A Associação considerou que o documento no seu todo não pode ser encarado como estratégico nem como operacional
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«A OTA e o TGV têm os recursos e o Plano Tecnológico, as boas intenções». A ideia deixada pelo presidente da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação (APDSI), Dias Coelho, «e que corre no meio empresarial mais ligado a estas temáticas», resume claramente a posição do Grupo de Alto Nível (GAN) criado pela associação, relativamente àquela que foi considerada uma das bandeiras do actual executivo: o Plano Tecnológico (PT).
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O GAN, que deverá facultar de forma sistemática e continuada uma avaliação qualitativa e quantitativa das acções do Governo no âmbito da Sociedade de Informação (SI), considerou que o PT «não pode ser encarado como estratégico e nem operacional».
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Nas palavras de Dias Coelho, um dos elementos que integra o conselho consultivo do GAN, «os alvos propostos são mais gerais do que é desejável que aconteça num plano destinado a ser aplicado e controlado efectivamente». Considera o GAN que não se está perante «um plano estratégico que alimente uma visão e nem perante um plano operacional que determine acções concretas a realizar para os alvos definidos e especificados».
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Uma segunda falha apontada a esta iniciativa do Governo surge relacionada com o facto de se verificar uma dificuldade ao nível da medição e auditoria, «até porque não estão definidos todos os projectos para a concretização do próprio plano o que, à partida, não permite a avaliação dos recursos necessários à sua aplicação».
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E Dias Coelho deixou um exemplo: «Ao nível da formação, não foi dito de forma clara como é que se pretende aumentar o número de licenciados em Portugal.»O GAN encontra ainda uma total «ausência de liderança ao nível do plano e do impacto na sociedade civil». A verdade é que o PT passou «por um conjunto conturbado de episódios; e, embora conte já com um novo líder, o assumir de liderança por parte do próprio Governo não é claro». O Grupo de Alto Nível da APDSI vai mais longe ao afirmar que «o Plano Tecnológico tem sido, até ao momento, uma frustração nacional».
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A iniciativa do Governo denota, por outro lado, uma deficiente perspectiva da Sociedade de Informação tida pela Associação como «a área que deveria ser, afinal de contas, o cerne do Plano Tecnológico». No fundo, continua Dias Coelho, acabou por «ser tratada de forma marginal, sem nem sequer ter sido considerada como um eixo de acção». [...]
--Consultar notícia completa em: Semana Informática
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