvel, o ônibus Bertolt Brecht, que atende cerca de 9,5 mil crianças e adultos em escolas e prisões de Manágua e comunidades próximas. O colorido veículo leva a bordo entre 150 e 200 livros – obras de ficção e não-ficção, literatura infantil e para adultos. Onde quer que ele chegue, é recebido com grande entusiasmo.
A idéia de uma biblioteca móvel partiu de uma alemã: Elisabeth Zilz, de 86 anos, proveniente de Frankfurt do Meno. Em 1985, ela fundou a associação “Uma biblioteca movel na Nicarágua”. Seu objetivo era elevar a baixa taxa de alfabetização no país e facilitar o acesso da população aos livros, um bem raro e caro na Nicarágua, sobretudo nas zonas rurais.
A iniciativa fez com que Elisabeth Zilz recebesse, em 2008, a maior condecoração nicaraguense. Sua perseverança valeu a pena. A biblioteca móvel já existe há 22 anos. O grande sortimento de livros provém da biblioteca alemã-nicaraguense, fundada em Manágua, também com ajuda de Elisabeth Zilz. A maior do país, com um acervo de 12 mil livros – literatura nicaraguense e internacional e uma coleção em espanhol de obras de autores alemães, como Goethe e Günter Grass.
A sala de leitura da biblioteca, inaugurada em 2001, é muito frequentada, sobretudo por crianças e adolescentes. O número de leitores chega a mais de cem por dia. Os jovens lêem, fazem seus deveres de casa ou participam de cursos de alemão e inglês.
O futuro da biblioteca e da biblioteca móvel está garantido, graças a um segundo parceiro alemão do projeto, a associação “Pan y Arte”. Uma boa notícia para Escarlet e outros jovens ratos de biblioteca do povoado Los Pocitos.
*Da revista Deutschland Online
Autor: Oliver Sefrin*.
NICARÁGUA - Mais alguns minutos na fila e será a vez dela. A jovem Escarlet, habitante do povoado Los Pocitos, a 50 km ao sul de Manágua, na Nicarágua, espera no pátio da sua escola, junto com outras crianças e jovens, a hora de ser atendida. Ela leva na mão uma edição espanhola do livro “A História sem Fim”, do famoso autor alemão de literatura infantil Michael Ende.
Ela pegou o livro emprestado num lugar inusitado – numa biblioteca móvel, o ônibus Bertolt Brecht, que atende cerca de 9,5 mil crianças e adultos em escolas e prisões de Manágua e comunidades próximas. O colorido veículo leva a bordo entre 150 e 200 livros – obras de ficção e não-ficção, literatura infantil e para adultos. Onde quer que ele chegue, é recebido com grande entusiasmo.
A idéia de uma biblioteca móvel partiu de uma alemã: Elisabeth Zilz, de 86 anos, proveniente de Frankfurt do Meno. Em 1985, ela fundou a associação “Uma biblioteca movel na Nicarágua”. Seu objetivo era elevar a baixa taxa de alfabetização no país e facilitar o acesso da população aos livros, um bem raro e caro na Nicarágua, sobretudo nas zonas rurais.
A iniciativa fez com que Elisabeth Zilz recebesse, em 2008, a maior condecoração nicaraguense. Sua perseverança valeu a pena. A biblioteca móvel já existe há 22 anos. O grande sortimento de livros provém da biblioteca alemã-nicaraguense, fundada em Manágua, também com ajuda de Elisabeth Zilz. A maior do país, com um acervo de 12 mil livros – literatura nicaraguense e internacional e uma coleção em espanhol de obras de autores alemães, como Goethe e Günter Grass.
A sala de leitura da biblioteca, inaugurada em 2001, é muito frequentada, sobretudo por crianças e adolescentes. O número de leitores chega a mais de cem por dia. Os jovens lêem, fazem seus deveres de casa ou participam de cursos de alemão e inglês.
O futuro da biblioteca e da biblioteca móvel está garantido, graças a um segundo parceiro alemão do projeto, a associação “Pan y Arte”. Uma boa notícia para Escarlet e outros jovens ratos de biblioteca do povoado Los Pocitos.
*Da revista Deutschland Online
2 Comentários:
Parabéns pelo excelente blog.
Em relação a este post, gostaria de destacar que a idéia de utilizar o transporte coletivo como local de acesso a cultura também acontece no Brasil. Veja aqui.
Abs.
Você está correto. No Brasil, por exemplo, é usado desde o final dos anos 50. O ônibus-biblioteca da atual Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, é um bom exemplo desse tipo de utilização. Existem bibliotecas deste tipo em outros estados brasileiros.
Murilo Cunha
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