quinta-feira, 1 de junho de 2006

Mais de 100 personalidades apoiam Plano Nacional de Leitura




Luis Figo, Belmiro de Azevedo, José Saramago, Eduardo Lourenço e D. José Policarpo são algumas das personalidades que integram a Comissão de Honra do Plano Nacional de Leitura, que vai ser apresentado hoje pelo governo.



Segundo a lista a que a agencia Lusa teve acesso, a referida Comissão é constituída por 108 nomes, ordenados alfabeticamente, desde o cientista Alexandre Quintanilha ao governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio.



Os sociólogos António Barreto e Manuel Vilaverde Cabral, os banqueiros Artur Santos Silva e Ricardo Espírito Santo Salgado, os ex-presidentes Jorge Sampaio e Mário Soares, os escritores Eduardo Prado Coelho, Miguel Sousa Tavares e Vasco Graça Moura fazem também parte da Comissão.



A lista inclui ainda, entre outros, Emílio Rui Vilar, Francisco Pinto Balsemão, Jaime Gama, José Gil, José Pacheco Pereira, Manuel Maria Carrilho, Manuel Sobrinho Simões, Manuela Ferreira Leite, Teresa Patrício Gouveia e Vital Moreira.



O Plano Nacional de Leitura, promovido e coordenado pelo Ministério da Educação, com o alto patrocínio do Presidente da Republica, visa combater os «preocupantes» níveis de iliteracia da população e especialmente dos jovens.



Trata-se de um plano pensado para dez anos, cuja coordenação competirá essencialmente ao Ministério da Educação, mas que sairá fora do âmbito escolar, disse uma fonte governamental, sem adiantar mais pormenores.



O Plano será apresentado na Biblioteca do Palácio da Ajuda quinta-feira à tarde pelos ministros da Educação, Cultura e Assuntos Parlamentares, Maria de Lurdes Rodrigues, Isabel Pires de Lima e Augusto Santos Silva, respectivamente.



De acordo com um despacho conjunto daqueles três ministérios, publicado em 22 de Dezembro de 2005, «a promoção de um plano nacional de leitura constitui uma resposta institucional à preocupação pelos níveis de iliteracia da população em geral e particularmente dos jovens, à saída do ensino obrigatório».



Os objectivos centrais do Plano, «a concretizar em termos faseados» e «de médio prazo», são «o desenvolvimento de competências nos domínios da leitura e da escrita» e «o alargamento e aprofundamento dos hábitos de leitura».



1 Comentários:

Anónimo disse...

Num debate na Biblioteca Municipal de Oeiras, o Nobel da Literatura, que vê a sua integração na comissão de honra deste plano como uma «fatalidade, como as bexigas», afirmou que os «voluntarismos» não valem a pena numa área que «sempre foi e será coisa da minoria».

«Não vale a pena o voluntarismo, é inútil, ler sempre foi e sempre será coisa de uma minoria. Não vamos exigir a todo o mundo a paixão pela leitura», afirmou Saramago, que diz mesmo que o «estímulo à leitura é uma coisa estranha».

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