A Rede Conhecimento das Bibliotecas Públicas vai possibilitar a partilha de informação e comunicação directa entre as bibliotecas públicas. Um projecto orçamentado em mais de 2 milhões de euros que vai trazer inúmeras vantagens para os bibliotecários e para os utentes.
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Até final de 2006 pelo menos 150 bibliotecas públicas estarão a funcionar em rede. O projecto denominado Rede Conhecimento das Bibliotecas Públicas é uma iniciativa do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas com o apoio do Programa Operacional Sociedade da Informação.
A comunicação em rede vai ser estabelecida a partir da instalação, no instituto, de uma plataforma tecnológica comum. Fernanda Eunice coordenadora-chefe do projecto explicou que “em termos da rede das bibliotecas públicas nacionais o IPLB assumiu a responsabilidade de coordenar e e gerir a plataforma tecnológica. Toda a gestão da rede estará centralizada no instituto, nas suas variadas vertentes. Quer àquela que é disponibilizada às bibliotecas, quer àquela que permite aos profissionais trabalhar em conjunto. Em relação à partilha de serviços e conteúdos será criado no instituto um Data Center que terá toda essa gestão”.
O Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, em parceria com as autarquias locais, tem apostado nos últimos anos, em dotar as bibliotecas de hardware e software que vão facilitar o andamento do projecto. Segundo Rui Pereira, director IPLB “o instituto tem vindo a co-financiar em 70% o equipamento informático destas bibliotecas. Algumas têm equipamentos de ponta por assim dizer. Têm hotspots, wireless, ambiente sem fios, servidores em redes locais já instalados , outras não, mas uma fatia do investimento já estava feio. “
A comunicação em rede vai permitir a partilha de informação entre todos os profissionais da área, como por exemplo a partilha de dados bibliográficos através do acesso a um catálogo colectivo.
Com um simples click o utilizador pode ter acesso à listagem de todos os livros registados nas bibliotecas da rede e também ao local exacto onde se encontra o livro que pretende requisitar.
Facilitar a gestão dos conhecimentos e a organização do trabalho é também um dos objectivos do projecto. Em termos práticos, conforme explicou Rui Pereira, “quando um livro chega a uma biblioteca tem de ser classificado e identificado. Aquilo que para nós é muito simples em casa, que é pôr um título, autor, número de páginas e editora, numa biblioteca a classificação para um bibliotecário demora cerca de 20 a 30 minutos.
Chegam todos os dias às bibliotecas muitos livros, felizmente para todo o país consumindo horas de trabalho, recursos e tempo. Quando esta rede estiver a funcionar bastará que a classificação desse exemplar seja feita uma única vez na biblioteca que o recebe, fica à disposição em rede para todos os profissionais do sector que por um click num botão, por poucos segundos ganham um tempo de 20 a 30 minutos”. Para além dos postos fixos de Internet que estão disponibilizados nas bibliotecas municipais o projecto vai colocar à disposição dos utilizadores o acesso público gratuito em banda larga que através da rede fixa e do ambiente sem fios, vai permitir que os utentes utilizem os seus computadores portáteis dentro da própria biblioteca, alargando assim o acesso ao conhecimento e à informação dentro e fora da própria rede.
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Autora: Gisela Coelho
Fonte: 2010
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