Internet e motores de busca são quase sinônimos. Segundo os especialistas, as ferramentas das próximas gerações serão capazes de "raciocinar" e "entender" aquilo que está sendo buscado, oferecendo respostas contextualizadas e com maior precisão e qualidade. Pois bem, acaba de surgir no Brasil uma nova tecnologia, que promete antecipar a chegada do futuro.
Trata-se do Ontoweb.
As ferramentas de busca nasceram praticamente junto com a interface www da internet. Na primeira geração, tivemos os diretórios (Yahoo! e similares). Logo em seguida, vieram os robôs (spiders) e as tecnologias automatizadas (Altavista). A terceira geração veio com os metabuscadores (Miner's). Logo em seguida, veio mais refinamento na organização dos resultados (All The Web). O Google, reunindo sofisticação e muita abrangência, trouxe o Page Rank para a web, e marca a quinta geração. Juntar vários tipos de arquivos diferentes em uma mesma busca (textos e imagens, por exemplo) é o foco da sexta geração (A9), que está se desenvolvendo.
A sétima geração é marcada pela qualidade na seleção das informações, por meio das análises inteligentes de conteúdo, e ela já está na internet com o Ontoweb, um incrível e inteligente motor de busca, baseado em ontologias e técnicas de inteligência artificial, que é capaz de "pensar" durante a seleção das informações. O Ontoweb é o primeiro buscador do mundo a trabalhar com engenharia de ontologias, e é fruto de um projeto de desenvolvimento científico, utilizando semânticas e estruturas valorativas para contextualizar as buscas e refinar os resultados.
O uso das ontologias é um dos principais segredos da nova ferramenta (daí o nome Ontoweb), e é também um dos principais fatores responsáveis pela alta qualidade dos seus resultados.
Junto com as ontologias, ele utiliza tecnologias inteligentes como PCE — Pesquisa Contextual Estruturada, RC2D — Representação do Conhecimento Contextualizado Dinamicamente, Mineração de Textos e Raciocínio Baseado em Casos. O novo motor de busca também faz hierarquização de conteúdos com base em métricas de similaridade e engenharia do conhecimento, e permite a visualização gráfica de séries históricas de informações. Experimente, por exemplo, realizar buscas com as expressões "lavagem de dinheiro", "governo eletrônico" ou "drogas", para ver como funcionam as buscas por aproximação conceitual. Além disso, ele também é a primeira ferramenta de busca do mundo especialmente focada em governo eletrônico, pois tem como fontes de informação órgãos governamentais de mídia eletrônica, somados a fontes digitais comunitárias e livres, gerando alta capilaridade no contato informacional direto entre governo e cidadão. O modelo inovador de desenvolvimento tecnológico do Ontoweb também permite que sejam feitas comparações entre textos.
Experimente utilizar uma notícia inteira como texto de busca. A versão atual comporta entradas com até 7.000 caracteres, sendo que já foram realizados testes positivos com mais de 30 mil palavras (praticamente um capítulo de um livro). Vale lembrar que o Google, líder mundial do mercado, aceita somente 256 caracteres em sua versão padrão.
Essa inovação tecnológica projeta a tendência de, no futuro, o Ontoweb atuar com um buscador para todos os tipos de assunto. Essa maneabilidade é possível graças à forte qualificação cientifica da equipe que desenvolve o projeto, com um histórico de mais de 10 anos de pesquisas de ponta nas áreas de Gestão do Conhecimento, Inteligência Artificial, Governo Eletrônico e Sociedade da Informação, os quais geraram mais de 200 trabalhos publicados em países como França, Estados Unidos, China, Índia, Escócia, Espanha, Itália, Alemanha, Noruega, México, Chile, Inglaterra, Argentina, Portugal e Grécia, entre outros, além de 17 produtos tecnológicos já patenteados.
No último Congresso Mundial de Computação, por exemplo, realizado em Toulouse, na França, o grupo de pesquisadores que desenvolve o Ontoweb superou instituições como a Nasa, a IBM e a Siemens em volume de trabalhos selecionados para publicação. E em pelo menos outras três ocasiões o mesmo grupo de cientistas ficou em primeiro lugar mundial em renomados fóruns científicos internacionais, em Edimburgo (2003), Madri (2004) e Lisboa (2005), superando as universidades e centros de pesquisas mais desenvolvidos do planeta. Além de ser desenvolvido e hospedado no Brasil, o Ontoweb é livre e gratuito, não apresenta banners e não requer cadastro para sua utilização. Como ele não adota a prática de comercializar o ranking dos resultados, as buscas são mais fieis aos conceitos procurados, ou seja, o único fator que influencia na seleção dos documentos é o mapa conceitual da pesquisa solicitada. Será o fim do império do Google? Ainda não se sabe, mas, com certeza, é o início de uma nova era na gestão do conhecimento.
Fonte: http://conjur.estadao.com.br/static/text/41493,1
Revista Consultor Jurídico, 1 de fevereiro de 2006
por Hugo Cesar Hoeschl
1 Comentários:
Aqui está uma excelente notícia!! O império Google é um contracenso ao livre acesso à informação da web!!
Enviar um comentário