sexta-feira, 14 de julho de 2006

USA: Tecnologia permite controlar PC com o pensamento




Um homem paralítico usou um novo sensor cerebral e conseguiu mover um cursor, abrir e-mails no seu computador e controlar um dispositivo robotizado com a força do pensamento.
--
A notícia foi avançada ontem pela agência Reuters. O sistema foi criado por um grupo de cientistas que acreditam que o sensor BrainGate, que funciona por meio de electródos implantados no cérebro, pode oferecer novas esperanças a pessoas paralisadas por motivo de doença ou acidentes.
--

«Trata-se do primeiro passo de um teste clínico em curso, e os primeiros resultados são encorajadores devido ao potencial de ajudar as pessoas que sofrem de paralisia», disse em entrevista o médico Leigh Hochberg, do Massachusetts General Hospital.
--

O homem, de 25 anos, que sofre de paralisia nos quatro membros desde há três anos, completou tarefas como movimentar um cursor no ecrã e controlar um braço robotizado. Ele é o primeiro de quatro pacientes com ferimentos na medula espinal, distrofia muscular, derrames ou distúrbios motoneurológicos a testar o sistema de controlo cerebral de movimentos desenvolvido pela Cyberkinetics Neurotechnology Systems, de Massachusetts, Estados Unidos.
--

«Trata-se do início de uma importante tecnologia neurológica, com a qual a capacidade de transmitir sinais com origem no cérebro dará um grande passo adiante. Temos a capacidade de transmitir sinais ao cérebro, mas transmitir sinais do cérebro é um verdadeiro desafio. Acredito que o resultado seja um acontecimento histórico», disse o professor John Donoghue, da Universidade de Brown, em Rhode Island, director científico da Cyberkinetics.
--

Os cientistas implantaram um minúsculo chip de silício com 100 electródos numa área do cérebro que controla os movimentos do corpo. A actividade das células foi registada e enviada a um computador que traduzia os comandos e permitia que o paciente se movesse e controlasse aparelhos externos.
--

«Esta parte do cérebro, o córtex motor, que em geral envia sinais à espinha e aos membros para controlar movimentos, continua a poder ser usada para controlar um aparelho externo, mesmo anos depois dos ferimentos na medula espinal», acrescentou Hochberg, co-autor do estudo, publicado pela revista científica Nature.
--

0 Comentários:

Arquivo

Categorias