segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Acesso à internet no Brasil




PCs ganham força nacional, mas acesso à Internet ainda é privilégio
Autoria: Ana Paula Lobo

Fonte: Convergência Digital
URL: http://www.fndc.org.br/internas.php?p=noticias&cont_key=183423
Data: 16/09/2007
A matemática fria dos números comprova as recentes discussões em torno do mercado de TI e Telecomunicações no Brasil.
Se na parte dos computadores, os resultados apurados no PNAD 2006 - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada nesta sexta-feira, 14/09, pelo IBGE, revela que houve um crescimento significativo, principalmente, nas regiões mais desfavorecidas economicamente, o acesso à Internet, por sua vez, manteve a forte tendência de diferenciar o Sul/Sudeste do Norte/Nordeste.
O PNAD 2006 apurou que a evolução dos domicílios com computador foi um dos destaques nos últimos seis anos no País. O levantamento do IBGE constatou que o percentual de PCs nos lares do Brasil subiu de 12,3%, em 2001, para 22,4% em 2006.
O dado é alentador, especialmente, porque revela que o crescimento aconteceu fora do eixo Sul/Sudeste. Os índices foram significativos no Norte urbano (de 6,7% para 12,4%), no Nordeste (de 5,2% para 9,7%), no Sul (de 13,9% para 27,9%) e no Centro-Oeste (de 10,6% para 20,4%), os percentuais praticamente dobraram.
O PNAD 2007, certamente, deverá apresentar um crescimento ainda maior - para 2007, a Abinee prevê que o País irá vender mais de 10 milhões de PCs, mas o estudo do IBGE comprova também que há um largo espaço para o mercado de fabricantes de PCs no Brasil, basta comparar com serviços como Telefonia (74,5%) e televisores (93%).
Internet: Ainda um privilégio
Em compensação, o PNAD 2006, mesmo levando em conta uma defasagem importante, uma vez que ao longo desses meses, o acesso à Internet cresceu no Brasil, revela que a oferta do serviço ainda marca uma profunda desigualdade regional entre o "Rico" Sul/Sudeste, e os "Pobres", Norte e Nordeste.
O levantamento do IBGE apurou que, em 2006, o acesso à Internet ficou em 16,9% comparado ao PNAD de 2005, sendo que os percentuais alcançados no Sudeste (29,2% e 23,1% respectivamente) ficavam em torno do triplo dos percentuais observados no Norte (9,8% e 6,0%) e Nordeste (9,7% e 6,9%).
A tendência, segundo os analistas do IBGE, é que em 2007, apesar de um incremento no índice nacional de acesso à Internet, a desigualdade regional deverá ser mantida, uma vez que muitas localidades no Norte e no Nordeste dependem de infra-estrutura ainda não disponível para acesso banda larga. A maior parte das localidades nessas regiões ainda utiliza a conexão discada como principal meio de infra-estrutura para acessar à Internet.
Comentário:
Como se pode notar pelos dados estatísticos acima o Brasil ainda tem um longo caminho para ampliar o acesso à internet por parte de seus cidadãos. Essa situação também reflete, de forma negativa, nos acessos aos conteúdos informacionais, notadamente aqueles hospedados nas bibliotecas.
Murilo Cunha

2 Comentários:

Anónimo disse...

Esse problema da falta de acesso à Internet, talvez seja também o alto valor pago por esse serviço.
Murilo, você concorda?



Márcia.

Murilo Cunha on 21 setembro, 2007 disse...

Márcia:
Sim, concordo. No Brasil o custo do acesso (discado ou banda larga) ainda é muito caro. Isto reduz o percentual da população que, de fato, pode ter acesso domiciliar. Daí a importância dos telecentros e da existência de acessos nas poucas bibliotecas públicas e escolares brasileiras.
Murilo Cunha

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