Relativamente à leitura de livros, os dados do Consumidor permitem concluir que este hábito ainda não abrange a maioria da população, mas a análise temporal mostra que ele aumentou 58% na última década.
Em 1996 o Consumidor indicava que 23.5% dos residentes no Continente com 15 e mais anos liam livros. Em 2006, essa percentagem é de 37.1%. Neste ano, são 3 079 mil os indivíduos que têm o hábito de ler livros (referência: fizeram-no no último mês).
Este hábito é muito heterogéneo entre a população, sendo ao nível da ocupação e da classe social que mais diferenças se registam, mas a idade e a região também apresentam diferenças significativas.
As mulheres apresentam actualmente uma taxa de leitura superior à dos homens, respectivamente de 40.7% e de 33.1%.
Entre as idades, são os jovens dos 15 aos 17 anos os que apresentam o valor mais elevado, 54.6% deles. São o único grupo etário onde a maioria diz ter hábitos de leitura de livros. O valor baixa gradualmente depois desta faixa etária. A excepção é o facto de os indivíduos dos 25 aos 34 anos apresentarem um valor acima do registado pelos jovens dos 18 aos 24 anos.
Entre as regiões, destacam-se claramente os residentes na Grande Lisboa e no Grande Porto, com taxas bastante acima da média, 49.2% e 50.2%, respectivamente. O Interior Norte é o que apresenta o valor mais baixo, com 25.7% de leitores.
A análise da ocupação e da classe social mostra maior heterogeneidade de comportamentos. Destacam-se os quadros médios e superiores e os indivíduos das classes sociais alta e média alta, como os que apresentam valores superiores e muito acima da média, respectivamente 73.7% e 68.2%.
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